segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Punhal do Soberano, Robin Hobb


Opinião: É engraçado como as nossas leituras acontecem. Li o primeiro livro da série há um ano e gostei bastante, tendo vontade de continuá-la brevemente, mas outras coisas meteram-se pelo meio. Felizmente, já corrigi esse grave erro, e tenho aqui os outros livros para ler.

Apesar do lapso temporal, não foi difícil voltar a entrar neste mundo. Dei-me conta de que o outro livro me ficou na memória, e não foi difícil acompanhar Fitz na sua recuperação do problema que teve no final do outro livro. Pobre rapaz, dada a sua posição única de assassino e bastardo real, volta rapidamente a embrenhar-se nas tramas da corte real. O enredo é construido duma maneira que eu dou por mim a devorar o livro, e a ter muita vontade de ler mais um capítulo após terminar o anterior.

Uma coisa que gosto de ver na história é os nomes atribuidos aos personagens, que descrevem um seu atributo ou ocupação. É uma ideia que aprecio na Robin Hobb - dá um toque de originalidade aos seus livros, ao mesmo tempo que cria, quanto a mim, uma certa familiaridade com os personagens, como se soubéssemos muito acerca deles só pelo nome.

O elenco de personagens em si é variado e construido de maneira que muitos me ficam na memória - Paciência, Bobo, Breu, Veracidade e Moli são alguns exemplos. É irónico que Fitz esteja rodeado de tantos amigos e conhecidos mas aos quais não pode recorrer para muitas coisas.

Quanto aos desenvolvimentos da história, estou a gostar da parte com a Moli, especialmente quanto o Fitz mete os pés pelas mãos ou faz coisas ridículas como, sei lá, descer por uma corda até à janela dela quanto está todo dorido do último sarilho em que se meteu.

Outra coisa muito interessante neste livro é uma certa conversa que o Bobo e o Fitz têm e que começa com uma pergunta - "De onde vem o Bobo e porquê?". É uma conversa em que o Bobo fala maioritariamente, mas em que revela muita coisa. Ou melhor, presta-se a que uma pessoa faça muitas perguntas e teorize sobre a evolução desta saga.

Por fim, uma nota positiva para a tradução, muito boa e que flui bem. Parto em breve para o próximo livro.

Título original: Royal Assassin (1996) [1ª metade do original]

Páginas: 384

Editora: Saída de Emergência

Tradutor: Jorge Candeias

4 comentários:

  1. Eu estou muito interessada nesta saga. Como tinha um vale de 10€ na Bertrand comprei numa promoção da livraria daqui os dois primeiros da saga por 19€. Com vale ficou a 9 os dois!:D Agora tenho de me sentir tentada a lê-los.:)

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  2. Também gostei bastante deste volume e tal, como tu, espacei bastante os volumes.

    Este é, até agora, o meu preferido e mal acabe as leituras que tenho pendentes, partirei para a leitura do seguinte, pois pelo que tenho ouvido, consegue ser ainda melhor. :)

    Quanto à conversa do Bobo para com o Fitz, foi uma conversa bastante interessante e que realmente nos deixa intrigados.

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  3. Jojo, fizeste bem, vale mesmo a pena. Esta série é muito interessante e dou por mim absorvida na história, tanto que devoro o livro! xD Fico à espera de poder ver a tua opinião. ;)

    Rita, nem sei bem porque espacei a leitura dos livros. :S Mal comecei a leitura deste, entrei no mundo do Fitz como se não tivesse de lá saído. :D Já comecei o próximo, e penso que te vai deixar tão embrenhada como eu nas intrigas da corte de Torre do Cervo. ;)

    Ah, aquela conversa... ainda vão acontecer muitas coisas que hão de dar razão ao Bobo, espero eu. ;) Também estou a torcer para conhecermos mais deste personagem. :)

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  4. Também não... Outras leituras foram sendo colocadas à frente, nem sei bem porquê. Também senti isso e até um quê de saudades do Fitz, :)

    Acredito que sim, ele é bem mais sábio do que aquilo que os outros idealizam... Penso que ele terá um papel importante na estória, o que me agrada, visto ser das minhas personagens preferidas. :)

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