sábado, 29 de setembro de 2012

Aquisições - Setembro 2012

Mais um mês, mais umas aquisições...


- Sem Medo do Escândalo, Nicola Cornick
- A Rendição Mais Obscura, Gena Showalter
Estavam com desconto, e ando a seguir a série da Gena.

- Rosa Selvagem, Patricia Cabot
- Inishmore, Carla Ribeiro
 O primeiro porque sou super fã da Meg Cabot, o segundo ganhei numa promoção da editora.

- Os Piratas do Deserto, Santos Costa, lido
- Mutts 2 - Cães e Gatos, Patrick Mc Donnell, lido
- Justiceiro - Diários de Guerra, Carl Potts, Jim Lee, lido
- X-Men - Graduação, Roy Thomas, Neil Adams, lido
- Guerras Secretas 1 - Heróis vs. Vilões, Jim Shooter, Mike Zeck, Bob Layton, lido
- Guerras Secretas 2 - A Batalha Final, Jim Shooter, Mike Zeck, Bob Layton, lido
BD! - Um autor potuguês a preço acessível, uma série que adoro, e a continuação da colecção Heróis Marvel.



- Companions of the Night, Vivian Vande Velde
- Angels' Blood, Nalini Singh
Tanta gente elogia a Vivian Vande Velde que achei que devia experimentar. E vou recomeçar a série da Nalini em inglês.

- Stolen Night, Rebecca Maizel
- Secrets of a Summer Night, Lisa Kleypas
- Onyx, Jennifer L. Armentrout, lido
- Entice, Jessica Shirvington, lido
- Anna and the French Kiss, Stephanie Perkins, lido
Livros muito antecipados, por variadas razões (ando a suspirar pelo da Rebecca Maizel há 2 anos!).

- The Crown of Embers, Rae Carson
- Stormdancer, Jay Kristoff, lido
- Chicken with Plums, Marjane Satrapi, lido
Mais alguns livros esperados, e uma BD a preço muito apetecível.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Entice, Jessica Shirvington


Opinião: Estou a gostar muito, muito desta série. A autora tem uma escrita que me agrada, cria um mundo fascinante, e as suas personagens são complexas. Consegue criar uma história que me cativa e lança numa montanha-russa de emoções. Tortura-me com o romance. E até com o final da história.

Neste volume, Violet e os outros Grigori têm como objectivo recuperar um documento antiquíssimo, o qual também é procurado pelos Exiles. Só que sendo o livro escrito pela autora que é, as coisas não são tão simples assim e a narrativa está apimentada com imensos detalhes que à partida podem não parecer nada ter a ver com o objectivo final, mas contribuem em muito para enriquecer a história.

Gostei muito dos personagens novos. A Nyla e o Rudyard serviram mais para provar um ponto (já lá chego), mas o grupo de amigos que se juntou em torno da Violet é bem divertido - a Zoe e o Salvatore, parceiros perdidos na tradução; a Steph, que mesmo sendo apenas humana conseguiu integrar-se no grupo, muito por culpa da Violet, que fez por mantê-la na sua nova vida paranormal, em vez de escondê-la dela (como em todos os outros livros, o que só me faz adorar mais este pormenor); e o Spence, que conseguiu ser um personagem sólido e divertido (e sem precisar de se aproximar do terreno romântico, graças aos céus) e um óptimo partner-in-crime da Violet.

O Onyx, vilão no livro anterior, mudou um bocadinho de estado, e gostei da sua evolução. A Magda fez tudo por me irritar, dando razão à atitude que exuda durante este livro. O Phoenix também. Depois da sua personagem ter tido algumas nuances interessantes no primeiro livro, neste reverte mais para o papel de vilão, e isso desapontou-me um bocadinho.

Ver a Violet e o Lincoln é uma tortura, no bom sentido. No primeiro livro estava com receio de torcer por eles, por causa dos eventos nesse livro, mas aqui vibrei quando cada um ultrapassou as suas barreiras pessoais para poderem ficar juntos. Achei que a Violet teve ali um momento brilhante, a salvá-lo de si próprio, e o Lincoln também brilha quando se deixa sonhar. Maaasss... é claro que a Jessica Shirvington havia de me partir o coração com o final do livro e separá-los.

Este é um daqueles casos em que dou por mim a considerar-me uma sortuda, pois ao contrário da regra só tenho de esperar aí uns 6 meses para ler o próximo livro. E que longos vão esses 6 meses ser.

Páginas: 464

Editora: Sourcebooks Fire

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Stormdancer, Jay Kristoff

This book is for the Steampunk Reading Challenge, hosted by Dark Faerie Tales.


My thoughts: I must confess, reading this book was almost torture during the first two days. I was quite frustrated at how slowly things (and my reading) were progressing – 60-80 pages in two long days, which is ridiculously slow for me. If I were one of those people that read 50-100 pages of a book to assess whether they are going to like it, I might have given up.

I think this failure at capturing my attention has two causes. First, the book starts with a prologue-ish chapter, as it contains an exciting event, but then the story goes back 2 weeks to tell us how it all began. It’s not smart to start a book with a thrilling event and then spend some chapters doing some worldbuilding, in my opinion. Which leads me to cause number 2 – the author is a bit too descriptive, and it takes a while to get used to. (Or when things got interesting, I didn’t mind as much.)

Fortunately for all parties involved, I am very stubborn and kept reading – and ended up enjoying myself much more. The worldbuilding is pretty interesting and well-thought, depicting a decadent, dystopian, steampunk-ish, Japanese-in-feudal-times, setting. The author anchors this world in a real place and time (Japan in feudal times, which is quite interesting in itself, though I admit I'm not well-versed) and creates a world that depends on a fuel-like substance, chi, which is fabricated from the blood lotus, a native plant.

The thing is, the dependence on chi and the blood lotus has nocive results on this society – nature is polluted by the manufacture of the chi, some people are addicted to the lotus’ fumes, other people are dying of the black smoke produced bu machinery, and the social structure is just crumbling. I think there's a bit of well-built social, economical and even political commentary, and that was interesting to read.

The main character, Yukiko, is a typical teenager, since she has extreme stances towards many things which I felt was realistic, yet it made it harder for me to get to know her. I wish I could understand better what makes her tick. As for the other characters... some made me curious, but not enough to point them out. The author should definitely work on building stronger characters. Buruu, however, was awesome. The way he thought and spoke, and how that changed after spending time with Yukiko was fascinating. I want more of him!

There are a few more assorted things I could point out. The plot turned out very enjoyable and I kept eagerly turning the pages to find out what was going on. The romance amused me, because it was interesting to watch Yukiko's crush come back and bite her in the ass, pardon my French, since that's all it was, a crush, not epic love (thank God for the small blessings), and she got screwed over it. Also, I felt bad for Kin, who had a one-sided thing for Yukiko.

What can I conclude from here? Well, this book was a lot of trouble when I began it, but I ended up really liking it, which only proves how easily I can change my mind. I won't be impatiently waiting for the next one, but I will surely pick it up whenever it comes out.

domingo, 23 de setembro de 2012

Onyx, Jennifer L. Armentrout


Opinião: Não sei o que é que ela faz, mas a Jennifer consegue sempre escrever livros que me põem a virar as páginas feita doidinha, devorando o livro e ficando a suspirar por mais. Os livros não são uma obra-prima, são mais a tender para guilty pleasure, mas bolas, são divertidos.

Neste volume, a autora deu-me ouvidos e revelou mais um bocado do worldbuilding - descobrimos mais coisas sobre os Luxen e os seus poderes, e a... ligação curiosa que têm (ou podem vir a ter) com certos humanos. Descobrimos também mais sobre o DoD e a quem quer realmente arranjar sarilhos aos Luxen, mas há um certo mistério que fica por resolver.

Continuo a gostar imenso da Katy, que é um pouco teimosa (e até incapaz de ver o que tem à frente do nariz), mas uma miúda esperta e corajosa, e decidida a fazer o que lhe apetece, mesmo que seja a maior asneira de todas. O Daemon deixa-me indecisa com tanta arrogância, mas diverte-me ver o modo como ele e a Katy interagem, e as "técnicas de sedução" que ele arranja matam-me... de riso (a cena da bolacha!). No entanto, dou-lhe pontos por a certa altura ter deixado a Katy fazer as suas próprias asneiras em vez de armar em machão e tentar mandar nela. Além disso, eles cresceram um bocadinho no fim, acho, e estou curiosa por ver como os eventos do final os afectam.

Páginas: 400

Editora: Entangled Publishing

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Colecção Heróis Marvel #10 e #11: Justiceiro e X-Men

Justiceiro – Diário de Guerra, traz-nos outro “herói” com o qual estou pouco familiarizada, à parte aparições em revistas ou desenhos animados de outros heróis Marvel (Homem-Aranha, p.ex. – e reparei no outro dia, na milionésima vez que vi o Coyote Ugly, que o comic que o Kevin compra é o número 129 do Homem-Aranha, “a primeira aparição do Justiceiro”). Frank Castle tem um código moral particular, depois do que aconteceu com a sua família, e neste volume seguimos as primeiras aventuras de uma nova revista com o seu nome. 

A primeira história conquistou-me, pois evoca os assassinatos da família de Castle numa tira no final de cada prancha, intercalando com a história principal, que resolve uma ponta solta dos eventos. A segunda história, que evoca o passado do personagem no Vietname, também me suscitou curiosidade, pois tem acção, mistério e violência combinados num final explosivo. Já a terceira história dispensava – a minha reacção foi: “er... dinossauros? WTF?” – foi a única maneira que conseguiram divisar para juntar o Wolverine e o Justiceiro? A quarta história... bem, tem um final, mas também é claramente parte de um arco maior (que tinha vindo a ser preparado ao longo da histórias anteriores), por isso era desnecessário ter sido incluída...

Um bom volume, que cumpre a sua missão de apresentar um personagem que desconhecia quase por completo. A violência que sei que está envolvida nos métodos de Frank Castle deixa-me desconfortável, mas ao mesmo tempo descontente, já que os editores tentam evitar colocar ou mostrar o personagem numa posição de cometer um assassinato. Achei curioso que ele se apoie tanto no Microchip, um nerd da informática, para os seus casos. Gostei da arte do Jim Lee, é bem mais elaborada e completa do que já tenho visto noutros volumes da colecção cujas histórias foram publicadas na mesma época. Até a coloração é mais complexa e interessante. 

X-Men – Graduação reúne os últimos números da primeira fase dos X-Men, quando as vendas estavam em declínio e levaram ao cancelamento do título. (Ao que parece, entre 1970 e 1975 a Marvel fez reedições de números antigos dos X-Men. Engraçado pensar que alguns dos super-heróis mais visíveis da Marvel, e dos meus favoritos, tiveram uma época tão baixa na preferência do público.) No entanto, creio que as histórias não são de pior qualidade por causa disso – algumas são muito interessantes, mesmo.

Há uma coisa curiosa nas histórias presentes, que é terem arcos de história auto-contidos, mas ao mesmo tempo há ligação entre os episódios, pois um evento de um afecta directamente o desenrolar do seguinte. Gostei da história com os Sentinelas (apesar de serem os, hm, vilões mais sobre-usados de todo o sempre), pela ironia que o fim trouxe; da aparição do Solaris, pela argumentação que ele usava para os seus actos; e da história com os invasores extraterrestres, pela maneira como foram dispensados.

A arte... bem, dispensava os fatos com aquelas cores horríveis do Fera e do Anjo (este muda para umas cores mais sóbrias a meio, felizmente). Achei alguns efeitos muito curiosos, e gostei do traço.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Picture Puzzle #26

O Picture Puzzle é um jogo de imagens, que funciona como um meme e é postado todas as semanas à quarta-feira. Aproveito para vos convidar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria. Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica no seguinte blogue: Chaise Longue.

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal.

Puzzle #1
Pista: título em inglês; não ficção; já esteve aqui no blog, num post das aquisições.

Puzzle #2
Pista: título em inglês.


Divirtam-se!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

The World of Downton Abbey, Jessica Fellowes


Opinião: Uma combinação entre coffee table book e companion, The World of Downton Abbey acompanha a primeira e segunda temporadas da série com o mesmo nome. Dividido em temas (Society, Life in Service, Style, War, etc.), o livro combina muitas fotografias e ilustrações com textos a desenvolver o tema, reunindo detalhes sobre a época e como a série foi construída em torno dos mesmos.

É um livro fantástico para quem gosta da série, pois expande um bocadinho alguns pormenores da mesma, dando o background histórico para acompanhar os episódios. Não é terrivelmente elaborado, mas dá suficientes detalhes para atiçar a curiosidade e, quem sabe, lançar o leitor noutras leituras sobre a época Edwardiana.

A edição é soberba, com boa encadernação (andei a ler o livro por casa em sucessivos dias e aguentou-se muito bem, apesar de ser pesadote), papel lustroso e profusamente ilustrada. Adorei as imagens que abrem cada capítulo, uma combinação de fotograma da série com aguarela com um tratamento digital de saturação. Uma pequena delícia para os olhos, e claro, deixou-me com vontade de rever a série.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Versatile Blogger

Regras:
1 - Postar o selo e dizer quem me presenteou;
2 - Dizer 7 coisas sobre mim;
3 - Presentear 15 blogs com o mesmo;

Obrigada às fantásticas:

[EDIT: e também às queridas:

Ora bem, 7 coisas nada interessantes e totalmente irrelevantes sobre mim:
  1. Gosto de ouvir música quando estou a ler;
  2. E também quando estou a lavar a loiça, para tornar a coisa mais interessante;
  3. Sou capaz de me emocionar e impressionar mais com um livro que com um filme;
  4. Gosto de conduzir;
  5. Não gosto de ver as asneiradas que os outros fazem a conduzir;
  6. Sou desorganizada, mas tenho uma organização no meio da confusão;
  7. Consigo tocar com as palmas das mãos no chão, quando me dobro e mantenho as pernas esticadas.

E agora, para ser completamente original (ou não), vou devolver o selo às meninas que mo atribuíram:

Mais atribuí-lo às seguintes "vítimas":

domingo, 16 de setembro de 2012

Anna and the French Kiss, Stephanie Perkins


Opinião: Este livro é tão giro. Fofo. Adorável. Encantador. Fantástico. Estupendo. E... corro o risco de me afogar em adjectivos (os adjectivos a mais dão cabo de mim), por isso vou tentar reduzi-los ao mínimo. Mas a sensação de estar nas nuvens mantém-se. Estava no Goodreads há pouco a rever citações e a deliciar-me, com um sorriso parvo no rosto.

A Anna é uma rapariga de 17 anos que foi enviada para terminar o último ano do ensino secundário em Paris. Parece de sonho, não é? Só que a Anna morre de saudades de casa, e no início o choque de culturas é demais para ela. Felizmente, ela conhece um grupo de gente boa que a ajuda a ambientar-se, coisa que não será certamente dificultada por um rapaz Americano-Inglês-Francês (French name, English accent, American school. Anna confused.), totalmente giro e muito charmoso.

Gostei muito da voz interior da Anna. Ela é refrescantemente honesta, dizendo muito do que lhe vem à cabeça, e e achei muito realista o facto de ela se sentir quase abandonada e cheia de saudades de casa no início. O choque de culturas foi engraçado de seguir, especialmente quando os novos amigos da Anna se metiam com ela por causa disso. O Étienne trocou-me as voltas. Mal o rapaz me apareceu à frente e eu não conseguia deixar de o imaginar com aquele sotaque inglesíssimo, meio Hugh Grant-ish, e eu que nem sou muito imaginativa a "ouvir" os personagens na minha cabeça.

Duas coisas atraíram-me no livro. Uma foi a descrição dos personagens, com os seus pormenores e idiossincrasias (a Anna quer tornar-se numa crítica de cinema, o Étienne é baixinho). Outra coisa é o jogo de encontro e desencontro de sentimentos da Anna e do Étienne. Tão tortuoso, mas delicioso. Quase explodi de alegria com o final (finalmente!), e foi tão bonita aquela cena na Notre Dame.

Recomendadíssimo, mas sem dar corda às expectativas, que suspeito que seria capaz de dar cabo do divertimento que o livro pode trazer.

sábado, 15 de setembro de 2012

Tempting the Best Man, J. Lynn/Jennifer L. Armentrout


Opinião: Sim, o nome da autora ali em cima e o na etiqueta não são o mesmo. Basicamente, J. Lynn é o pseudónimo da Jennifer L. Armentrout para escrever títulos adultos. Uma coisa que geralmente não faz sentido para mim, já que as sinopses costumam dar uma boa ideia do género... creio que ninguém ia ler a sinopse deste livro e pensar que era um livro YA (e se o pensassem, era bem feito apanharem um susto). E sim, basicamente comprei o livro por causa da autora. Gosto das coisas YA dela e estava curiosa por ver como é que ela se sairia num livro adulto. A escrita dela transparece nalgumas frases, e apesar da história ser mais curta, é bastante satisfatória.

Os protagonistas têm química (gosto bastante de quando os protagonistas se conhecem desde sempre e são amigos antes de se envolverem), e diverti-me com as trocas verbais entre eles, com direito a algumas cenas mais quentes. A história só peca por ser curta, pois sinto que podia ter sido um bocadinho mais desenvolvida (acho que algum drama no meio do casamento teria imensa piada), e claro, o fim, que à moda tipicamente romance contemporâneo, envolve um mal-entendido parvo entre os protagonistas, que nem sequer é esclarecido entre eles antes da história acabar. É por isso que não leio mais romance contemporâneo - grande parte das autoras é incapaz de fugir aos clichés do género, especialmente àqueles que me irritam mais.

Páginas: e-book, o tamanho estimado é de 114 páginas

Editora: Indulgence (Entangled Publishing)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Stray, Rachel Vincent


Opinião: Bem, vou desabafar primeiro a parte que mais me irritou no livro: a heroína é uma idiota! Ou pelo menos comporta-se como uma durante a primeira metade do livro - o que foi um tudo-nada frustrante, ver uma homónima minha, com a minha idade, com poderes fantásticos, e um feitiozinho dos diabos, mas que usa um nome mais parvo e espampanante, e que se comporta como uma adolescente no pico da rebelião. A relação da Faythe com a família e o modo como ela lida com a sobreprotecção deles é enfurecedor. Sim, já percebemos, o papá é autoritário, mas enfurecê-lo com pseudo-rebeliões não é a melhor maneira de saíres de debaixo da asa dele, Faythe. Escolhe melhor as tuas batalhas.

Felizmente, a segunda parte foi muito mais divertida e vale pelo livro todo - o que é irónico tendo em conta que a Faythe é raptada. Mas finalmente o lado rebelde dela torna-se justificado, e o modo como ela lidou com as coisas foi um tudo-nada mais maduro. O enredo adensa-se e eu pude ver porque é que gosto desta autora... acabei por atribuir a turbulência da primeira parte às dores do primeiro livro publicado. Além de que acredito que a Faythe há de evoluir... a porta fica aberta para ela se ver numa posição de responsabilidade.

Isto se ela não se distrair com os rapazes. Temos o Marc, com quem ela tem um passado turbulento e que não desistiu de esperar por ela, mesmo após 5 anos (yup, está assim tão caidinho); e o Jace, amigo de infância que se pode tornar algo mais. Parece-me, neste momento, perfeitamente óbvio com quem ela vai ficar, o que torna irrelevante o outro lado do triângulo amoroso. Mas tendo em conta o modo como a autora lidou com o triângulo na outra série dela, talvez as coisas ainda fiquem interessantes.

O mundo dos werecats pareceu-me bem interessante, com todos os comportamentos animais e com todo o estabelecimento da sociedade werecat. Os Alphas, Strays, Prides e não sei quê. O modo como as fêmeas são escassas e altamente protegidas. Ver a Faythe e a família em modo felino. Há um certo potencial para a série, e quando acabei o livro fiquei impaciente para ler o volume seguinte.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Sucintamente: Catching Suki, Acting Friends, Among the Nameless Stars

Catching Suki, Sarah Alderson
Uma pequena história que segue a Suki, a telepata exuberante da série Lila da autora. Ocorre antes e (um pouco) durante o primeiro livro. É um complemento giro para a história, porque nos dá uma ideia de como a Suki se envolveu com o grupo de psy, e porque nos mostra algumas interacções dela com o Jack, o Alex e a Lila. Mas preferia que ela não se tivesse revelado tão descuidada e tolinha, porque em última instância foi a falta de cuidado dela que fez com que a Alicia fosse capturada.

Acting Friends, Sophie McKenzie
Conto-prequela ao livro da autora recentemente publicado em português. Creio que ocorre alguns anos antes do mesmo, o que dá um tom mais middle-grade ao conto - pelo menos as preocupações e inseguranças da protagonista, River, são um tanto para o juvenis. No entanto, foi engraçado segui-la, e tentar perceber linhas narrativas que poderão ser seguidas pela autora no livro O Primeiro Amor.

Among the Nameless Stars, Diana Peterfreund
Quanto mais leio opiniões e descrições do mundo em que esta história se passa, mais fico fascinada. Acho o conceito de Luddites, Reduction e Posts muito interessante e com imenso potencial, e percebo porque é que a autora se inspirou no Persuasão para basear a sua história. Algumas coisas deste conto focado no Kai ressoam coisas que o Capitão Wentworth terá certamente pensado e sentido depois de levar uma tampa da Anne. (Se bem que acho irracional o Kai estar ressentido por a Elliot não o ter seguido. Ela tem... o quê? uns 12 anos? Ninguém aos 12 anos está preparado para decidir a sua vida. Aqui a autora devia ter calculado melhor as idades, para as coisas fazerem mais sentido.)
Sendo assim, porque é que ainda não li/encomendei o livro For Darkness Shows the Stars? Porque tenho receio que as expectativas me matem o gozo que o livro me possa trazer. Um retelling do Persuasão é algo ambicioso, tendo em conta que é um dos meus favoritos. E ainda estou um nadinha zangada por o raio da capa originalmente me ter feito pensar que o livro se passava no espaço.

Nota extra: Queria adicionar os links para o GR destes contos, mas estava sem conseguir entrar no site... tive de desencantar os links via Google, e nem assim consegui o link do Acting Friends.

Yup, está difícil entrar no Goodreads. E no BookDepository. (O que quase me provocou um AVC, mas enfim.) E numa boa quantidade de blogs que sigo. Primeiro achei que era do meu computador, que já não vai para novo, mas depois dei com a explicação para o estranho desaparecimento aqui e aqui. Alguém nos livre de alguma vez algo do género acontecer ao Google. A internet morria.

domingo, 9 de setembro de 2012

Na Sombra do Sonho, J.R. Ward


Opinião: Estou extremamente chocada. O último livro desta série que li foi há 14 meses??? Estou a ficar para trás. E a perder qualidades. E... bem, voltemos à opinião. Depois de quatro livros da saga, pensava que já sabia o que esperar e neste tipo de livro isso é bom. Mas a autora está a enveredar por uma linha narrativa que ainda não sei se me agrada, e tanta coisa estranha acontece neste volume que eu não consigo perceber se gostei ou não.

Comecemos com uma das coisas em que a autora se está a tornar especialista - os heróis torturados. Gosto do trope, quando bem usado, mas estamos a abusar. Primeiro o Zsadist, que tinha uma história bem triste e me pareceu bem construído, e depois o Butch, com a família doida por se afastar dele e a tragédia familiar da qual eu já não me lembro (yup, 14 meses dão nisto) - e agora o Vishous também tem um dramalhão como backstory. E não me ponham a falar do Phury, que com a paixoneta assolapada pela Bella está um triste dos diabos. Tenho saudades do Wrath e do Rhage, que pareciam ser tão bem resolvidos em comparação. Além de que com isto a autora está a provocar um desequlíbrio - sinto que os livros soam melhor quando os membros do casal têm o drama equilibrado. Ou um ou o outro tem um passado pesado, nunca os dois (bem, podem ser os dois se for um passado "meio-pesado"). E nunca podem ser sempre os homens! As heroínas começam a parecer umas lingrinhas ao pé deles.

O que me leva à Jane. Que me parece uma mulher forte, e no início das interacções com o Vishous assim se mantém, mas depois perde-se um bocado. O livro tem todo o tempo do mundo para desenvolver o casal (até porque os minguantes estão maioritariamente desaparecidos), mas perde tanto tempo com o passado do Vishous que, com eles, de síndrome de Estocolmo a "amo-te" é um pulinho. E depois a J.R. Ward comete o mesmo pecado capital do Fifty Shades of Grey - deixar implícito que quem pratica BDSM é um torturadinho que levou porrada e foi abusado de todas as maneiras possíveis e imaginárias. E põe-no na boca da Jane, que me parecia uma miúda tão esperta. E depois vai e confunde-me, escrevendo uma cena bastante boa acerca de vulnerabilidade.

Nem tudo me irritou, no entanto. Gosto do modo descomplicado e pouco exigente da saga em termos de leitura. Gosto bastante das interacções entre os membros da Irmandade e com as suas shellan, quando elas aparecem. A autora lidou relativamente bem com a paixoneta do Vishous pelo Butch, e pôs-me a rir com as conversas entre eles (e a revirar os olhos quando o Butch e a Marissa fugiam para o quarto). Continuo a gostar de seguir os personagens secundários e o modo como a autora vai preparando os livros seguintes da série. (Ela que ponha o John Matthew out of his misery. Com a sorte dele, depois da transformação já consegue falar, apenas ainda não o tentou.)

E por fim... o fim idiota. É bom que este final pouco usual (e nada de acordo com qualquer worldbuilding até agora apresentado) tenha algum objectivo futuro. Porque se não tiver, é pointless para a história em si e para os percursos do Vishous e da Jane (creio que haveria outras maneiras de o reconciliar com a mãe). E porque soou demasiado a... conformismo, não a final feliz. Por mim, tinha parado naquela parte em que a Jane perde a cabeça e se oferece para médica da Irmandade. Ou se tínhamos que andar mais para a frente, eu até me conformava com um deus ex machina semelhante ao da Mary e do Rhage, por mais que despreze tal artifício literário.

Título original: Lover Unbound (2007)

Páginas: 664

Editora: Casa das Letras

Tradução: Ana Lourenço

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O Livro dos Dons, Jenna Burtenshaw


Opinião: Este livro deixou-me dividida. Por um lado, adoro fantasia épica, e nesse aspecto encheu-me as medidas. O worldbuilding cativou-me e quero saber mais sobre este mundo. Por outro (e admito que talvez esteja demasiado habituada a livros YA gigantescos), o livro soube-me a pouco. Fez-me falta um maior desenvolvimento dos personagens e um enredo mais complexo.

Os personagens secundários pareceram-me interessantes, mas gostava de os ver mais desenvolvidos. A Da'ru encaixa no estereótipo do vilão, e o Edgar no do melhor amigo, mas o Silas Dane é um pouco mais complexo, nem mau nem bom, vítima das suas circunstâncias.

Gostei da heroína, Kate, que tem espinha e mostra-se bastante corajosa a partir de certa altura. Mas preferia que a primeira metade do livro não envolvesse a Kate a fugir, a Kate a ser capturada, a Kate a tentar descobrir uma maneira de fugir (ou ser salva pelo Edgar), ad nauseam. Este esquema de coisas foi repetitivo e não adicionou nada ao livro. Foi só quando a Kate aceitou as suas capacidades e destino que as coisas se tornaram mais interessantes. O fim deixou-me curiosa para ler o seguinte, mas se não o tivesse, também não teria pressa para o comprar.

Título original: Wintercraft (2010)

Páginas: 320

Editora: Civilização Editora

Tradução: Maria Peres

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Picture Puzzle #25

O Picture Puzzle é um jogo de imagens, que funciona como um meme e é postado todas as semanas à quarta-feira. Aproveito para vos convidar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria. Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica no seguinte blogue: Chaise Longue.

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal.


Puzzle #1
Pista: fiz aqui um pequeno salto de lógica, por isso gostava ver se vos parece fácil ou não antes de dar uma pista.

Divirtam-se!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Colecção Heróis Marvel #8 e #9: Hulk e Wolverine

Hulk - Tempest Fugit contém uma história em cinco partes com o mesmo título, em conjunto com três histórias sequenciais adicionais, com argumento do mesmo autor. Tenho que ser honesta - o Hulk como personagem nunca me atraiu muito. Por um lado, a vertente destrutiva e violenta do personagem estraga a meus olhos o seu potencial como herói; por outro, a ideia que as poucas coisas que li me transmitem afastam-no das suas influências duma maneira que não me agrada. Vagas e esquisitas, estas justificações, eu sei, mas estou com dificuldades em pôr em palavras o porquê de não ligar muito ao personagem.

O que não quer dizer que nas mãos do autor certo eu não goste. Gostei da sequência Tempest Fugit, com a sua sequência de sonho, a ilha, os monstros e os flashbacks para o passado do Bruce. Também gostei da arte. A história seguinte captou-me a atenção, com o Bruce Banner à procura da Betty, e teve um momento engraçado no fim. A arte, por outro lado, sofre daquela coisa que me irrita bastante - a coloração, que muda a cor do cabelo ou da roupa dum personagem de página para página.

Wolverine - Madripoor reúne 10 mini-histórias de 8 páginas do personagem na revista Marvel Comics Presents, mais as 5 primeiras histórias em nome próprio. Achei curioso ler as mini-histórias, que conseguem abarcar um arco narrativo, com mini~cliffhangers ao fim de cada 8 páginas. É mais interessante do que esperava ler o Wolverine em nome próprio, sem X-Men à mistura.

As 5 outras histórias compõem dois arcos narrativos, divididos em 3 e 2 histórias - o primeiro sobre uma espada misteriosa (gostei) e o segundo mete novos inimigos à mistura. No entanto, alguns personagens secundários, locais e temas repetem-se ao longo das 15 histórias, e há uma certa continuidade. A arte também tem aquela coloração irritante que muda de página para página, mas consegue-se notar o estilo distinto do artista.