terça-feira, 30 de abril de 2013

Este mês em leituras: Abril 2013

Uau... já estamos no fim do mês outra vez? Parece que foi ontem que fiz o post do mês anterior. Bem, diria que este foi um bom mês, a nível de leituras, apenas não tão abundante aqui no blogue em comparação com Março.

Opiniões no blogue


Os livros que marcaram o mês

  • Clockwork Princess, Cassandra Clare - ah, Cassandra, sempre a torturar os fãs... e nós a adorar. xD Agora a sério, fiquei bem impressionada com o modo como ela desenvolveu as coisas neste último livro da trilogia. Fez sentido, apesar de nunca ter pensado nessa hipótese. Faz-me pensar que ela tem as histórias bem planeadas, e gosto disso;
  • Matched, Ally Condie - este foi uma surpresa para mim, o quanto eu gostei dele, mas o ritmo mais calmo do enredo agradou-me muito. E esta sociedade podia facilmente ser uma evolução natural da nossa;
  • A Laranja Mecânica, Anthony Burgess - surpresa pela negativa. Sei que é um clássico, e uma história que não deixa ninguém indiferente, enfim, a mim deixou-me mais inclinada para o não gostei. Deu comigo em doida, irritou-me e frustrou-me. Ler um livro não devia ser tão difícil. (E nem sequer estou a falar do nasdescente/nadsat.) Por outro lado, se alguém tiver recomendações de livros com psicopatas como protagonistas que não são uns choninhas e não se queixam por tudo e por nada, ponham-nas na mesa, que eu agradeço;
  • With All My Soul, Rachel Vincent - o muito esperado término duma série que adoro, foi tudo o que esperava e ainda mais;
  • A Teoria do Grão de Areia, Tomo 1 e Tomo 2, François Schuiten, Benoît Peeters - não estava à espera de gostar tanto da edição e do desenho;
  • Dark Triumph, Robin LaFevers - fez-me gostar ainda mais desta série e deste mundo, e a Sybella foi uma protagonista fabulosa, se bem que o Beast não lhe fica atrás.

Outras coisas no blogue


Aquisições

Tess of the D'Urbervilles, Thomas Hardy
Dracula, Bram Stoker
O primeiro é tão pequeno, mas com uma edição tão fofa, de capa dura e fitinha para marcar o lugar, e estava tão barato (3,90€), que não pude resistir. O segundo tem uma edição espectacular, de couro e capa mole, com citações do livro gravadas na capa junto ao título e autor, e folhas de guarda com uma imagem (neste caso, uma floresta de árvores sem folhas, em tom vermelho - que cor tão adequada...). Aliás, os exemplares que vi da colecção pareceram-me todos muito giros, mas não tenho maneira de justificar comprar aquilo que seria a minha 6ª cópia do Orgulho e Preconceito. Foram umas boas compras na Bertrand do Colombo... pareceu-me que a Bertrand tem uma boa selecção de livros em inglês, e a preços mais acessíveis que a Fnac costuma ter.

Where You Are, Tammara Webber
The Bridgertons: Happily Ever After, Julia Quinn
With All My Soul, Rachel Vincent
Dark Triumph, Robin LaFevers
Poison, Bridget Zinn
Apollyon, Jennifer L. Armentrout
Clockwork Princess, Cassandra Clare
Bem, são livros que queria muito, muito, ler. O que é comprovado pelo facto que dei cabo da pilha toda. Destaque para o Clockwork Princess, acerca do qual eu fiz uma birra no post do mês passado, apenas para chegar no dia seguinte, só para me chatear. Mas enfim, depois de ler o Príncipe Mecânico, cheguei à conclusão que não tinha muita vontade de continuar à mercê do calendário esquizofrénico da editora portuguesa que publica esta autora, por isso decidi passar-me para as edições em inglês.

A Sedução Mais Escura, Gena Showalter
As Serviçais, Kathryn Stockett
O Dragão de Inverno e outras histórias, George R.R. Martin
O primeiro para continuar a colecção, vamos ver se a história do Paris merece a antecipação. Os outros dois encomendei no site da editora, ao comprar uma prenda para um amigo, com o terceiro a vir de oferta.


Bel - Amor para além da Morte, Care Santos
O Desejo, Alexandra Bullen
Os Mágicos, Lev Grossman
Encontrei no site da Wook a 2,70€ e 4,50€, mas a Chaise Longue diz-me que também estão à venda na Feira da Gare do Oriente, não sei a que preços. Tenho que investigar. (Como se precisasse de desculpas para lá ir.)

Primeira Campa à Direita, Darynda Jones
O Mundo é Fácil, Gonçalo Cadilhe
O primeiro - comecei a fazer a colecção pelo Círculo de Leitores e estou a gostar. E sim, por alguma razão estranha, os senhores responsáveis pela edição trocaram uma letra no nome da autora na lombada (isto é o que dá ter pseudónimos bizarros). Na capa está bem, pelo menos.
O segundo ando a namorar há séculos (er, desde que saiu, que são dois anos e tal), mas sempre achei muito caro. Claro que a tentação tinha de me encontrar esta semana, a 9,90€ na Fnac.

Policiais de Resolução Rápida - Mini-mistérios para resolver, Stan Smith
Grandes Mistérios Policiais - Mini-mistérios para resolver, Jim Sukach
Quebra-Cabeças sobre Matemática, Margaret Edmiston
Comix 18, 19, 20, 21
Hiper 5
Mortadelo y Filemón - La prensa cardiovascular, F. Ibañez
A Teoria do Grão de Areia - Tomo 1 e Tomo 2, François Schuiten, Benoît Peeters
Os livrinhos de mistérios que ando a coleccionar da editora Replicação, e a BD do mês.

A ler brevemente

À semelhança do mês passado, dei asas ao uso do Paint e inseri dois livros que espero que me cheguem durante o mês, e que tenciono ler. Achei piada ao ter conseguido enganar por momentos alguns leitores da outra vez, por isso repeti a coisa, a ver se vos convence. E até me dei ao trabalho de ver se conseguia encontrar na net uma foto da lombada do Under the Never Sky, lol, para a poder recriar melhor.

O Under the Never Sky, o Crossed, e o Estrada Vermelha, Estrada de Sangue são para leituras conjuntas, por isso sei que vou lê-los de certeza durante o mês. O Segunda Campa à Esquerda também gostava de ler brevemente, acabei de ler o primeiro da série e estou com aquele bichinho de continuar a ler a série.

Para além disso, os outros são hipóteses. Gostava de ler brevemente o do Gonçalo Cadilhe, porque me parece que vou lê-lo num instante. O dos quebra-cabeças também espero ler nos próximos tempos, possivelmente intercalado com outras coisas. E o A Sedução Mais Escura não gostava que ficasse para trás, por isso também é uma hipótese muito forte.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Uma imagem vale mil palavras: Homem de Ferro 3 (2013)

Gostei bastante do filme. Tendo em conta que eu raramente tenho lido algo do Homem de Ferro, e conheço o personagem apenas dos filmes e das aparições noutros comics, vai ficar na memória, para o qual contribui o uso duma história que eu li há menos de 6 meses. Não estava à espera do uso do Extremis, não me lembro se os trailers apontavam para isso, mas bem, os trailers também apontam para um vilão que se revela uma coisa diferente do esperado.

Acho interessante que o Tony passe uma boa parte do filme sem o fato, e sem depender do fato. Tem algo a ver com a catarse que o personagem está a fazer na direcção de não depender dos fatos, e de não ficar fechado na oficina a criar mais fatos (42? a sério) quando tem toda uma vida à espera dele (a Pepper, seu idiota! suponho que ela agradece a preocupação, é adorável, mas ignorar uma mulher em favor das engenhocas só te vai trazer problemas). Mostra que o personagem tem mais capacidades para além de brincar com o fato, e lembra-nos que este é um tipo engenhoso e genial, apesar de palerma. O Tony é o Homem de Ferro, mas não precisa do fato para ser capaz de enfrentar os vilões - grande parte das coisas que ele faz no filme contra os mesmos deriva das suas capacidades humanas e não mecânicas.

Apreciei a parte em que o Tony está a lidar com PTSD, depois dos acontecimentos no filme dos Vingadores. Suponho que não estava à espera que fizessem uma continuidade entre ambos os filmes tão clara, mas faz muito sentido, e torna o personagem mais sóbrio, permitindo-lhe crescer. Adorei as cenas dele com o miúdo no Tennessee, o Harley, tão divertidas, mesmo quando o miúdo estava a provocá-lo e a desencadear-lhe uma crise de pânico, ou quando o Tony estava a armar-se em pirralho e prima dona com um miúdo de 8 anos.

Agora o twist com o Mandarim... priceless. Suponho que o facto de não ter lido grande coisa dos comics e não conhecer o personagem me dá uma vantagem para ver a piada da situação, mas achei a revelação surpreendente e hilariante, e adorei o sotaque e postura do Ben Kingsley. E toda a situação, em retrospectiva, traz a questão do terrorismo para o interior dos EUA, em vez de vir de fora. Curiosamente, com todo o foco na guerra e no terrorismo que os filmes do Homem de Ferro têm tido, há sempre uma traição vinda de dentro (pelo que eu me lembro da história dos filmes, atenção), subvertendo a imagem do terrorista que hoje em dia quase se tornou cliché.

O Guy Pierce como Aldrich Killian (oh que nome tão bizarro, de todas as coisas que eles foram buscar ao comic do Extremis, tinham de trazer também o nome do colega da Maya Hansen? tendo em conta que o Aldrich original não tem um papel muito grande na BD)... gostei das cenas em 1999, ele tinha um ar mesmo passado, e acentua a transformação para cientista charmoso e afável, uma boa maneira de nos distrair do que ele é capaz.

Quanto ao clímax... o uso de todos aqueles fatos era esperado, até os posteres do filme apontavam para isso, mas impressiona-me a capacidade tecnológica que deve ser precisa para os controlar daquela maneira. A cena tem a sua medida de acção, mas o que se destaca é outra vez a ideia que é transmitida, o de que o Tony não precisa do fato para ser um herói, e que em última análise, o posto de Homem de Ferro pode ocupado por outra pessoa. (Se o Robert Downey Jr. não tiver interesse ou contrato para fazer mais filmes, nem precisam dum reboot à Homem-Aranha, poderiam apenas ter outra pessoa, outro personagem não chamado Tony Stark a ocupar o posto.)

Acho que apressaram foi o final, mostrando todas as coisas que o Tony resolveu na sua vida. Gostei de ver a Pepper em versão badass, e achei que resolver a situação desta com um comentário do Tony a dizer que inverteu o estado dela foi facilitista. Até podiam ter a Pepper a distribuir porrada nos Vingadores 2! (E sim, eu sei que estou a delirar... e duvido que a Gwyneth Paltrow entrasse nos Vingadores 2, mas era bom ver mais raparigas na equipa, a testosterona vai dar cabo daqueles meninos. xD)

domingo, 28 de abril de 2013

Primeira Campa à Direita, Darynda Jones


Opinião: Fiquei bastante animada com este livro e com esta edição. A ideia de poder ler os livros (quase) todos da série num curto espaço de tempo é muito animadora, tendo em conta que em Portugal às vezes as editoras deixam os leitores mais dum ano, quiçá mesmo dois, à espera da continuação duma série. Para além disso, a edição é boa, em capa dura, e com um tamanho singular.

A história foca-se foca-se em Charley Davidson, detective privada e ceifeira negra (=grim reaper), capaz de ver aqueles que morreram e ficaram na Terra, e de os encaminhar para a luz. Gostei da Charley como protagonista. As dificuldades que teve durante a vida com a sua capacidade deram-lhe uma saudável falta de paciência para ligar ao que os outros pensam, e por isso o seu comportamento é muito divertido e refrescante. As coisas que lhe saem da boca são de partir o coco a rir. Por outro lado, é atrevida, corajosa, e aguenta-se bem num mundo de homens sem precisar de abafar a sua feminilidade. Adorei as suas trocas com o Garrett, e espero ver mais faíscas ao longo dos livros.

O worldbuilding desta fantasia urbana pareceu-me interessante, não totalmente original (a Charley é assim como que uma Melinda de Ghost Whisperer, mas menos doce e mais sarcástica), mas com alguns toques que destacam a história. Achei a Charley um pouco tapada por não ter percebido logo que duas certas entidades eram a mesma, tendo em conta que me pareceu óbvio desde o início. Mas de resto, fiquei curiosa por conhecer melhor este mundo. O Reyes intrigou-me, e deixou-me curiosa em relação ao seu papel nos livros.

Foi uma leitura compulsiva, cujo enredo se foca num mistério policial em que a Charley tropeça ao conhecer os, er, fantasmas de três advogados que acabaram de morrer, o que a leva em última análise a descobrir uma operação de tráfico humano. Gostava de perceber melhor como é que funciona a colaboração da Charley com a polícia, porque ela parece ter bastante liberdade de movimentos dentro do sistema, mas apesar da posição do tio como detective, os outros polícias olham-na de lado por não compreenderem o que ela é capaz de fazer.

Achei curioso o facto de a autora contar em flashbacks partes significativas de história da Charley, e ao mesmo tempo um pouco torturante, porque ela foi revelando aos poucos esses momentos, mas fazia menções misteriosas aos mesmos anteriormente... o que só me fazia virar as páginas mais depressa. (Já agora uma tangente - o momento em que ela tinha 5 anos deixou-me perplexa... bem sei que era uma situação séria, mas achei ridículo ela ter um enxame de adultos aos berros com ela - pondo a capacidade dela de parte, uma criança de 5 anos não tem consciência que um comentário daqueles pode ser cruel na situação em questão - portanto, que sentido teve aquele espectáculo? E o comportamento da madrasta e do pai foi execrável, nada justificava a reacção da madrasta, e o pai, em vez de apoiar a filha de 5 anos, vai mas é cuidar da esposa, uma mulher adulta. Quase que fiquei com a ideia que a situação ficou mal contada, e de qualquer modo gostava de ver a Charley e o pai a falar do assunto e a fazer as pazes, porque claramente não ficou resolvido.)

Bem, em suma, diria que foi uma boa aposta assinar a colecção, porque me parece que vou gostar bastante dos livros, especialmente graças à Charley, à sua personalidade e à sua voz sarcástica.

Título original: First Grave on the Right (2011)

Páginas: 272

Editora: Círculo de Leitores

Tradução: Graça Margarido

sábado, 27 de abril de 2013

Where You Are, Tammara Webber


Opinião: Depois do final feliz-mas-em-suspenso que a autora nos deu no livro anterior, a Emma e o Graham começam uma relação à distância (ele em Nova Iorque e ela em Sacramento, na California), com a esperança de poderem ficar mais próximos quando a Emma começar a frequentar a universidade em Nova Iorque. Entretanto, a Brooke recruta o Reid para, em conjunto, separarem o Graham e a Emma e ficarem respectivamente com os objectos do seu afecto.

Parece um enredo de telenovela, não é? E é, basicamente, só que a Tammara Webber consegue fazê-lo resultar na história. Quero dizer, passei grande parte de livro louca de fúria e com vontade de que algo de mau acontecesse à Brooke ou ao Reid (ou aos dois, de preferência), por se atreverem a meter no meio do meu casalinho favorito, mas nunca pensei em desistir, porque estava demasiado embrenhada na história para isso acontecer.

Gostei imenso de ler os POVs da Emma e do Graham, por descreverem um casal recém-formado, em êxtase e superapaixonado, sempre a pensar no outro e a contar as horas por se verem outra vez (nem que seja a conversar no Skype). Os POVs do Graham foram especialmente interessantes, porque mostraram finalmente o que ele pensava da Emma e como é que se apaixonou por ela - e tenho a dizer, este rapaz é intenso.

Os outros POVs do livro centraram-se nos co-conspiradores, o Reid e a Brooke. Tivemos oportunidade de perceber melhor porque é que estes dois são tão desvairados, e como é que a história deles terminou. Se bem que não tenho muita vontade de ter pena deles, porque ambos entram em comportamentos auto-destrutivos e quando estão juntos ainda é pior. E nenhuma história de vida triste justifica as maldades que fizeram durante o livro.

Detestei os esquemas deles para separar a Emma e o Graham, porque eram coisas tão parvas e desesperadas, e tão elaboradas que só podiam correr mal. O esquema final então, não sei como é que a Brooke achou que ia funcionar. O Graham não é estúpido e já estava a perceber o que se estava a passar; e a Emma não é menina para cair nos braços do Reid tão facilmente, apesar de estar tão frágil; portanto, mesmo que o Reid não tivesse tido o seu arrependimento no final, duvido que as coisas tivessem terminado de maneira diferente.

O próximo livro parece que se foca no Reid e numa nova personagem. Tenho e não tenho, ao mesmo tempo, vontade de o ler. Gosto desta autora, mas o Reid fez tanta asneira que eu não sei como é que pode ser redimido, ou se o merece. E pelo excerto que vinha no fim deste livro, a personagem feminina do terceiro livro parece ser tão "Miss Goody Two Shoes", como os americanos dizem... tão "vamos tornar o mundo melhor", e ao mesmo tempo tão crítica dos outros, sem os tentar compreender ou lhes dar uma oportunidade. Sei que o livro deve dar um passo na direcção de tornar ambos melhores pessoas, mas nunca vi duas personagens que começam um livro sendo tão irritantes.

Páginas: 352

Editora: Penguin

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Dark Triumph, Robin LaFevers


Opinião: Tenho de confessar, antes de ler este livro fiz assim uma releitura muito rápida e na diagonal do livro anterior, Grave Mercy, a rever diálogos e ordem de acontecimentos e intrigas e contra-intrigas, porque se há autora que crie um enredo tão complexo, é esta. E ainda bem que o fiz, porque as duas histórias se entrelaçam e porque me relembrou porque é que eu adorei o Grave Mercy - e apesar das expectativas estarem altas e de eu ter adorado a Ismae e a sua história, adorei igualmente a Sybella. Por razões diferentes e por ser uma história diferente, mas igualmente boa.

O livro começa durante o momento que serve como clímax do Grave Mercy, mostrando a intervenção da Sybella no mesmo; mas rapidamente nos faz mergulhar na vida e na realidade da Sybella, uma muito diferente da Ismae: familiar do homem mais temido, perigoso e cruel da Bretanha, o Conde d'Albret. No livro anterior já tínhamos visto que ele era mau, mas bolas, este homem dá todo um novo significado à palavra ruindade.

A vida da Sybella é quase difícil (e dolorosa) de descrever, porque durante toda a sua vida ela teve de suportar a maldade inerente na família, sem se poder defender, apenas manter-se passiva, para evitar ser a próxima vítima. O que quase a levou à loucura, e a deixou no estado em que vislumbramos brevemente no início do Grave Mercy, quando a Ismae, também acabada de chegar ao convento de St. Mortain, a conhece.

A extensão do que ela passou às mãos da família é revelada pouco a pouco, ao longo do livro, e cada novo pedaço da história dela permite conhecê-la melhor e a escuridão que carrega, mas também apreciar o seu espírito, porque ninguém sobrevive ao que ela sobreviveu se não tiver uma força interior giganteca. Era claro, pelas aparições da personagem no livro anterior, que carregava uma história terrível, mas uau, que história. Fez-me adorar a Sybella, por abraçar a escuridão em si e manter-se sã apesar das adversidades.

E a história dela com o Beast! Tão fofos. Desde o primeiro momento em que se cruzaram que o Beast tenta cuidar dela, ainda que inconscientemente, porque é isso que faz dele a pessoa que é. Apesar de adorar lutar, o primeiro instinto dele é ajudar as pessoas, tanto que durante a fuga deles fazem uns quantos desvios para ajudar camponeses que estão a ser atacados por soldados. E isto quando estava a recuperar de meia-dúzia de feridas potencialmente fatais e da febre resultante das mesmas.

E por mais que a Sybella lhe atirasse as coisas horríveis que (supostamente) fez ou que a família dela tinha feito, ele conseguia ver para além do artifício dela, de ela o estar a tentar afastar e apercebia-se do que estava por trás do que ela não dizia. Tão inteligente, e sinceramente, tão raro de ver num romance. Geralmente os livros vão pelo caminho do casal ter um Grande Desentendimento e passarem metade do livro zangados e sem se falar, quando podiam resolver as coisas em 5 minutos se se tentassem compreender um ao outro e se de facto FALASSEM um com o outro. E eu fico com vontade de bater com a cabeça nas paredes, porque os personagens estão a ser obtusos e frustrantes.

Aqui não, felizmente. Algo que eu estou a apreciar nesta autora é não cair (muito) nos clichés dos romances, dando-nos um casal pelo qual vale a pena torcer, e que é compatível duma forma singular. E melhor, o romance não domina a história, não é a razão para esta acontecer, é a história que junta os personagens e os aproxima através das circunstâncias.

E apesar de esta ser uma história mais focada nos personagens, a intriga política que me agradou no primeiro livro continua presente. A Bretanha está cercada por vários inimigos, e entre franceses e o Conde d'Albret venha o Diabo e escolha. A duquesa Anne e os seus conselheiros tentam encontrar uma solução para manter o país independente, mas infelizmente parece que as probabilidades estão contra eles. Uma coisa que gosto de ler é os momentos com a Anne, que é uma rapariga de apenas 13 anos mas tão, tão inteligente, consciente do seu papel e capaz de gerar lealdade nos que a rodeiam.

Gostei de ver por um bocadinho a Ismae e o Duval, o casal do livro anterior. A primeira cena que têm neste livro é tão típica deles, e do que acontecia no Grave Mercy - estão discutir se a Ismae pode ou não matar um dos conselheiros, que lhes suscita dúvidas. Que rapariga tão pronta a executar o seu dever, e o Duval, coitado, a recolher os corpos atrás dela. Acho a ligação entre as três raparigas, Ismae, Sybella e Annith, muito interessante, e creio que entre as três ainda vão provocar uma grande mudança no estado das coisas.

Outro aspecto do enredo que me intriga é a mitologia. Neste livro é sugerido que o convento e a abadessa de St. Mortain parecem controlar as handmaidens (as assassinas) a seu bel-prazer - o que estas fazem não tem necessariamente a ver com a vontade do deus que veneram, Mortain. Além disso, as handmaidens são deliberadamente mantidas no escuro acerca de muitos aspectos da veneração a Mortain e acerca do que podem realmente fazer, sendo filhas da própria Morte.

Sinto que a abadessa tem uma intenção oculta que não seja necessariamente cumprir a vontade do seu deus, que tem algum grande enredo que se está a desenrolar nos bastidores e que veremos no terceiro livro. Talvez algo motivado ou relacionado com o seu ódio à Sybella? A abadessa estava preparada para a enviar para a morte, o que não faz sentido. Não sei, entretanto com o que o terceiro livro promete, imagino que vá haver uma grande mudança entre as handmaidens, as freiras de St. Mortain e o convento.

Para além disso, imagino que o terceiro livro comece um pouco antes deste terminar, com a fuga prometida da Annith. Imagino que isso cause uma grande comoção no convento, mas para além disso não consigo vislumbrar o que poderá acontecer. A Annith nunca saiu do convento, e sei que a Sybella acha que a Annith não se aguentava no mundo exterior, mas acho que esta nos vai surpreender. Tem uma personalidade luminosa, mas também é adepta de ouvir às portas e ler cartas que não são para ela, por isso talvez tenha um papel mais de espia do que de assassina... outra coisa que me deixa curiosa é que era fácil prever qual era o par da Sybella, mas aqui não há pista sobre se a Annith vai ter par. Aliás, sabemos muito pouco dela, e é difícil prever algo acerca dela, ao contrário da Sybella.

O final foi singular, porque deixa os personagens numa situação semi-irresolvida. Não necessariamente um cliffhanger, porque eu sei que eles estão bem (ou vão ficar). Mas acaba a meio duma acção e gostava de ver os resultados dessa acção. A não ser que tenha directamente a ver com a história da Annith e do terceiro livro, não sei se faz muito sentido terminar assim. Quero dizer, até é adequado às personalidades da Sybella e do Beast, mas não precisavam de me deixar de coração nas mãos.

Páginas: 400

Editora: Houghton Mifflin Harcourt

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Picture Puzzle #48

O Picture Puzzle é um jogo de imagens, que funciona como um meme e é postado todas as semanas à quarta-feira. Aproveito para vos convidar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria. Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica nos seguintes blogues: [a actualizar].

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal.

Puzzle #1
Pista: título distópico publicado em português.

Puzzle #2
Pista: clássico literário publicado em português.

Divirtam-se!

terça-feira, 23 de abril de 2013

The Bridgertons: Happily Ever After, Julia Quinn


Opinião: Bem, que livro adorável. Apesar da Julia Quinn já incluir epílogos nos seus livros que ocorrem após o final feliz (e nós leitores adoramos ver o que acontece após o final feliz), gosto bastante destes segundos epílogos por várias razões. Primeiro, porque mantêm o tom e a voz narrativa dos livros, sempre cheia de sentido de humor.

Depois, porque são muito como um qualquer livro dos Bridgertons, em que além do casal principal, outros personagens fazem uma aparição e enriquecem a história. E por fim, porque vemos muitos dos Bridgertons numa fase mais avançada da sua vida, com os seus trinta e muitos, quarenta, quase cinquenta. Com responsabilidades e outra visão da vida, mas ainda capazes de se pôr a discutir com os irmãos ou a exasperar-se com o esposo ou esposa.

Creio que a única coisa que me fez falta foi a inclusão da árvore genealógica actualizada (esta editora até costumava incluir a árvore nos livros iniciais da série, mas entretanto parou com isso, não sei porquê), porque a menção de tantos sobrinhos e filhos e netos e sei lá mais quem pôs-me a correr para o computador de 5 em 5 minutos para ver quem era quem.

The Duke and I: The 2nd Epilogue
Bolas, o que eu me ri com a Daphne, e a... situação em que ela se encontra. A contar dias no calendário, e a adormecer na sala de estar à frente do Colin e da Penelope. E por falar neles... que adoráveis, tão preocupados com o filho mais novo. Tão apropriado que os filhos deles sejam tão precoces a ler. É intrigante ver alguns dos personagens já com mais 10 ou 20 anos em cima do que a última vez que os vimos, com filhos e tudo. (Especialmente porque a Daphne, ao contrário da mãe, foi bastante explícita quando explicou às filhas o que acontece entre marido e mulher.)

The Viscount Who Loved Me: The 2nd Epilogue
Ahhh... quase que me tinha esquecido o quão competitivos a Kate e o Anthony são. A extensão do que eles estão preparados para fazer para assegurar a posse do The Mallet of Death... ui. Adoro que ano após ano, se tenham esforçado para se juntarem para um jogo de Pall Mall, em honra ao jogo original em The Viscount Who Loved Me. E o Colin e a Penny aparecem outra vez - o Colin para fazer uma surpresa e uma partida à Kate e ao Anthony, e confirmando o seu estatuto de penetra e curioso oficial da família, que aparece em (quase) todas as histórias.

An Offer from a Gentleman: The 2nd Epilogue
Pronto, vá, aqui o Colin não aparece. Gosto tanto da Lady Bridgerton por ter acolhido a Posy após os acontecimentos em An Offer from a Gentleman. É isto que faz dos Bridgertons, os Bridgertons: além da irreverência, a generosidade. Temos alguns momentos muito giros em que a Sophie se atreve a fazer de Cupido para a Posy, e os resultados são hilariantemente imprevisíveis (ou não). Também achei tão engraçada a conversa que a Sophie e a Posy têm acerca do nome da última filha da Posy. E sou só eu que achei que a Julia Quinn praticamente promete contar-nos a história da filha da Posy? Sim, sim, sim, por favor!

Romancing Mr. Bridgerton: The 2nd Epilogue
Penny! Colin! Tão bom vê-los como recém-casados. A história passa-se na altura do casamento da Eloise e do Sir Phillip, e a Penelope e o Colin discutem se devem revelar à Eloise a identidade da Lady Whistledown, coisa que fora revelada no livro deles. Tenho de dizer, esta é uma das melhores histórias, só porque mostra os Bridgertons no seu melhor, a trocar piadas, esgrimir palavras e fazer partidas uns aos outros (não é por acaso que a Eloise, o Colin e a Hyacinth estão presentes na história). O modo como a Eloise descobriu a identidade da Lady Whistledown, e o modo como reagiu são tão, tão divertidos.

To Sir Phillip, With Love: The 2nd Epilogue
Esta é uma história singular, porque é narrada na 1ª pessoa e porque essa narradora é a Amanda, filha do Phillip, com os seus 19 anos. A própria Julia Quinn admite que queria experimentar escrever na 1ª pessoa, e vê-se que não é habitual nela. Parece não haver muita fluidez na narrativa, e a opção de escolher uma personagem cujo ponto de vista ainda não conhecíamos é arriscada... gostava de ver mais coisas sob o ponto de vista da Amanda. Mas gosto da sua perspectiva sobre a família, a Eloise, o Phillip (ele e a filha têm um momento giro), o Oliver, e sobre aquilo que a rodeia. Parece uma rapariga inteligente e com pouca paciência para palermices, e por isso gostava de a ver noutra história, a explorar os seus horizontes.

When He Was Wicked: The 2nd Epilogue
Julia, porquê? Porque é que tens de torturar a minha querida Francesca e o meu querido Michael? Já não bastou os anos que passaram a sofrer em When He Was Wicked? Tinham de sofrer mais um bocadinho? No entanto, é uma história com uma perspectiva da maternidade e da família muito interessante, e deu-me vontade de dar um abraço apertado à Frannie. Gostava era que a autora se decidisse em que ano a história se passa. Pela árvore de família e a maioria das referências a idades e datas, é em 1828 (e calculo que seja a data correcta); mas depois ela sai-se com um par de referências que fazem pensar que estamos em 1830.

It's in His Kiss: The 2nd Epilogue
Bem, e aqui descobrimos que a Violet deve ter poderes místicos, porque quando desejou que a Hyacinth tivesse uma filha como ela... isso realizou-se. A Isabella é tão esperta, franca, e tortuosa quanto a Hyacinth era. O epílogo do It's in His Kiss é algo tortuoso em si, porque a Hyacinth nunca chega a descobrir as jóias, especialmente graças a uma intervenção da filha... por isso este segundo epílogo é animador, tendo em conta que ata as pontas soltas relativas a essa situação - e o modo como se resolve é bem engraçado.

On the Way to the Wedding: The 2nd Epilogue
A Julia Quinn é capaz de me ter matado aqui de susto, porque pensei que ia acontecer uma coisa mesmo má... o segundo epílogo continua mesmo logo a seguir ao primeiro (o incluído no livro), durante o último parto da Lucy... acho tanta piada que o Gregory e a Lucy sejam os Bridgertons mais férteis e tenham ultrapassado a Violet em número de filhos. Gostei de ver como deram os nomes às duas benjamins da família, e de conhecer a filha mais velha, a Katharine, porque me pareceu uma miúda mesmo fofinha. Mas a sério, não era preciso assustar-me daquela maneira.

Violet in Bloom
Segundo a Julia, não vê a Violet a voltar a casar, porque não conseguiria criar um herói suficientemente bom para ela; mas quis explorar a personagem, e daí esta novela. Eu diria que podia escrever um livro, mesmo que o Edmund tivesse de sair de cena a meio, porque o que vi aqui promete. É certo que não seria um romance tradicional, mas podia ser uma espécie de ode à maternidade, porque a Violet é um furacão de força e carinho pelos filhos, e seria tão giro poder ler uma história que fosse quase como uma biografia dela - desde novinha, até ao casamento, passando pelos momentos em que os filhos crescem e pelos momentos em que ela se desdobra em esforços para casar os filhos, até à velhice, em que aprecia os netos e bisnetos.

É o que faz esta novela, mas o livro fá-lo-ia de modo mais completo. Gostei muito de ver que a Violet já tinha conhecido o Edmund em menina, de a ver (re)conhecer o Edmund num baile, de ver o momento em que o Edmund morre picado por uma abelha (os choques anafiláticos não são brincadeira) - especialmente do momento após o parto da Hyacinth, em que as filhas se juntam em torno dela. A cena seguinte, em que ela dança com um cavalheiro não-identificado no baile de máscaras em que o Benedict e a Sophie se conhecem (yay para cenas que referenciam outros livros!), e os filhos ficam a discutir o facto de ela estar a dançar (nunca o faz), e a interrogam sobre o cavalheiro, e ficam a pensar se aceitariam ver a mãe voltar a casar... tão divertida e fofinha.

Páginas: 384

Editora: Piatkus Books (Little, Brown Book Group)

domingo, 21 de abril de 2013

Apollyon, Jennifer L. Armentrout


Opinião: Este foi um livro de ligação, se posso chamar-lhe assim, porque claramente prepara as coisas para o livro final, mas nem por isso deixou de ser um livro fantástico, cheio de acção e de momentos que nos deixam a roer as unhas, com uma dose de romance e humor.

Depois de Deity e Elixir, a Alex debate-se com o que é ser Apollyon e com a sua ligação ao Seth. As cenas em que está consumida pela ligação são tão estranhas de ver, porque a personalidade dela muda e diz coisas completamente assustadoras aos que a rodeiam. Felizmente, consegue combater a influência da ligação e voltar a ser ela própria, com uma boa dose de ajuda do Aiden.

Ah... a Alex e o Aiden. Continuo com um bocadinho de receio de torcer por eles, porque meti na cabeça que a Jennifer ainda me há partir o coração com eles. Mas espero mesmo, mesmo que não o faça. Os dois estavam tão adoráveis um com outro, e a apoiarem-se mutuamente, que me derreti com eles. É refrescante ver dois personagens com uma relação tão madura. Ainda hão de ter de enfrentar muita coisa, mas quero mesmo ver um final feliz aqui. (Se for aquele que a Alex visualizou não me importava nada.)

Entretanto, o mundo dos Hematoi está em guerra, e a começar a transbordar para o mundo mortal. Os deuses gregos envolveram-se, e a destruição é brutal. A Alex e o pequeno grupo que a rodeia procuram uma maneira de travar Seth e Lucian, mas a questão do misterioso deus grego que os está a ajudar mantém-se. Quem pode parar um deus grego?

Achei a identidade do deus que está a encorajar o Seth e o Lucian um pouco óbvia. A certa altura comentam no livro que o Hermes seria um culpado demasiado óbvio, porque é o ensarilhado dos deuses, mas eu diria que a seguir ao Hermes, este deus é o segundo culpado favorito. Portanto, não fiquei impressionada com ele; mas com a maneira como é retratado, sim. Aquilo que ele faz à Alex no final... que assutador. A cena até me deixou meio enjoada. Estou com vontade de ver a Alex ter uma vingançazinha.

O Seth está maioritariamente desaparecido, ou pelo menos não fisicamente presente, mas continua a testar a ligação com a Alex. Suspeito que haverá uma mudança no início do próximo livro nesta frente... algo me faz pensar que a ligação se quebrou ou que o Seth pode finalmente deixar de se enganar e revoltar-se contra o deus que o estava a ajudar, graças à tal cena que mencionei no parágrafo anterior. Espero que sim. A personagem do Seth tem tido os seus momentos, mas gostava de o ver evoluir.

Ai, só falta um livro para o fim da série. Este ano tem sido mesmo mauzinho comigo, todas as séries que tenho adorado seguir e mais algumas estão a acabar. Espero que seja um livro fabuloso, e um fim muito adequado à história destes personagens.

(E já agora, divirto-me tanto com as menções a coisas da cultura popular que a autora faz. Achei particularmente piada a um par de menções à série Sobrenatural, porque ando a ver episódios da série no momento.)

Páginas: 360

Editora: Spencer Hill Press

sábado, 20 de abril de 2013

With All My Soul, Rachel Vincent



My thoughts: How bittersweet to be writing about the last book in this series. It's sad to say goodbye to the characters and the world, but also happy to see them end in a good place. I'll miss Kaylee and her family and friends. But I became a fan of the author, so I know I'll be able to find what I liked most about these books in her other books. The writing. The ability to make emotions and relationships so complicated and so real. The high stakes. The mythology. The family and friendship bonds. The consequences of one's actions. The love triangle that is actually a love triangle and yet doesn't make me so furious I want to kill every party involved or myself. There was never a dull moment, and the books have been consistently good throughout the whole series, so this is a paranormal series I'd unconditionally recommend.

This time around, the threat posed by Avari (and Invidia and Belphegore) reaches its peak, with Avari hell-bent on acquiring Kaylee's soul to torment and torture for eternity. Kaylee knows her family and friends will never have peace with Avari looming over their lives; but would delivering her soul help achieve it? What an impossible lose-lose situation. I have to say, I had no idea how things with Avari could be solved. The hellions are way too strong and determined to be ridden of easily. Kaylee's original plan was good, but things changed too fast for it to work out.

Luckily, there was a new player in town, a hellion of wrath, Ira. I really enjoyed this character. As a hellion, he was evil and tricky as they come, but he seemed nuanced. (As in, less obsessed to own Kaylee's soul.) Quite an interesting character, and I kind of wish he was introduced sooner. He raised some questions that made Kaylee think about anger and righteousness, justice and vengeance, and ultimately may have led to her final decision.

I enjoyed to have closure on several loose threads from earlier books (though a couple were untouched... saved for a novella, maybe? *crosses fingers*), and my favorite was the one with the Hudson brothers. I really needed to see that happen, and I'm glad it did. Nash needed to let go of his anger (I actually thought he would be a prime candidate to make a deal with Ira) and to grow up a little, and Tod needed to have his brother back. I love to watch/read about sibling relationships, especially ones depicted like theirs, so complex and never easy.

And Kaylee... wow, how she grew up to be this secure, mature, brave young woman. She still did mistakes, and took risks without telling anyone, but I understand why she thought she had to. She had to deal with a lot of responsability, and she dealt with it so well. I imagined that she may have to go down that path she took in the end, but she was very clever about the way she did it. Well done, Kaylee.

And about the ending... it was short, and I wanted to know MORE (I always want to know more), but I liked it. It managed to show what life for Kaylee and Tod will be from now on, with their immortality and eternal youth. I'm glad they have each other. (And I adore their little moments together... I'll miss seeing them together. And I'll miss the awesome - both the funny and the beautiful - things Tod says.) They love and complement each other, they never lose themselves in the relationship, and they will keep each other grounded, for as long as they have.

Now that I think about it, how awesome it would be to have a futuristic UF with Kaylee and Tod solving paranormal crimes? Just me? Okay... But I like to wonder what their lives will be, what Earth will be in a 100 or maybe a 1000 years, if they are still around (hopefully they will... Tod was such a fanboy around Libby that I want him to get to be that old).

Pages: 384

Publisher: Mira Ink

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mini-opiniões: Mini-mistérios, e BD (parte II)

Adquirido com o outro livrinho da Colecção Mini-mistérios, fez-me chegar à conclusão que gosto mais dos livros do autor do outro livro que dos livros do autor deste livro. (Isto fez sentido?) É que os outros mistérios são bem elaborados, complexos, dão todas as pistas no texto e fazem sentido.

Aqui, o texto é mais curto, o mistério é admitidamente mais simples, mas... grande parte das vezes não faz sentido nenhum. Muitos dos mistérios neste livro pedem que façamos deduções acerca do que se passa fora do texto, e isso é simplesmente adivinhar. Fazer deduções porque "o personagem X costuma ser cuidadoso" quando eu não conheço o personagem X de lado nenhum... não obrigado.

Li grande parte das soluções sem tentar adivinhar porque simplesmente o modo como os mistérios estão construídos não faz grande sentido - os ladrões e assassinos usam métodos demasiado rebuscados para cometer o crime. E terem as soluções fora de ordem é palerma. Mesmo que seja para evitar que o leitor faça batota, arriscam-se é que o leitor leia a solução errada e estrague a solução dum mistério mais à frente.

Título original: Great Quicksolve Whodunit Puzzles (1999)

Páginas: 96

Editora: Replicação

Tradução: Maria Helena Proença

A Teoria do Grão de Areia - Tomo 1 e Tomo 2, François Schuiten, Benoît Peeters
Que edição impressionante, tanto pelas suas peculiaridades como pela qualidade do trabalho. Ambos os volumes estão editados na horizontal, por ser essa a orientação do desenho, mas trazem uma capa protectora que permite que sejam guardados na vertical. (Curiosamente, nas minhas estantes até me daria mais jeito guardá-los na horizontal, duvido que tenha estantes altas o suficiente para os guardar na vertical.)

Gostei imenso do trabalho de cor dos livros. Com um fundo de um creme acastanhado claro (honestamente, não faço ideia que cor é, exactamente, mas imagino que estivessem a apontar para uma cor a lembrar areia), um trabalho de desenho a preto e branco-que-não-é-branco-mas-cor-de-areia, mais uns toques ocasionais de branco-que-é-realmente-branco para destacar certos elementos da história... pode parecer uma opção curiosa, mas resultou muito bem e cativou-me visualmente.

O traço do desenhador é fabuloso, e é fantástico observar o trabalho dele num jogo de sombras numa página, e na página seguinte ter uma estação de comboios absolutamente luminosa e cheia de cabos. Lembro-me também de um momento ou dois em que ele sugere uma imagem apenas com trabalho de traços, uma vez com um espelho e outra para mostrar um momento com pouca luz. (Uau!) Fiquei com a sensação, ao ler as biografias, que o desenhador tem um background em Arquitectura, e nota-se no desenho desta cidade e dos seus edifícios.

A história é simples mas intrigante, com um toque de fantástico, em que misteriosos fenómenos acontecem pela cidade, deixando os seus habitantes perplexos e a braços com areia e pedras que se multiplicam sem razão discernível. Parece que estes livros fazem parte de uma colecção escrita e desenhada pelos autores, mas achei que estes dois volumes funcionam muito bem como uma história stand-alone.

Título original: La Théorie du Grain de Sable (2007 e 2008)

Páginas: 112 e 120

Editora: Asa

Tradução: Paula Caetano

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Picture Puzzle #47

O Picture Puzzle é um jogo de imagens, que funciona como um meme e é postado todas as semanas à quarta-feira. Aproveito para vos convidar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria. Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica nos seguintes blogues: [a actualizar].

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal.

Puzzle #1
Pista: título de horror publicado em português.

Puzzle #2
Pista: título histórico publicada em português.

Divirtam-se!