quarta-feira, 13 de abril de 2011

The Vespertine, Saundra Mitchell

I'm submitting this to the YA Historical Fiction Challenge hosted by YA Bliss.

Review: I’m not sure what to say about this one. It starts with a chapter in which we see the main character, Amelia, locked at home and half-crazy and we realize something terrible happened. Then we go back in time and accompany Amelia as she enters Baltimore society in the end of the 19th century.

I was fond of following Amelia and her friend Zora in which was a young girl’s life in late 19th century – trying to find a husband and always worried about their “reputation”. Amelia tries to be a good girl, but that doesn’t go with her personality and soon goes awry when she meets Nathaniel – a painter that also works as a Fourteenth (someone hired to make number when there were only 13 people at the dinner table).

Amelia is bewitched by the boy as she lays her eyes on him, which would annoy me as it is a little silly, but I closed my eyes on this one, as it is the 19th century and people had no great chance at all of meeting each other. Besides it is a little romantic and cute to realize that these two can’t avoid ending up in each other’s arms once in a while (more like always).

Then we realize there’s a bit of a supernatural quality to this story, which stirs things up. Amelia can “see” images of people in the sunset, and those images are reflections of the future. In the beginning, Amelia’s ability is seen as a parlor trick that allows her to meet the society in Baltimore, but towards the end she would end up “seeing” something terrible, wouldn’t she? That’s when things take a turn and go wrong. Really wrong.

This is the part of the story that made me think. Some people saw Amelia’s prediction as she was the cause of what happened by predicting it, but I couldn’t agree less. I thought that people fulfill their own destiny by knowing what will happen. It is also people themselves who decide to be angry at what happened and decide to turn their hate towards others, instead of facing what happened and move forward, regrets and all.

Well, in the end, the ending is quite satisfactory. The author could never write anything else about this world that we get closure enough. Although there are some loose ends I would like to see developed, as I loved the book and the author’s writing. I checked her website and she has a companion book coming out next year. By the description, I suspect that we already met in this book the main character on the next one. I really hope I'm right. Spring 2012 will never come…

A highlight to the cover, as it seems quite appropriate (Amelia sometimes seems to be escaping the future others expect for her), and to the title, that describes well what Amelia can do. In the end, I can only recommend this one. To whom read A Great and Terrible Beauty, by Libba Bray, this one might please. It reminded me a lot of it, with the themes of a girl's condition in the 19th century, of the loss of innocence with terrible happenings, and with the bittersweet ending that left me with the blues.

Opinião: Eu nem sei bem o que dizer sobre este. Começa com um capítulo em que vemos a personagem principal, Amelia, fechada em casa e meio doida, e percebemos que algo terrível lhe aconteceu. Depois voltamos atrás e acompanhamos Amelia à medida que ela entra na sociedade de Baltimore do fim do século XIX.

Gostei muito de acompanhar a Amelia e a sua amiga, Zora, no que era a vida de uma jovem no século XIX, com o fim de arranjar marido, e sempre com a preocupação de manter a sua reputação. A Amelia esforça-se por ser uma boa rapariga, mas isso não se coaduna com a sua personalidade e cedo vai pelo cano abaixo, quando conhece o Nathaniel - um pintor que trabalha como Décimo Quarto (uma pessoa contratada para encher a mesa quando só haviam 13 pessoas à mesa).

A Amelia fica completamente enfeitiçada pelo rapaz mal lhe põe a vista em cima, o que até me deixaria um pouco irritada pelo ridículo da situação, mas dei-lhe um desconto, porque isto é o século XIX e as pessoas não tinham grandes oportunidades para se conhecerem. Além de que acaba por ser bastante romântico e engraçado perceber que estes dois não conseguem evitar ir parar aos braços um do outro de vez em quando (ou quase sempre).

E depois percebemos que há uma veia sobrenatural na história, o que anima as coisas. A Amelia consegue "ver" imagens de pessoas no pôr-do-sol, sendo que essas imagens são uma reflexão do futuro. E se bem que ao início esta habilidade da Amelia é vista como um truque de ilusionismo e lhe permite conhecer alguma sociedade de Baltimore, no fim ela haveria de alguma vez "ver" algo terrível, não é? É quando as coisas descambam e correm mal. Mesmo mal.

Foi aqui que a história me fez pensar. Algumas pessoas viram a previsão da Amelia como se fosse ela a provocar os acontecimentos ao prevê-los, mas não concordei. Achei mais que são as próprias pessoas a gerar o seu próprio destino ao saberem o que vai acontecer. E também são as pessoas que decidem ficar revoltadas com o que lhe acontece e decidem virar o seu ódio para os outros, em vez de aceitarem o que aconteceu e tentar seguir em frente, com arrependimentos e tudo.

Bem, no final até acabamos por ter um final satisfatório. A autora podia se quisesse nunca mais escrever nada sobre este mundo que o final fecha bem as coisas. Se bem que há algumas pontas soltas que gostaria de ver desenvolvidas, porque adorei este livro e a escrita da autora. Fui cuscar ao seu site e ela tem previsto um companion a este livro previsto para o ano. Pela mini-sinopse, suspeito que já conhecemos deste livro a personagem de que a sinopse fala, e espero mesmo que se concretize. Ai que a Primavera de 2012 nunca mais chega…

Uma nota para a capa, que me parece bastante adequada (a Amelia, por vezes, parece que está a fugir do futuro que os outros esperam para ela), e para o título, que descreve bem o que a Amelia é capaz de fazer. No fim só posso recomendar este livro. Para quem leu A Great and Terrible Beauty, da Libba Bray, este é capaz de agradar. A mim lembrou-me muito, com as temáticas da condição das raparigas no século XIX, da perda da inocência com acontecimentos terríveis e com o final agridoce que me deixou melancólica.

Pages/Páginas: 304
 
Publisher/Editora: Harcourt

4 comentários:

  1. Hmm... com todas as reviews negativas e pela sinopse, não estava muito interessada neste mas despertaste-me a curiosidade. :D

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  2. Li algumas das reviews mais negativas no Goodreads, mas não me consegui sentir de todo identificada com elas. *shrugs* São gostos. Acho que fui sem expectativas nenhumas para a leitura deste e acabei por gostar bastante. ;)

    Podes sempre ler uns capítulos online e ver se gostas antes de comprar. A autora tem uma sample no site dela --> http://www.thevespertine.com/the-book/sample/

    Tem as primeiras 48 páginas, que correspondem mais ou menos aos primeiros 4 capitulos. Depois não sei porquê dá um salto da página 49 à 98, mostra mais umas páginas, dá mais um salto... etc. Mais valia mostrar vários capítulos duma vez, em vez de tantos saltos, mas os primeiros 4 capítulos já dão uma ideia. ;)

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  3. Estava a ler a opinião e a pensar Oh pra ela a deixar-me um rasto de doces...o que me leva ao inevitável: quero este. Sem dúvida. :D

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  4. Um rasto de doces... lol. Espero que gostes. ;)

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