quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Colecção Heróis Marvel #10 e #11: Justiceiro e X-Men

Justiceiro – Diário de Guerra, traz-nos outro “herói” com o qual estou pouco familiarizada, à parte aparições em revistas ou desenhos animados de outros heróis Marvel (Homem-Aranha, p.ex. – e reparei no outro dia, na milionésima vez que vi o Coyote Ugly, que o comic que o Kevin compra é o número 129 do Homem-Aranha, “a primeira aparição do Justiceiro”). Frank Castle tem um código moral particular, depois do que aconteceu com a sua família, e neste volume seguimos as primeiras aventuras de uma nova revista com o seu nome. 

A primeira história conquistou-me, pois evoca os assassinatos da família de Castle numa tira no final de cada prancha, intercalando com a história principal, que resolve uma ponta solta dos eventos. A segunda história, que evoca o passado do personagem no Vietname, também me suscitou curiosidade, pois tem acção, mistério e violência combinados num final explosivo. Já a terceira história dispensava – a minha reacção foi: “er... dinossauros? WTF?” – foi a única maneira que conseguiram divisar para juntar o Wolverine e o Justiceiro? A quarta história... bem, tem um final, mas também é claramente parte de um arco maior (que tinha vindo a ser preparado ao longo da histórias anteriores), por isso era desnecessário ter sido incluída...

Um bom volume, que cumpre a sua missão de apresentar um personagem que desconhecia quase por completo. A violência que sei que está envolvida nos métodos de Frank Castle deixa-me desconfortável, mas ao mesmo tempo descontente, já que os editores tentam evitar colocar ou mostrar o personagem numa posição de cometer um assassinato. Achei curioso que ele se apoie tanto no Microchip, um nerd da informática, para os seus casos. Gostei da arte do Jim Lee, é bem mais elaborada e completa do que já tenho visto noutros volumes da colecção cujas histórias foram publicadas na mesma época. Até a coloração é mais complexa e interessante. 

X-Men – Graduação reúne os últimos números da primeira fase dos X-Men, quando as vendas estavam em declínio e levaram ao cancelamento do título. (Ao que parece, entre 1970 e 1975 a Marvel fez reedições de números antigos dos X-Men. Engraçado pensar que alguns dos super-heróis mais visíveis da Marvel, e dos meus favoritos, tiveram uma época tão baixa na preferência do público.) No entanto, creio que as histórias não são de pior qualidade por causa disso – algumas são muito interessantes, mesmo.

Há uma coisa curiosa nas histórias presentes, que é terem arcos de história auto-contidos, mas ao mesmo tempo há ligação entre os episódios, pois um evento de um afecta directamente o desenrolar do seguinte. Gostei da história com os Sentinelas (apesar de serem os, hm, vilões mais sobre-usados de todo o sempre), pela ironia que o fim trouxe; da aparição do Solaris, pela argumentação que ele usava para os seus actos; e da história com os invasores extraterrestres, pela maneira como foram dispensados.

A arte... bem, dispensava os fatos com aquelas cores horríveis do Fera e do Anjo (este muda para umas cores mais sóbrias a meio, felizmente). Achei alguns efeitos muito curiosos, e gostei do traço.

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