quinta-feira, 30 de junho de 2011

Aquisições - Junho 2011

E finalmente Junho chega ao fim. Digo finalmente porque este mês foi puxado, com a enorme (pareceu-me) época de exames - mas que em termos de dias para estudar para cada exame, foi exígua. Por exemplo, para o último exame, feito hoje, tive os últimos dois dias para estudar. Enfim, pode ser que me tenha corrido melhor do que penso. Há que ser optimista...

Curiosamente, li bastante este mês, se bem que alguns dos livros eram mais curtinhos ou eram audiolivros. Penso que a leitura serviu em grande parte para descansar a cabeça do estudo. Anyway, passemos às aquisições do mês...

Palavras Escuras, Gena Showalter
- Tehanu, o Nome da Estrela, A Mão Esquerda das Trevas, Ursula K. Le Guin
Estes últimos dois foram duma promoção da Editorial Presença no site deles, sobre livros descatalogados... Faltava-me o Tehanu para completar a série de Terramar.

- A Senhora de Shalador, Anne Bishop
- Bruxa e Detetive, Kim Harrison
- A Leste do Sol, Julia Gregson
Estes foram comprados aproveitando os descontos acumulados em cartão do Continente... Penso que no fim de contas paguei qualquer coisa como 5€ por eles.

- O Quarto Mágico, O Feitiço da Lua, A Árvore dos Segredos, Sarah Addison Allen
- Feitiços de Amor, A Magia do Amor, Barbara Bretton
Estes foram adquiridos numa daquelas promoções de leve 3 pague 2, e de oferta de um livro na compra de outro da Fnac online. Estava bastante curiosa acerca destas autoras.

- Ensaio Sobre a Lucidez, O Homem Duplicado, José Saramago
Promoção da revista Visão com os livros deste escritor, bastante mais baratos. Um deles nem tinham arrancado o autocolante da livraria de onde deve ter vindo devolvido...

- Os Passos Perdidos, Alejo Carpentier
- O Homem do Castelo Alto, Philip K. Dick
Estes são da colecção "Não Nobel" do jornal Público. Não tenho comprado os outros da colecção, só tinha curiosidade em ler estes.

Estes são em inglês:

- Daughter of the Forest, Son of the Shadows, Child of the Prophecy, Heir to Sevenwaters, Juliet Marillier
Para completar a minha colecção de livros da autora. Não estava com vontade de estar à espera pela Feira do Livro do próximo ano para os adquirir com um bom desconto, por isso mandei vir os paperbacks em inglês.

- Blood and Chocolate, Annette Curtis Clause
- Heist Society, Ally Carter
Este passaram por uma odisseia até chegarem às minhas mãos. Ganhei na Páscoa um concurso com um vale de 10 dólares para a Amazon.com; e devo dizer que com a chatice das conversões de moeda, 10 dólares é uma ninharia. Mas lá consegui encontrar estes dois livros a um "Bargain Price" - que é aplicado pelos vendedores como a Amazon quando fizeram encomendas a mais e querem escoar o stock, ou quando os editores fizeram uma tiragem demasiado grande e querem escoar o stock. O único senão, digamos, é que os livros têm uma pintinha no miolo do livro em cima. Como não se vê quando estão na prateleira, tanto me faz.

Enfim, os dois custavam um pouco mais de 10 dólares. Mas depois vieram os portes e lá tive de pagar à volta de mais 10 dólares pelos mesmos. É definitivamente hilariante, pagar portes do mesmo valor que os livros que encomendei. Por outro lado, ao fazer a encomenda (em inícios/meados de Maio) a estimativa de entrega deles era por alturas desta semana (fim de Junho), e então mandei a encomenda para casa dos meus pais porque não sabia se estava aqui em Lisboa para recebê-lo.

Fim da história: os livros chegaram na viragem de Maio para Junho, um mês antes do que eles previam. Ai, Amazon.com, entre essa estimativa exagerada e esses portes, deves achar que Portugal é nos antípodas, não? Quando tiver mesmo necessidade de usar este site, vou mas é ao Amazon.co.uk, que não cobra portes a partir de 25£ e entrega bastante rápido.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Bruxa e Detetive


Opinião: A Rachel Morgan tem tudo para se tornar numa das minhas heroínas favoritas deste género. É uma personagem bastante divertida, com uma queda para "meter a pata na poça" e enfiar-se em mais sarilhos do que aqueles que pode resolver. E é ainda mais interessante vê-la a resolvê-los - é daquelas personagens que não sabe tudo, não tem pretensões de o saber, mas é capaz de fazer muito mais do que ela própria pensa.

A história é, em parte, a continuação e resolução de uma linha de enredo desenvolvida no livro anterior, e honestamente não estava à espera de como as coisas se desenrolaram, mas gostei. A autora aproveitou para lançar pedrinhas metafóricas que imagino que vão ser seguidas nos próximos livros. Estou a gostar bastante da maneira como a Kim Harrison escreve e desenvolve os personagens e a história.

Os personagens secundários constituem um elenco variado e cativante. Temos a Ivy, uma vampira viva que se debate com o seu lado escuro (e a política e sociedade vampírica é algo que é desenvolvido neste livro); o Nick, o namorado humano que se mete com magia perigosa; o Jenks, o pixy sarcástico e com uma família gigante (qualquer coisa como 20 ou 30 filhinhos pixies); Algaliarept, o demónio com um interesse particular na Rachel; e Trent Kalamack - gostei como a autora não engonhou na revelação da natureza deste personagem. E acho muito piada às, hmm, trocas verbais entre ele e a Rachel.

Também acho interessante a premissa deste mundo, em que um vírus transmitido a partir de um alimento geneticamente modificado matou uma parte da população humana. Altura em que os seres sobrenaturais "sairam do armário". A autora dá uma base científica a alguns aspectos da história, e parece-me ser uma base sólida e bem usada.

Título original: The Good, the Bad and the Undead (2005)

Páginas: 416

Editora: Saída de Emergência

Tradutora: Rita Guerra

domingo, 26 de junho de 2011

"Conta-lhe um Conto" - Baú dos Livros

Hoje venho divulgar um concurso muito interessante organizado pelo Blog Baú dos Livros, um desafio literário criado para assinalar a data da morte de José Saramago. Tudo o que têm de fazer para participar é escrever um conto original, de 4 a 15 páginas, e enviá-lo até 9 de Outubro deste ano - altura em que se comemoram 6 anos desde a publicação de As Intermitências da Morte, livro que é o prémio deste desafio.

O livro tem definitivamente uma premissa interessante, e o desafio é bastante aliciante. Exercitem esse músculo criativo e cristalizem as vossas melhores ideias num conto. Em Outubro lá estarei para ler e votar no melhor. Quem sabe, até me posso arriscar a escrever alguma coisa, se bem que em termos de escrita geralmente me costumo cingir à não-ficção, entre o que discorro aqui no blog e os trabalhos e artigos da faculdade.

sábado, 25 de junho de 2011

Uma imagem vale mil palavras: Beastly

Hoje fui ver o filme Beastly, baseado no livro do mesmo nome, da Alex Flinn. Primeiro, não gostei muito do subtítulo em português: O Feitiço do Amor. Não era necessário colocar um subtítulo, e muito menos colocar um que não esteja lá muito relacionado com a história. Também achei um pouco estranho todos os "atrasos" em relação à estreia do filme. Primeiro era para estrear em Agosto do ano passado nos EUA, e depois foi adiado para Março deste ano. Aqui em Portugal, começou por ir estrear quase na mesma altura, até ser "empurrado" para esta semana, já quase no fim de Junho. Duvido muito que seja assim que se combate a pirataria, mas as nossas distribuidoras de cinema lá sabem.

Depois apanhei uma coisa que já não suporto no cinema - os 10-15 minutos de publicidade da praxe. A sério, Sumol, não conheces outra música menos irritante para meter nos anúncios? E tenho uma teoria - quando um anúncio parece muito fixe, com uma ideia original, é quase sempre para publicitar uma coisa tão pouco original como... um carro. Prova número 1; prova número 2; e ainda tinha mais um exemplo, mas não consigo encontrar o vídeo. Está uma pessoa a achar tanta piada a um anúncio, que é quase anticlimático descobrir que é um anúncio a um carro.

Bem, quanto ao filme; gostei, em geral. Não é fiel ao livro, porque seria impossível, mas perto o suficiente. Até gostei de algumas opções que tomaram em relação a mudanças - por exemplo, a razão pela qual a Lindy vai viver para casa do Kyle (o Monstro nesta versão), que é um pouco mais realista. Tive pena no entanto que cortassem o destaque que é dado às rosas e ao espelho no livro, pois são dois elementos do conto original que me agradam muito.

Quanto à aparência do Monstro neste versão, achei interessante a opção que tomaram - um tipo todo peludo era algo impraticável. Mas acaba por falhar em parte na criação de um Monstro, porque achei que havia uma certa beleza na caracterização das tatuagens e cicatrizes da personagem. Ou talvez seja mais adequado para transmitir a mensagem de que a beleza está nos olhos de quem a vê. O final também é um pouco mais realista que o livro. Gostei disso, por ser mais simples e menos dramático.

Um coisa de que não gostei foi o filme ser tão curto. Penso que não se estabelece tão bem a caracterização psicológica do personagem Kyle. No filme ele tem um ano para quebrar a maldição, mas tem dois anos no livro, o que acaba por desenvolver melhor este personagem, sentindo-se o desespero e a depressão em que cai, e a vontade que não tem para quebrar a maldição.

Quanto aos actores... Alex Pettyfer, espero que te arrependas para todo o sempre de teres recusado (ou feito o que quer que tenhas feito para não ficares com) o papel de Jace Wayland no filme que estão a preparar baseado nos livros da Cassandra Clare. Os primeiros 30 segundos e uma ou outra cena dão alguma razão aos fãs que o queriam ver neste papel. Não que o rapaz seja especialmente bom actor, mas era parecido com a ideia de Jace. Enfim, algumas pessoas terão de aprender a viver com o desapontamento.

A Vanessa Hudgens... meh, limita-se a ser bonita, nada de grandes capacidades de representação. A Mary-Kate Olsen fez um bom papel como Kendra, a bruxa que enfeitiça o Kyle. Aparece em poucas cenas mas sobressai. E apesar de apenas os seus sapatos aparecerem no final, é um prenúncio de uma cena muito gira que não chegamos a ver. O Neil Patrick Harris dá, claro, o seu charme Barneyano ao papel de Will. Muito divertido e adorável nos curtos momentos em que o podemos ver.

No fim de contas, creio que é um filme que possa agradar a quem goste de adaptações de contos tradicionais, mas que ainda não tenha lido o livro ou que consiga separar bem as duas formas da história (livro e filme). Bastante curto mas agradável. Recomendo no entanto que leiam o livro (ou se quiserem ver o filme e ler o livro, que o façam por esta ordem).

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Persuasion, Jane Austen, audiolivro lido por Amanda Root


Opinião: Este audiolivro é lido pela actriz com o papel de Anne Elliot no filme de 1995 da BBC (caramba, 1995 foi um ano bom para adaptações das obras de Jane Austen ao ecrã). Em geral fez um bom trabalho, sem sotaques e com um inglês muito bom. Falava bastante pausadamente, mas neste caso até não me queixo pois contribuiu para que acompanhasse melhor a narração. Esta versão acompanha muito bem a história, captando os momentos importantes e incluindo quase fielmente as minhas duas citações favoritas do livro.

Termino a leitura deste The Jane Austen Collection, este conjunto de audiolivros, muito agradada. Creio que a minha maior dificuldade com o primeiro audiolivro que li era a miríade de sotaques para diferenciar os personagens e as suas origins, que dificultava a percepção do diálogo e da narração. Aqui as leitoras não sentiram a necessidade de se pôr a fazer sotaque se não o têm, e o inglês soava muito claro e sem problemas. Vou continuar a procurar audiolivros para ver o que há de bom por aí; se bem que muitas vezes, infelizmente, são muito mais caros que as edições em livro.

Páginas: não se aplica; contém 3 CDs com cerca de 1 hora de narração cada

Editora: Hodder & Stoughton

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Daughter of the Forest, Juliet Marillier


Opinião: Escolhi uma péssima altura para ler este livro. No dia do meu penúltimo exame pensei... "vou começar este... como está em inglês vou avançando aos bocadinhos e tenho tempo para estudar para o exame que tenho daqui a 4 dias". Ah! Que ingénua. Ao início isso até aconteceu - o estilo de escrita da Juliet é bastante cuidado e comecei por ler devagar para me habituar. (O que me lembra - a Juliet publicou este seu primeiro livro já numa idade mais madura e isso nota-se na escrita e na criação do enredo. Pergunto-me que tipo de coisas ela terá na gaveta, escritas antes deste.)

Bem, como disse, ia lendo devagar. O que por uma parte do livro continuou a não ser difícil, já que cada vez que a Lady Oonagh armava alguma eu ficava perturbada e tinha que pousar o livro. Mas depois começou a ser dificílimo resistir ao encantamento que o livro lançou sobre mim, e na tarde a seguir a ter o segundo exame lá li mais de 200 páginas seguidas para poder acabar o livro.

O que é que há para não gostar? Temos uma adaptação magnífica de um conto tradicional. Temos 6 irmãos rapazes, que é uma coisa interessante de ver - entre serem superprotectores e desaparecerem quase todos de Sevenwaters no fim. Temos uma protagonista, a Sorcha, espectacular. Pelo que esta miúda não passou!

A minha parte favorita vai desde quando a Sorcha está prestes a desistir e a afogar-se e é salva pelo Red até basicamente ao fim. Primeiro, porque apesar de toda a incompreensão em relação à tarefa da Sorcha ela conseguiu arranjar alguns amigos e defensores em Harrowfield. Depois, porque é absolutamente adorável ver as interacções entre ela e o Red. Desde ela pensar que ele é um Bretão e não vai entender nada das coisas sobrenaturais até ele começar a compreendê-la por gestos (e não só).

Adorei aquele dia junto ao mar, porque o Red percebeu que a Sorcha precisava de tirar uma folga e porque dá a conhecer uma nova faceta. É claro que depois tinha de terminar o dia com uma proposta que me fez pensar "este rapaz bateu com a cabeça", mas na altura até fazia sentido e a intenção era boa. E levou a que as coisas avançassem entre eles duma maneira inusitada, além de nos dar mais algum drama lá para o final (já falo do final).

Também gostei muito da parte toda à volta do julgamento e da fogueira, se bem que houve duas situações que me deixaram completamente louca com este pessoal de Harrowfield - a primeira, vêem a Sorcha abraçada a um tipo e não lhe perguntam quem é, assumindo que é um amante? Get your mind out of the gutter, people. Segunda, as testemunhas dizem que a ouviram transmitir informações importantes, mas o Richard diz no início que ela tem uma doença e não pode falar de todo. Pessoal, podemos ao menos fingir que estamos a dar um julgamento justo à miúda?

Quanto à parte da fogueira, mesmo sabendo (ou melhor, tendo fé) que as coisas iam acabar bem, sofri com a Sorcha ao longo do caminho, testemunho da capacidade da escritora em transmitir aquilo que o personagem sente para o leitor. Gostei de que a Sorcha gritasse para salvar o Red mesmo sem saber se as 6 camisas estavam nos 6 irmãos. Não gostei de os irmãos dela insistirem em se ir embora tão depressa e terem quase uma apoplexia cada vez que se falava na coisa da Sorcha ter um marido. Que chatos, nem se perguntavam sobre o que a irmã queria (menos o Finbar, que é o mais perceptivo e é o meu favorito e a modos que aquele que mais perde no meio desta coisa toda).

E pronto, a Sorcha e o Red separam-se sem dizerem mesmo aquilo que queriam dizer porque são ambos bastante teimosos e altruístas e achavam que iram separar o outro duma coisa mesmo importante. É claro que isso nos leva a outra cena adorável, com o Red mais ou menos obrigado a contar uma história (a sua) pelos irmãos da Sorcha (que chatos, não é). Acho que basicamente caía para o lado se alguém dissesse aquelas coisas de mim, especialmente em frente à minha família. Totalmente momento awwwwww.

E pronto, como diz a Sorcha, nem tudo acaba bem (dos 6 irmãos, parece que só um é que fica em Sevenwaters - que chatos, desaparecem todos para qualquer lado), mas eu tive o meu final feliz e é isso que interessa. E bónus - como já disse para as Crónicas de Bridei, gosto muito de ver a próxima geração - e é o que vai acontecer nos próximos livros, já que os livros de Sevenwaters parecem ser basicamente uma saga familiar.

Pronto, vou acabar de babar sobre o livro. Acho que qualquer opinião que eu deite cá para fora sobre um livro da Juliet vai ser eu a discorrer sobre tudo e mais alguma coisa que gostei. E babar-me um bocado também. E talvez ficar toda emotiva ao lembrar-me outra vez de certas cenas. É espantoso quando um autor tem o poder de me deixar completamente investida nos personagens e na história, deixando-me virada do avesso e a lamentar ter acabado o livro e não poder passar mais uns dias imersa nele.

Páginas: 560

Editora: Tor

segunda-feira, 20 de junho de 2011

1 ano

Quase que me custa a crer que posto neste espaço há um ano. Como disse no post inicial, sou uma péssima diarista (como o comprovam os vários diários e cadernos inacabados que tenho cá por casa), e delicia-me ter conseguido dedicar-me a uma rotina de escrevinhar o que achei dos livros que li.

A verdade é que dantes, após uma leitura especialmente fantástica, tinha muitas ideias na cabeça às quais nem sempre punha ordem; agora o escrever aqui no blog ajuda a clarificar o que pensei de um livro. Justificar porque gostei, ou não, obriga-me a pensar no que li. Acho que tenho sempre a melhorar no que escrevinho. (Sou capaz de agonizar à volta de um texto de meia-dúzia de palavras por duas horas até achar que está apresentável.) Tenho pena de não poder, por vezes, deixar aqui opiniões um pouco mais cuidadas, mas nem sempre o tempo está a nosso bel-prazer.

Tive este ano oportunidade de encontrar na blogosfera gente cujas opiniões dá gosto ler, gente com quem trocar ideias e sugestões (quantas vezes a minha wishlist não tem crescido...), e a todos agradeço. Acho que não fazia ideia no que me estava a meter quando aqui comecei há um ano (obrigada Blogger pelos bugs de HTML), mas foi das melhores coisas que podia ter feito.

domingo, 19 de junho de 2011

Citações sobre Livros

Hoje deixo aqui mais umas citações curiosas sobre livros que descobri quando andava a juntar citações para este post. Gosto especialmente da 1ª, 6ª e 9ª.

  1. If one cannot enjoy reading a book over and over again, there is no use in reading it at all. - Oscar Wilde
  2. Books constitute capital. A library book lasts as long as a house, for hundreds of years. It is not, then, an article of mere consumption but fairly of capital, and often in the case of professional men, setting out in life, it is their only capital. - Thomas Jefferson
  3. You can't get a cup of tea big enough or a book long enough to suit me. - C. S. Lewis
  4. Literature is my Utopia. Here I am not disenfranchised. No barrier of the senses shuts me out from the sweet, gracious discourses of my book friends. They talk to me without embarrassment or awkwardness. - Helen Keller
  5. Life-transforming ideas have always come to me through books. - Bell Hooks
  6. There is no mistaking a real book when one meets it. It is like falling in love. - Christopher Morley
  7. A room without books is like a body without a soul. - Cicero
  8. Most new books are forgotten within a year, especially by those who borrow them. - Evan Esar
  9. How many a man has dated a new era in his life from the reading of a book. - Henry David Thoreau
Crédito aos sites Brainy Quote, Cool Quotes e The Quotations Page pelas citações.

sábado, 18 de junho de 2011

Abre-te Cérebro - Mentes que Brilham, Manuela Vidal, Manuel Domingos, António Marques, José Ribeiro Gonçalves


Opinião: À semelhança do livro anterior da série, também este é composto por 150 quebra-cabeças e desafios de lógica. Pude debater-me com quebra-cabeças fáceis, quebra-cabeças que toda a gente conhece, desafios mais desafiantes, e também um ou outro cujo enunciado era pouco explícito, ou repetido...

A introdução é feita de novo um bocado do ponto de vista de quem tem um défice cognitivo, mas os autores reconhecem que qualquer pessoa pode tentar decifrar os enigmas e charadas. A verdade é que resolvê-los torna-se rapidamente viciante do ponto de vista do leitor... Passei uma manhã à volta deste livro. Gostei, tal como havia gostado do outro, e recomendo.

Páginas: 160

Editora: Saída de Emergência

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Palavras Escuras, Gena Showalter


Opinião: Ao início esta série não me chamava muito a atenção, porque os dois primeiros volumes estavam mais fracos, mas estou a mudar de opinião. Penso que entre o volume anterior e este a autora começou a encontrar a sua voz e a construir de maneira cativante este mundo.

Mesmo com uns 12 personagens no grupo de guerreiros que são os Senhores do Submundo, a autora está a conseguir dar-lhes personalidades separadas e fazê-los distinguíveis para o leitor. Neste livro conhecemos mais sobre os personagens Torin, Cameo, Gideon, Amun e Paris. O pobre Paris, que por este andar vai penar até ao 9º livro - parece que é o livro que lhe é dedicado.

Quanto à mitologia, está a ficar mais bem equilibrada no peso que tem na história, com a procura pelos artefactos relacionados com a caixa de Pandora, e a revelação de todo um manancial de espécies paranormais que existem neste mundo, e que acho que a autora ainda não tinha explorado.

Quanto ao casal principal, gostei deles. O Sabin é o guardião da Dúvida, o que quer dizer que consegue provocar dúvidas até na pessoa mais confiante do mundo. O que não impede de Sabin ser um líder bastante confiante e todo focado na guerra contra os Caçadores. Bem, pelo menos até a Gwen chegar. A Gwen é uma hárpia, uma espécie paranormal pouco explorada, mas que ao contrário das outras hárpias luta contra a sua natureza violenta. Irónico é que o demónio da Dúvida consiga acirrar a hárpia da Gwen e depois acobardar-se com o resultado.

Achei piada à maneira como o Sabin tencionava usar a Gwen como guerreira e como se tinha de forçar a lembrar que só a queria para lutar contra os Caçadores, isto enquanto se armava todo em possessivo para com ela. Também gostei das irmãs hárpias da Gwen, umas mulheres guerreiras com pinta.

Ainda bem que este livro e os seguintes vão ser publicados de seguida mês a mês, pois estou cada vez mais interessada em seguir esta série. Os livros estão a tornar-se mais interessantes, a história está a avançar, a mitologia está a ser desenvolvida, e os personagens secundários ao romance principal de cada livro vão tendo destaque. Estou curiosa em ver o que autora reservou para o Aeron, guardião da Raiva e protagonista do próximo livro. Penso que ela já estava a desenvolver alguma coisa do próximo livro neste, mas veremos.

Título original: The Darkest Whisper (2009)

Páginas: 384

Editora: Harlequin

Tradução: não disponível

quinta-feira, 16 de junho de 2011

As minhas estantes Parte III

Primeiro que tudo, uma referência ao desafio que a slayra, do blog Livros, Livros e mais Livros lançou: façam uma visita guiada às vossas estantes! O botão em baixo leva-vos ao post de desafio a explicar como participar - o céu (e as vossas estantes) é o limite.


Segundo, este é o terceiro post sobre as minhas estantes (parte I, parte II), e é uma espécie de update da parte II. Já estava a ficar com as estantes muito cheias aqui em Lisboa, por isso comprou-se uma estante nova - que qualquer dia vai ficando cheia também (estou a partilhar com a minha irmã). Remexi um pouco nos sítios onde colocava os livros, por isso estou a fazer este post para actualizar. (Qualquer dia vou precisar de uma nova actualização - agora com as férias da faculdade vou para casa dos meus pais e devo levar livros para lá...)

Começando pela pilha dos livros por ler em inglês, arrumados em separado por cima de um móvel - a maior parte são compras recentes, mas há alguns já mais antigos. Como mencionei, há alguns que devem ir comigo de férias e ficar em casa dos meus pais.


De seguida, tenho estes encaixados na estante do meu quarto. O primeiro é os audiolivros da The Jane Austen Collection que tenho vindo a ouvir, os outros estão por ler.


Agora vem a estante nova... estas são as prateleiras de baixo:


Em close-up nas duas primeiras imagens seguintes temos a primeira prateleira da foto acima. À esquerda temos os livros lidos em inglês (corresponde à primeira foto), como os hardback giríssimos que tenho comprado recentemente ou a colecção Blue Bloods da Melissa de la Cruz que tenho vindo a fazer. À direita (segunda foto) estão livros por ler em português. Em close-up na terceira e quarta imagem está a segunda prateleira da foto acima. Basicamente livros por ler em português.










Próxima paragem: a prateleira de cima da estante nova. A caixa da impressora continua lá em cima, LOL.


Nas fotos seguintes, mais um close-up. Temos os livros da Susana Almeida que li recentemente, dois da Juliet Marillier (série Wildwood Dancing), Anne Bishop, Charlaine Harris, Patricia Brigss, Jacqueline Carey, Cassandra Clare... Basicamente é uma prateleira com livros lidos e com muitos favoritos pelo meio.




Por fim, alguns livros já lidos e que não cabem noutro lado - foram com a estante antiga para a sala. Temos Jane Austen, Sandra Carvalho, Lian Hearn, o desgraçado do livro d'A Rapariga do Capuz Vermelho (nunca cheguei a receber resposta da editora sobre a falha gravíssima neste livro, já agora), o Em Nome da Memória, da Ann Brashares, que li recentemente, os dois das Crónicas de Bridei da Juliet Marillier que também acabei de ler, ...


Et fini. Começo a pensar que não vale a pena tentar controlar as arrumações de livros e fazer uma sistematização deles, que são como os cogumelos e aparecem-me em todo o lado! xD Termino reiterando o desafio a partilharem connosco as vossas estantes. Mostrem os livros favoritos, edições especiais, como os arrumam, ... Bibliófilos, manifestem-se. ;)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sense and Sensibility, Jane Austen, audiolivro lido por Kate Winslet


Opinião: O livro é lido por Kate Winslet, a actriz que fez de Marianne no filme de 1995, e em geral gostei do trabalho dela. Notava-se no início alguma insegurança, pois falava mais pausadamente, mas rapidamente ultrapassou esse problema e a dicção era impecável. A voz que usava para os homens não era exagerada, e os tons que dava às várias mulheres muito engraçados.

Quanto ao livro em si, gosto bastante, mas para mim há uma personagem que quase que estraga tudo - a Marianne. Gaba-se de ter grande sensibilidade, mas é absolutamente cega ao sofrimento da irmã e ainda tem o desplante de achar a irmã fria porque esta não tem ataques histéricos para exprimir a sua dor. Pois, não é das minhas personagens favoritas. (Mas quase lhe perdoo, porque adoro a Kate Winslet neste papel.) A par do John Dashwood, um cobarde que em vez de fazer o que o pai lhe pede e tomar conta das irmãs e da madrasta, se deixa convencer pela parva da mulher a deixá-las desamparadas. Mas, bem, sem esta circunstância não tínhamos história não é?

A adaptação parece-me boa, pois não noto falta de nada em relação ao livro (se bem que isso possa ser porque não conheço este livro tão bem como o Pride and Prejudice). A ironia e os personagens quase caricaturados de Jane Austen estão lá, bem como a descrição da sociedade inglesa de início de século XIX. Gostei bastante e vou partir para o terceiro audiolivro da The Jane Austen Collection.

Páginas: não se aplica; contém 3 CDs com cerca de 1 hora de narração cada

Editora: Hodder & Stoughton

terça-feira, 14 de junho de 2011

Abre-te Cérebro, Manuela Vidal, Manuel Domingos, Teresa Santana


Opinião: Este livro é composto por uma série de quebra-cabeças e desafios de lógica para testar a capacidade do leitor de os resolver. Há de tudo - desafios daqueles óbvios que toda a gente conhece, desafios que desafiam o leitor a estar atento porque se baseiam num golpe de linguagem, desafios de lógica para ordenar características ou atribuí-las a uma série de indivíduos…

A introdução é feita do ponto de vista do médico neurologista (o que não admira, dado que o livro foi compilado por médicos), falando do cérebro e do que livros e testes deste tipo podem ajudar um paciente com alguma quebra neurológica. Falando por mim, a introdução não seria de todo necessária, já que no curso que frequento falamos das coisas abordadas. Do ponto de vista do leigo, acho que a introdução podia ser mais clara (e menos cheia de palha).

Quanto aos enigmas e charadas, gostei bastante de os tentar decifrar. Uns, como mencionei, já conhecia, uma grande parte consegui solucionar, outra parte tive que ir às soluções, e um ou outro houve cuja solução não fez absolutamente sentido para mim. Ainda topei com um ou dois que estavam repetidos - o enunciado não era o mesmo, mas o que perguntavam sim.

Em geral gosto bastante deste tipo de charadas e desafios, e fiquei agradavelmente satisfeita com este livrinho. Recomendo aos curiosos por este tipo de coisa.

Páginas: 160

Editora: Saída de Emergência

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Aliança das Trevas, Anne Bishop


Opinião: Que saudades de abrir um livro da Anne Bishop... Mal abri o livro dei por mim mesmo embrenhada na história, virando as páginas rapidamente. Esta história passa-se cronologicamente a seguir aos livros Teias de Sonhos e Jóia Perdida (creio que há menções a acontecimentos de ambos os livros).

Com o território de Dana Nehele devastado, os Príncipes dos Senhores da Guerra procuram uma Rainha que possa reger. Felizmente para nós, os pobres coitados vão pedir ajuda à família SaDiablo que rege em Kaeleer. Infelizmente para eles, o tolo que vai pedir ajuda é Theran Greyhaven, descendente de uns personagens presentes em Anel Oculto, mas também um bronco, obtuso e demasiado dependente das aparências (ele foi capaz de ficar ofendido por duas Rainhas em Kaeleer usarem respectivamente, oh horror, cabelo curto e calças).

Entra em cena uma Rainha sem corte, Cassidy. Fiquei algo chocada pela maneira como a sua corte se "livrou" dela, apenas por não ser suficientemente bonita e ambiciosa para os seus padrões. É ela que vai para Dana Nehele como Rainha. Infelizmente, tem o bronco do Theran a atazanar-lhe o juízo e a julgá-la pela aparência durante o resto do livro. Felizmente o Theran tem um primo, o Gray, que tem algumas cicatrizes (emocionais e físicas) por ter sido torturado há uns anos, mas que não deixa de ser um rapaz adorável e que com a chegada de Cassidy dá finalmente um salto na sua evolução emocional.

A família SaDiablo continua a ter um papel bastante relevante na narrativa e a aparecer vezes suficientes para me deixar muito satisfeita. Adorei os momentos de intervenção deles com as pessoas de Dana Nehele - como quando o Lucivar vai a Greyhaven ver se está tudo bem, ou quando Cassidy, Grey e Theran vão à Fortaleza jantar com os SaDiablo. E achei muita piada à cadela sceltita Vae - pode ser que consiga ensinar maneiras ao Theran. Também achei alguma piada aos mal-entendidos que se geravam na Corte de Cassidy devido ao seu Primeiro Círculo ser um bando de nabos e não saber nada de Protocolo.

O livro acaba com uma descoberta incrível que poderá, espero eu, mudar as coisas em Dana Nehele, mas deixa bastante em aberto para ser desenvolvido no livro seguinte, A Senhora de Shalador. Felizmente já o tenho em casa e não preciso de morrer de curiosidade por muito tempo. Em suma, adorei voltar ao mundo das Jóias Negras, sendo que penso que este livro está ao nível do que a Anne Bishop tem escrito neste mundo. Terminei o livro muito satisfeita.

Título original: The Shadow Queen (2009)
 
Páginas: 336
 
Editora: Saída de Emergência
 
Tradutora: Cristina Correia

domingo, 12 de junho de 2011

Não julgues um livro pela capa

O que me motiva hoje a escrever sobre capas é o seguinte: costumo acompanhar a colecção 1001 mundos com algum interesse, porque publica num género que me agrada ler. Daí que tenha reparado ultimamente nalguns títulos cujas capas, como direi, são uma tristeza. Atenção que não sou designer nem nada que se pareça. A minha opinião é puramente pessoal, como leitora, compradora e amante de livros.

O primeiro caso já está nas bancas e consiste no livro A Viagem, de Tim Kring e Dale Peck. Aquela amálgama de cores, combinada com a tagline inscrita na capa, dão a sensação de uma teoria da conspiração regada a drogas. Para mim a capa não foi muito atractiva, se bem que ao vivo é bastante melhor - graças a tudo o que é sagrado que não se lembraram de usar acabamento brilhante na capa, porque assim as cores saem um pouco mais sóbrias. É claro que as edições em inglês não são nada assim (ver no Goodreads), e se formos ler bem a sinopse, a ideia que o livro nos dá é bastante diferente - um thriller com uma componente de história alternativa, acho eu. Se fosse confiar só na capa e sinopses portuguesas... não ficava nada interessada no livro.

Outro caso está aí a sair - Prazeres Inconfessos, de Laurell K. Hamilton. Acho que tudo o que há de errado com a capa e com o livro já foi bem descrito pelo João Seixas aqui. Porque eu não saberia enumerar tudo o que não gosto na capa. Desde o terem-se enganado no nome da autora na versão original da capa divulgada no blog 1001 mundos, às cores neon, à capa que não sugere fantasia urbana (como penso que os livros da Anita Blake eram suposto ser originalmente... é claro que com o aumento exponencial de erotismo-pornografia descrito nos livros mais para a frente da série, a capa até encaixava)... Senhores designers, nunca ouviram dizer que menos é mais? Cortem-me as malditas taglines (que ficam bem é nos posters de filmes), o "Anita Blake, a caçadora de vampiros", e a modelo com pose sugestiva. Já tinha a edição britânica, mas estaria tentada a comprar em português não fosse a capa.

Terceiro caso - A Lâmina de Joe Abercrombie, divulgada no blog da 1001 mundos. Acredito que há quem goste, mas a mim faz-me perder toda a vontade de comprar o livro. As capas das edições em inglês têm um grafismo apelativo com aquele pergaminho (ver no Goodreads), e até já nem peço os brilhozinhos na capa. Mas isto... bleh.

Quarto caso - Vidro Demónio, de Rachel Hawkins, também divulgada no blog da 1001 mundos. Aqui é falta de continuidade e falta de gosto. Se usaram a capa americana para o primeiro livro, porque não fazer aqui o mesmo? É tão bonita e em consonância com a do Hex Hall (again, Goodreads para o primeiro livro, Hex Hall, e para este, Demonglass). Quando vi esta capa tive um impulso fortíssimo para ir ao Book Depository encomendar a edição americana do Demonglass (impulso que [ainda] não segui), apesar de ter a edição portuguesa do Hex Hall. Porque isto não é nada apelativo. Senhores designers, if it ain't broke, don't try to fix it.

Em suma, penso que os dois primeiros casos poderão ser mais um caso de capa e marketing (muito) mal dirigidos, e os últimos dois um caso de "se não está estragado, não tentem arranjá-lo" (porque fizeram asneira). Bem sei que o título desta rubrica é "Não julgues um livro pela capa", e sinceramente, até costumo fazê-lo. Geralmente não sou esquisita com capas, e é preciso uma capa estar bastante desapelativa para me incomodar. Nestes casos em particular tenho que impôr um limite - se vou dar 15 ou 20 euros pela edição portuguesa, ao menos que seja minimamente apresentável.

sábado, 11 de junho de 2011

Estrela de Nariën III - O Coração do Mundo, Susana Almeida


Opinião: Levei tanto tempo a assentar a minha opinião... Penso que fiquei um pouco nostálgica por estar a acabar a trilogia. Li os livros em meses seguidos, sem tempo para me esquecer de detalhes, e por isso senti como se tivesse acompanhado esta aventura ao minuto.

Primeiro, os personagens. Vou sempre lembrar-se do Lochan e da Zahara (por serem o casal sempre às turras, sempre uns belos obstáculos a eles próprios, sempre a proporcionar-nos umas gargalhadas), do Aheik, da Lakshmi, do Kyran e da Rhea (pelo que de bastante emocionante lhes aconteceu durante este livro), da Nia (porque era uma caixinha de surpresas que tinha os seus segredos), até da Étain (uma vilã convincente, mas com um final que me deixou algo desconcertada - ao mesmo tempo que compreendo e aceito porque é que as coisas se deram assim).

O enredo, cheio de reviravoltas. Parece que nunca acontece o que se está à espera. Creio que quaisquer conjecturas que tenha feito durante a leitura deste livro sairam bastante ao lado. Temos pequenos momentos bem-humorados, mas penso que este livro é talvez o mais sombrio dos três, pela quantidade de personagens que nos deixam e pelo culminar da história. Ah, e o final. Sou uma taradinha por finais felizes, por isso gostei do epílogo "três anos depois...".

Os pontos menos bons prendem-se com o serem livros um pouco mais juvenis, e isso nota-se na linguagem, nos personagens e no desenrolar da acção, mas creio que mesmo assim me vão ficar na memória. Passei uns bons momentos a ler esta história, e estava sempre a "devorar" os livros (era difícil limitar-me a ler por semana o que tínhamos acordado nas leituras conjuntas do fórum Bang!). Alguns personagens são memoráveis, o enredo cativante e a história conseguiu reservar-me umas boas surpresas. É uma autora a manter debaixo de olho, pois estou curiosa para ver o que nos reserva o próximo livro que escreva.

Páginas: 400

Editora: Saída de Emergência

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Bloody Valentine, Melissa de la Cruz


Opinião: Este livro contém 3 contos/noveletas/novelas/whatever passados no mundo dos Blue Bloods, complementando os livros principais com histórias à volta de amor. Primeiro quero dizer que dado o tema este livro tinha sido muito bem publicado era no dia de S. Valentim, já que é para celebrar o amor no mundo dos Blue Bloods.

Depois, imagino que não se justificava publicar o livro de todo. Os contos têm 150 páginas, sendo as restantes 50 com uma data de capítulos do Misguided Angel (o livro anterior da série). Além de que o tamanho de letra é enorme, muito maior do que nos livros anteriores. Se a letra tivesse o tamanho desses livros julgo que nem às 100 páginas chegaria. Logo, as histórias podiam ser publicados como bónus no Misguided Angel e até no Keys to the Repository, o companion que até já tem alguns contos. Mas pronto, há que ganhar dinheiro, não é?

Sobre as histórias, em geral gostei, se bem que não chegam bem para satisfazerm o leitor. Mais uma ou outra história incluida no livro tinha caído bem, ou talvez mais (e melhor) desenvolvimento nas histórias que nos são apresentadas. Mas gosto da premissa e o livro é uma desculpa para passar mais alguns momentos neste mundo que me tem vindo a encantar.

Another Night in Suck City gira à volta do personagem Oliver e como ele lida com o laço que tem com a Schuyler. Entra em cena uma personagem duma série nova da autora (Witches of the East/Witches of East End... pois é as edições UK/US têm um título diferente; não me perguntem porquê). Achei que a autora tomou uma rota curiosa para "libertar" o Oliver mas ao mesmo tempo sinto que seguiu um caminho demasiado fácil. Fico no entanto interessada em conhecer a personagem Freya.

Always Something There to Remind Me é uma história passada durante a adolescência de 3 personagens que no tempo presente são adultos - Allegra Van Alen, Charles Force e Bendix Chase. Descobrimos como é que a mãe de Schuyler conheceu o seu pai e como as coisas começaram a descarrilar aí. É curioso ver como Allegra, uma personagem quase intangível nos outros livros, é aqui apresentada como uma adolescente cheia de dúvidas e em conflito com o que é esperado dela. É também giro ver o grande Charles Force como um geek. Há algumas menções a Florença neste conto que me fazem pensar que tenho razão nas conjecturas que fiz no livro anterior, Misguided Angel.

Ring of Fire acaba por ser uma espécie de continuação de Misguided Angel, no sentido em que descreve a cerimónia de bonding (a modos que um casamento dos Blue Bloods) de Schuyler e Jack. É uma oportunidade interessante para conhecer melhor o Jack, já que eu há uns livros me queixava de que os personagens masculinos não tinham muita atenção. A história é bonita, mas não acrescenta nada de novo ao universo dos livros. E tem algumas partes bastante irreais. Mas ignorei-as, já que foi bom poder ver Schuyler e Jack celebrarem o seu laço com os amigos de sempre.

Páginas: 208

Editora: Atom

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Pride and Prejudice, Jane Austen, audiolivro lido por Juliet Stevenson


Opinião: É muito engraçado poder ouvir algumas frases tão icónicas e conhecidas deste livro em voz alta. Esta é uma versão abreviada, mas a história está toda lá. A narração por parte de Juliet Stevenson é interessante, só com um toque de sotaque, mas não gostei da maneira como fazia as vozes para os personagens masculinos - via-se mesmo que estava a tentar engrossar a voz e soava a artificial.

O ter podido ouvir a narração em vez de a ler fez-me poder meditar no que estava a acontecer e nas atitudes dos personagens. Não tive dificuldade em perceber o que era dito, talvez um pouco porque já conheço o livro. A adaptação do fim é que me deixou desgostosa, pois pareceu tudo muito apressado. Em suma, uma opção muito boa para me relembrar de um dos meus livros favoritos, enquanto estou a fazer outra coisa qualquer.

Nota: este audiolivro faz parte desta colectânea.

Nota II: a Juliet Stevenson fez de Mrs. Elton no filme Emma (1996) - aquele com a Gwyneth Paltrow. Curiosamente agora não me estou a lembrar dela, já que tenho muito presente a actriz que fez de Mrs. Elton na minisérie de 2009.

Páginas: não se aplica; contém 3 CDs com cerca de 1 hora de narração cada

Editora: Hodder & Stoughton

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Misguided Angel, Melissa de la Cruz


Opinião: Este livro tem duas peculiaridades - uma das personagens sob cujo ponto de vista eram contados os capítulos, Bliss, saiu (para a sua própria série, Wolf Pact, penso eu), entrando outra, Deming Chan; e os capítulos de cada personagem estão todos de seguida. É uma opção interessante, já que os capítulos de duas personagens ocorrem mais ou menos ao mesmo tempo (Schuyler e Mimi), mas a terceira parte, correspondente a Deming, passa-se cerca de duas semanas depois.

O livro pega na história no ponto em que o outro tinha ficado, mas não avança muita coisa com a história principal. Quero dizer, acontecem bastantes coisas, mas ou a sua relevância para o arco principal não é muita, ou ainda não conseguimos ver a importância de alguns dos acontecimentos - suspeito que é mais a segunda hipótese, pois  alguns acontecimentos deram-me ideias de possíveis coisas que irão acontecer ou que a autora pode vir a querer desenvolver.

Em termos de personagens, as coisas evoluem mais - vemos Schuyler e Jack juntos, vemos a Mimi e o Oliver desenvolver uma amizade cautelosa (é como o Dan e a Blair de Gossip Girl se tornarem amigos - e adorei quando isso aconteceu na série), e conhecemos a Deming - uma jovem asiática que parece vir a fazer parte do elenco principal de personagens. O que é bom, já que gostei bastante desta personagem.

Em suma, não é dos melhores livros da série, mas ainda é bastante bom. Recomendaria a série a quem esteja farto dos clichés dos livros YA sobre vampiros e anjos - esta série pega no melhor de ambas as mitologias e oferece-nos algo inovador. O cenário, Nova Iorque (na maior parte dos livros), é dos meus favoritos, os personagens são cativantes e o enredo tem sempre uma surpresa escondida para nós.

Páginas: 288

Editora: Atom