domingo, 10 de junho de 2012

Princess Forever, Meg Cabot


Opinião: Eu quase cresci a acompanhar esta série, numa altura em que YA era um termo desconhecido e o panorama de publicação deste género era praticamente não existente. A Bertrand merece um elogio por ter começado a publicar esta série (provavelmente ao arrasto do lançamento do primeiro filme), mas também um demérito por não terem sabido publicar melhor o género e terem deixado morrer as séries da autora que publicavam (a série Mediadora não foi acabada, da série Boy só foi publicado o primeiro, e publicaram o Insaciável ao arrasto da moda dos vampiros, mas ainda não tiveram coragem para publicar o seguinte). Não é novidade com esta editora, mas seria de esperar que um grupo tão bem estabelecido em Portugal tivesse melhores critérios de publicação.

Ok, chega de malhar na Bertrand (apesar dos milhentos desgostos que já me deu). Vi este hardcover a um preço muito apetitoso no Book Depository (uns meros 6 euros), e como não possuo os últimos dois livros da série, aproveitei. Parece que alguém ouviu as minhas queixas sobre entregas de encomendas vindas do BD, porque este livro chegou numa mera semana, quando o normal tem sido lá para as 3 semanas. Yay me!

Foi bom rever e reler as aventuras da Mia, porque ela é tão tonta e neurótica e divertida que só se pode passar um bom bocado com ela. A Meg Cabot captura muito bem uma mentalidade adolescente que só por acaso também é princesa, e fecha aqui a história da Mia duma maneira muito satisfatória. A Mia continua igual a ela mesma, sempre a preocupar-se demais, algo clueless e a ocultar algumas coisas para não magoar os outros, mas a meter-se em buracos maiores por causa disso.

Adoro ler alguns dos personagens secundários, como a Tina, a eterna romântica, a Lana, inimiga-tornada-amiga (melhor reviravolta de sempre!), o Michael, que aqui deixa a Mia num torvelinho e está mais giro do que sempre, e a Grandmère! É a personagem mais idiossincrática de sempre. Sei que foi representada pela Julie Andrews nos filmes, mas gostava mesmo de ver a Maggie Smith no papel. É que a Grandmère diz umas coisas que me lembram mesmo a condessa-viúva Grantham de Downton Abbey...

O fim, como disse, é bem satisfatório. As coisas acabam bem, mas são complicadas ali por um momento, e a Mia debate-se com fazer a coisa adulta e certa, em vez da coisa fácil. Foi refrescante vê-la crescer um bocadinho. Só tenho pena de não ter mais livros para ler, nem que possamos espreitar a vida universitária da Mia (bem, tenho isto, mas não é a mesma coisa).

P.S.: Também já tinha lido o romance histórico "escrito" pela Mia, e os excertos aqui presentes só me fizeram ter saudades... deve ser a única vez que consegui e conseguirei ler Meg Cabot a escrever romance histórico (já que os que ela escreveu no início da carreira estão descontinuados), e foi uma óptima experiência.

Páginas: 400

Editora: Harper Teen (HarperCollins)

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