segunda-feira, 27 de junho de 2011

Bruxa e Detetive


Opinião: A Rachel Morgan tem tudo para se tornar numa das minhas heroínas favoritas deste género. É uma personagem bastante divertida, com uma queda para "meter a pata na poça" e enfiar-se em mais sarilhos do que aqueles que pode resolver. E é ainda mais interessante vê-la a resolvê-los - é daquelas personagens que não sabe tudo, não tem pretensões de o saber, mas é capaz de fazer muito mais do que ela própria pensa.

A história é, em parte, a continuação e resolução de uma linha de enredo desenvolvida no livro anterior, e honestamente não estava à espera de como as coisas se desenrolaram, mas gostei. A autora aproveitou para lançar pedrinhas metafóricas que imagino que vão ser seguidas nos próximos livros. Estou a gostar bastante da maneira como a Kim Harrison escreve e desenvolve os personagens e a história.

Os personagens secundários constituem um elenco variado e cativante. Temos a Ivy, uma vampira viva que se debate com o seu lado escuro (e a política e sociedade vampírica é algo que é desenvolvido neste livro); o Nick, o namorado humano que se mete com magia perigosa; o Jenks, o pixy sarcástico e com uma família gigante (qualquer coisa como 20 ou 30 filhinhos pixies); Algaliarept, o demónio com um interesse particular na Rachel; e Trent Kalamack - gostei como a autora não engonhou na revelação da natureza deste personagem. E acho muito piada às, hmm, trocas verbais entre ele e a Rachel.

Também acho interessante a premissa deste mundo, em que um vírus transmitido a partir de um alimento geneticamente modificado matou uma parte da população humana. Altura em que os seres sobrenaturais "sairam do armário". A autora dá uma base científica a alguns aspectos da história, e parece-me ser uma base sólida e bem usada.

Título original: The Good, the Bad and the Undead (2005)

Páginas: 416

Editora: Saída de Emergência

Tradutora: Rita Guerra

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