domingo, 13 de maio de 2012

Insurgent, Veronica Roth


Opinião: Comecei a minha opinião do Divergent o ano passado com uma descrição sobre como sabemos que um livro nos agradou - tanto que não conseguimos parar de ler, até que faltam poucas páginas e queremos adiar o fim, e depois acabamos o livro e ficamos imenso tempo a rever coisas do livro na nossa cabeça, vezes e vezes sem conta. Não achava que fosse possível repetir a experiência, mas aconteceu.

Uma coisa que acho fantástica é que alguém tão novo (a Veronica tem a minha idade!) consegue escrever uma coisa tão emocionante e envolvente, e até profunda, que me põe a pensar e me desafia, esquivando-se dos clichés YA. Acabo por comparar estes livros à trilogia Os Jogos da Fome, não por serem parecidos na história e enredo, mas porque são distopias bem construídas e credíveis (quase assustadoramente), que me põem a reflectir, e com heroínas muito bem caracterizadas e que me emocionam.

Foi um pouco doloroso seguir a Tris. Pode-se dizer que ela carrega o peso do mundo às costas, e que depois dos horrores que passou no primeiro livro, debate-se com muita culpa e sofrimento que a sobrecarregam. E mesmo assim, ela continua para a frente, a tentar a fazer a coisa certa, mesmo que vá contra a vontade de outros, mesmo que se tenha de sacrificar. Gosto muito de a ver com o Four, porque as coisas entre eles não são perfeitas, mas eles esforçam-se e acabam por reciprocamente cuidar um do outro.

Depois do que aconteceu no Divergent, a cidade está em guerra, com facções a lutarem contra facções, e aquelas facções que não se envolveram de início, a tentar manter-se neutrais para que não sejam envolvidas no tumulto. Aquilo que me arrebatou no livro é ver como a natureza humana é representada, capaz de actos belos e terríveis, de se unir por um ideal e de lutar contra e matar outros seres humanos. Entristece-me ver como as pessoas se entrincheiram na sua facção cegamente, sem questionar aquilo que estão a fazer. O conceito de Divergent acaba por ser uma lufada de ar fresco, em que vemos pessoas com um espectro variado de comportamentos e emoções, questionando o seu mundo e tentando torná-lo melhor.

O fim... tive de o reler um par de vezes para confirmar se não estava a ler demasiado nas entrelinhas. Porque aquilo que se vislumbra é grandioso e assustador nas suas repercussões. Porque muitos dos Abnegation morreram por causa desta... coisa, digamos, e não acho que tenha valido a pena o sacrifício, dado o comportamento das facções depois desse momento. Porque quero muito ver para onde é que a Veronica Roth vai levar a história depois destas revelações, e porque tenho fé de que vai ser um terceiro livro fantástico.

Páginas: 544

Editora: Katherine Tegen Books (HarperCollins)

4 comentários:

  1. :3

    *canta: something wicked this way comes*

    Figas para que me chegue pelo menos nas próximas 3 semanas, uma vez que foi shipped no início da semana passada. xD

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    1. Também estou a torcer que te chegue depressa. Para mim levou menos tempo que a encomenda anterior, talvez umas 2 semanas. :D

      Vi agora no blog da Veronica que o 3º livro está previsto para o Outono de 2013!!!!!!!!!! *faints* Não vou conseguir sobreviver à espera, já o ter esperado 9 meses entre o Divergente e este foi um milagre. xD

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    2. Até nem é muito mau, ela escreve rápido! D:
      Claro que às tantas vou mudar de opinião se o Insurgent acabar num cliffhanger do mal.. (como pelos vistos acaba *scared*)>_<

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    3. Pois, mas se seguisse o plano de publicação dos outros, devia ser Primavera, e não Outono, de 2013. :/

      Não é um cliffhanger do mal... pelo menos ninguém fica em risco de morrer. :P A não ser nós, leitores, que vamos morrer de curiosidade. xD

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