quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Este mês em leituras: Outubro 2013

Mês *muito* calmo no mês, com a mudança de estação e do tempo que faz, combinados com a minha disponibilidade reduzida... dá nisto. Bem, poucos mas bons. Tive boas surpresas este mês. Venha o próximo.

Opiniões no blogue


Os livros que marcaram o mês

  • Across the Star-Swept Sea, Diana Peterfreund - adorei o primeiro livro da série e este ainda me fez gostar mais do mundo, da autora e dos personagens;
  • Endless, Jessica Shirvington - estava com alguma expectativa para este volume, e oh que doce tortura... muito bom, mas deixou-me o coração nas mãos;
  • Pretty Guardian Sailor Moon - Volumes 1-6, Naoko Takeuchi - tem sido tão divertido revisitar uma história e um mundo que eu adorava quando era miúda.

Outras coisas no blogue


Aquisições

Novíssimas Crónicas da Boca do Inferno, Ricardo Araújo Pereira
Iluminada, P.C. Cast
Este último ganho num passatempo, *finalmente* chegou-me, três meses depois. Não tenho tido lá muito boas experiências com ganhar passatempos organizados directamente por esta editora, da outra vez que tal me aconteceu o livro demorou dois meses a chegar.

Quinta Campa Além da Luz, Darynda Jones
Keeping Her, Cora Carmack
Finding It, Cora Carmack
Três livros cujas autoras me deixam sempre de bom humor, é espantoso como o conseguem fazer. A Cora Carmack, então, é adorável.

Endless, Jessica Shirvington
The Falconer, Elizabeth May
Kinslayer, Jay Kristoff
Behind the Scenes at Downton Abbey, Emma Rowley, Gareth Neame
Alguns livrinhos em inglês que tinha algumas expectativas para ler... o segundo não correu muito bem, mas o primeiro compensou, oh se compensou.


Pretty Guardian Sailor Moon Volumes 1-6, Naoko Takeuchi
Neon Genesis Evangelion 3-in-1 edition: Volumes 1-3, Yoshiyuki Sadamoto
Convenhamos, bateu-me forte uma onda revivalista, e deu-me para matar saudades de dois animes que acompanhei quando era mais nova, via sua versão manga. Está a ser interessante.

The League of Extraordinary Gentlemen Omnibus, Alan Moore, Kevin O'Neill
The Valley of Fear, Arthur Conan Doyle, Ian Edginton, I.N.J. Culbard
Ultimate Comics X-Men - Volume 1, Nick Spencer, Paco Medina
Liga da Justiça: Crise de Identidade 1, Brad Meltzer, Rags Morales
Liga da Justiça: Crise de Identidade 2, Brad Meltzer, Rags Morales, Geoff Johns, Howard Porter
Super-Homem e Batman: Os Melhores do Mundo, Dave Gibbons, Steve Rude
Batwoman: Elegia, Greg Rucka, J.H. Williams III
Astérix e os Godos, René Goscinny, Albert Uderzo
E este foi basicamente o mês da BD. Como podia resistir àquele Omnibus, quando ando a suspirar por ler este livro há que tempos? Fora isso, aproveitei uma pechincha na Fnac para os dois livros a seguir. E depois há a colecção Super-Heróis DC, mais o primeiro livro da colecção do Asterix que está a sair com o jornal Público.

The Lands of Ice and Fire, George R.R. Martin, Jonathan Roberts
Momento fangirl do mês. Não pude resistir quando baixou de preço drasticamente na Amazon UK. E os mapas são lindos e fascinantes. (Excepto o dos percursos dos personagens. Não posso olhar para ele porque spoila o último livro que saiu. E que ainda não li.)

A ler brevemente

Primeira coisa a ler este mês, what else? O Voo do Corvo, que estou aqui a morrer de saudades da Juliet. Ainda não lhe consegui pôr as mãos em cima hoje, mas não me vai escapar por muito mais tempo. Depois o Pivot Point e o Especiais são para duas leituras conjuntas. O Finding It, porque a Cora Carmack me deixa sempre de bom humor. E quero ler estas coisinhas de BD, estou muito curiosa.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

TAG: Signos

Criado pelas bloggers do Algodão Doce para o Cérebro, esta TAG foi-me passada pela Paty do Chaise Longue, e consiste em escolher um personagem para cada signo e respectiva descrição. Devo confessar que alguns foram mais fáceis, outros mais difíceis... por vezes dei por mim a colocar um personagem em vários signos, porque as "carapuças" serviam. Aqui ficam as minhas respostas.

Carneiro

Conhecidas pela sua frontalidade e directas, as personagens que podemos atribuir a este signo são inúmeras!
A Charley Davidson, da série das Campas da Darynda Jones, tem toda a pinta disto. Pelo menos directa é, porque não tem filtro, sai-lhe tudo e mais alguma coisa da boca e está num ponto em que pouco se importa com as opiniões dos outros, por isso diz tudo o que pensa. (Ou que não pensa.)

Touro

Dizem que são muito teimosos, possessivos e realistas, mas também racionais e sensíveis. Vamos lá encontrar uma personagem que entrem nesta categoria.
Aqui caberia um qualquer macho alfa, parece-me, pela descrição. Fica o Daemon Black da série Lux da Jennifer L. Armentrout.

Gémeos

São considerados inconstantes e imprevisíveis, capazes de surpreender. Curiosos por ver quem escolhemos?
Vou nomear a Faythe de Stray da Rachel Vincent. Sempre pronta a meter-se numa série de sarilhos e com um comportamento algo errático, mas muito interessante de acompanhar.

Caranguejo

Conhecidos pela sua sensibilidade e emoções à flor da pele, vamos lá ver o que calha na rifa para este signo.
Bliss de Losing It da Cora Carmack. Bolas, que rapariga tão stressadinha. Diverti-me imenso com ela, mas ela ter-se-ia metido em muito menos sarilhos se não estivesse sempre pronta a perder a cabeça.

Leão

Caracterizados pela sua personalidade muito vincada e pela sua lealdade, Leão é um signo que nos promete personagens fortes e corajosas.
Kayleigh da série Soul Screamers da Rachel Vincent. Esta miúda é um furacão, superleal, muito corajosa, e luta sem restrições pelo que está certo e pelos que ama.

Virgem

Sempre à procura da felicidade e de estabilidade, são delicadas e dão sempre o melhor de si.
Cinder das The Lunar Chronicles da Marissa Meyer. Apesar da imagem não tão delicada de ser um cyborg, a Cinder transmite-me, apesar de tudo, uma sensação de delicadeza. Apesar da sua relutância em assumir o papel que lhe cabe, consigo vê-la a sacrificar-se pelo bem comum para garantir a felicidade de muitos outros.

Balança

Com vontade de agradar a todos, e com medo de magoar o mais próximo, o signo Balança tem vários pesos e medidas.
Anne Elliot de Persuasão da Jane Austen. O seu comportamento pacífico denota uma certa vontade de manter a calma e o equilíbrio, apesar de estar rodeada de totós. Mas não se deixa pisar e quando volta a ter uma oportunidade de felicidade, não hesita.

Escorpião

Tem um temperamento difícil e muitas vezes difícil de lidar, mas também são conhecidas pela sua coragem e até pelo seu gosto em vingança. Vamos lá ver que personagens encontramos com este signo.
Celaena de Throne of Glass da Sarah J. Maas. Temperamento lixado? Está escondido, mas aparece de vez em quando. Coragem? Uma certa coragem de qualidade insana, mas sim. Vingança? Bem, eu não quereria estar na lista negra dela... tendo em conta que é uma assassina.

Sagitário

De espírito livre e bastante optimista gosta de grandes experiências de vida.
Luna Lovegood da série Harry Potter. Não há mais espírito livre que ela.

Capricórnio

Sem medo de trabalhar, deseja alcançar sempre o sucesso profissional e pessoal.
São duas nomeações seguidas, mas ocorre-me a Hermione, também dos livros do Harry Potter, super estudiosa e sempre preocupada com o sucesso escolar, e mais tarde determinada a ajudar na luta contra o Voldemort e levar esse esforço a bom porto.

Aquário

Conhecidos por serem criativos, mas também rebeldes, não hesitam em lutar por aqueles que amam.
É suposto ser o meu signo, e não sei se foi por isso, mas foi o personagem mais difícil de escolher. Fica a Cassia, da trilogia Matched da Ally Condie. De início ela pode comer toda a propaganda da Society que lhe enfiam pelos olhos, mas basta um empurrãozinho para ela começar a questionar o que a rodeia. Criativa, apaixonada por poesia e pelo que as palavras lhe dão. E esforça-se por lutar pelo Ky e para construir um mundo melhor para eles.
 

Peixes

São conhecidos por acreditarem no amor eterno e serem extremamente sonhadores e idealistas! Que personagens entram neste signo?
Ok, isto será bastante influenciada por estar a ler o manga de Sailor Moon, mas que melhor descrição haverá para a Usagi "Bunny" Tsukino? Raio da rapariga, que por mais desgraças que lhe aconteçam não deixa de lutar "pelo amor e pela justiça", e de "em nome da Lua" castigar os maus. Isto tudo enquanto acredita sempre no melhor das pessoas e suspira pelo seu amado.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Quinta Campa Além da Luz, Darynda Jones


Opinião: Este é um volume muito excitante da saga. A fórmula habitual está lá, mas podemos encontrar também algumas reviravoltas no tipo de casos que a Charley encontra, algumas revelações sobre a mitologia deste mundo que preparam o futuro da série, a Charley tem o seu sentido de humor ainda mais apurado, e ela e o Reyes finalmente chegam a um entendimento.

Gostei imenso do mistério em torno das mulheres louras que apareciam no apartamento da Charley, completamente traumatizadas. É uma variação em relação ao mistério sobrenatural que a protagonista geralmente encontra nestes livros, e foi bem-vinda. Para além disso, a Charley mete-se novamente em sarilhos (quando é que ela NÃO se mete em sarilhos?), e parte-se-me o coração vê-la meter-se nestas coisas.

Achei muito interessantes as revelações sobre o papel da Charley e do Reyes na guerra sobrenatural futura, e ainda mais que venham da boca do Garrett. Especialmente porque foi divertido saber mais acerca dele e da família dele, que remotamente acabam por ter a ver com a coisa toda. Coitado do rapaz, estou um bocadinho preocupada com o que ele viu no Inferno. Estou à espera a todo o momento que lhe dê um vaipe qualquer.

A Charley e o Reyes, como casal, evoluem e finalmente chegam a um ponto pelo qual eu posso torcer. Acho que se gerou um entendimento entre eles a partir do qual podem construir uma coisa boa. O problema deles é um misto entre confiança e aceitação do que lhes aconteceu no passado e do que o outro pensa acerca disso (esta é mais do Reyes). Mas dão uns passos na direcção correcta. (Se o Reyes não insistir em ser uma cabeça dura, isto é.) Vejo finalmente alguma substância na relação deles, para além da "atracção fatal", e têm alguns momentos doces e bem giros. (A parte em que a Charley está a recuperar do seu último sarilho, mesmo no fim do livro, por exemplo. Ou mesmo o fim, que é de deixar a boca aberta.) Ando a suspirar desde o primeiro livro pelo futuro alternativo deles que o Reyes tinha visualizado, e talvez estejam a caminhar nessa direcção.

Entre o elenco de personagens secundários, há um monte deles que eu adoro, adoro mesmo, e delicio-me vê-los fazer uma aparição, ainda que curta. Mas o que queria destacar mesmo é a Charley, que continua com aquele humor sarcástico e auto-depreciativo que eu adoro. E apesar da sua atitude destemida e despreocupada, ela é vulnerável, sem se deixar ser uma vítima. E sobrevive determinadamente a todo o tipo de coisa que lhe é atirada ao caminho. Como protagonista, é uma das minhas favoritas.

Título original: Fifth Grave Past the Light (2013)

Páginas: 280

Editora: Círculo de Leitores

Tradução: Graça Margarido

domingo, 27 de outubro de 2013

Soltos: Keeping Her, + BD

Keeping Her, Cora Carmack
Uma novela que continua a história da Bliss e do Garrick por mais um bocadinho. Ambos viajam para Londres para ela conhecer os pais dele... e tendo em conta o stress e as neuroses da Bliss, a coisa tem todo o potencial para descarrilar. Diverti-me imenso com a preocupação dela, e com as peripécias que se seguiram. A parte em que ela e o Garrick entram em casa dos pais dele... priceless.

Gostei de acompanhar este novo passo na vida deles. Há um bocadinho de evolução e dá para perceber aquilo para que eles estão preparados ou não. É delicioso vê-los juntos, a única coisa que me custou a engolir foi o Garrick estar preparado para fazer um certo sacrifício tão prontamente. Ou a Bliss esquecer-se duma certa coisa tão facilmente. Mas, por outro lado, ela cresce um pouco - o momento em que ela enfrenta a mãe do Garrick, ou o momento em que a conquista com a sua trapalhice... muito bons.

Ultimate Comics X-Men Volume 1, Nick Spencer, Paco Medina
Não tenho tido muito contacto com as linhas Ultimate. Li os primeiros números do Homem-Aranha graças a uma colecção de um jornal, mais os primeiros números dos X-Men graças um livro duma colecção de um jornal. Mas acho piada ao conceito, que apesar de começar pela tentativa de recontar as origens dos super-heróis, acaba por evoluir com novas histórias e novas maneiras maneiras de abordar velhos dilemas.

Neste volume, pude descobrir algumas diferenças entre este universo e o "normal". (O Wolverine tem um filho? [Que não o Daken, isto é?]) E achei piada a fazer as comparações, e ao mesmo tempo ver como este mundo funciona por si só. O dilema da história não é novo (mutantes perseguidos, sentinelas à solta), mas a maneira como é apresentado sim. Gostei particularmente do aspecto do envolvimento do governo na criação de mutantes, e como isso gera todo um novo conjunto de tensões sociais - que me agradou ver como são apresentadas.

The Valley of Fear, Arthur Conan Doyle, Ian Edginton, I.N.J. Culbard
Tenho uma relação curiosa com o cânone Sherlockiano. Já li alguns dos livros que reúnem as histórias, já vi um rol de filmes e séries, e conheço até uma parte dos livros e histórias a partir dos mesmos. Conheço uma série de referências a partir da cultura popular, e não directamente dos livros. Com um personagem tão popular, é difícil que a nossa percepção não seja colorida pelas percepções dos outros.

E mesmo assim, acho que nunca tinha contactado com esta história. O que a tornou mais interessante de ler, e descobrir aos poucos o mistério no centro da trama. Gostei muito de conhecer a história do John Douglas e achei interessantes os enganos necessários na sua vida. Apesar de tudo o que passou, merecia outro final.

A arte é bastante simples, mas gosto da maneira como se desenharam os vários personagens e as suas expressões. Também achei piada ao trabalho de cor, especialmente nos flashbacks.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

TAG Literatura de Susto

A Paty do Chaise Longue é uma malandra e passa a vida a desafiar-me para estas coisas... e eu não resisti, especialmente tendo em conta que contribuí para o título da TAG em português. Por isso, tinha de contribuir também com as minhas respostas.

1ª Ronda

1) Qual é a criatura sobrenatural/assustadora sobre a qual gostas mais de ler?
Hmmm... pelo conceito gosto mais de anjos. Culpo na totalidade Sobrenatural (a série, não o adjectivo) por usar a mitologia judaico-cristã duma maneira que me agradou. Infelizmente, nem sempre os livros a usam em condições. Mas já tenho tido boas surpresas.

2) Qual a cena (de qualquer livro) seria o pior pesadelo de que poderias fazer parte?
Hmm... bem, o cenário no que concerne ao Christian Grey no Fifty Shades of Grey é bastante assustador, lol. Por mais caidinha que estivesse por um tipo, mal ele me confessasse que me tinha localizado o telemóvel, eu punha-me na alheta, nem que tivesse de mudar de país.

3) Se pudesses visitar e explorar um mundo literário assustador e/ou malvado qual escolherias e porquê?
O planeta em Shades of Earth da Beth Revis. Assustador, mas seria tão giro poder explorá-lo.

4) Que livro foi tão assustadoramente horrível que quase adormeceste por toda a eternidade a tentar acabá-lo?
Bem... eu deixei-me dormir em cima do A Voz do Fogo do Alan Moore. Duas vezes. E A Lenda do Cisne da Jules Watson foi dos poucos livros que eu não consegui acabar de ler. Foi horrível, mas não me deu sono.

5) Nomeia um livro do qual retirarias algumas páginas e substituirias por outras que o tornasse melhor?
Dead Silence da Kimberly Derting, Requiem da Lauren Oliver ou Em Parte Incerta da Gillian Flynn foram alguns livros que me deram vontade de pegar naquilo e reescrever, reescrever, reescrever.

6) Se pudesses tornar alguma personagem malvada/assustadora numa personagem boa qual escolherias e porquê?
Isto é totalmente irrealista, porque às vezes as pessoas são como são e nada podemos fazer para as mudar levar a escolher a mudar. Mas seria muito interessante ver o que o Warner do Shatter Me da Tahereh Mafi ou o Darkling do Shadow and Bone da Leigh Bardugo fariam se usassem os seus poderes e capacidades para o Bem.

2ª Ronda

1) Personagem vampiro preferida?
A dupla Lena/Rhode de Infinte Days da Rebecca Maizel, que me fazem sofrer como tudo. A autora consegue apresentar a imortalidade sob uma nova perspectiva.

2) Personagem lobisomem preferida?
Ia dizer que não li assim muitos livros com lobisomens, mas vou inspirar-me na Paty e mencionar personagens dos livros da Mercy Thompson, da Patricia Briggs. Só que eu gosto mais do Samuel e do Ben.

3) Personagem bruxa preferida?
Rachel Morgan! Dos livros da Kim Harrison. É tão divertida e ensarilhada.

4) Personagem monstro preferida?
Hm... Monstro? Não estou a ver nada que tenha lido com um monstro. Bem, se contar, adorei a manticore do The Pirate's Wish da Cassandra Rose Clarke.
 
5) Personagem fantasma preferida?
Não há assim tantos livros com fantasmas que tenha lido. Vou pôr o Mr. Wong e o Rocket dos livros da Charley Davidson, da Darynda Jones.
 
6) Personagem assassino preferido?
Celaena de Throne of Glass da Sarah J. Maas. É mesmo assustadora quando deixa à solta o seu lado negro pelo mundo. Mas é tão fofa, e girly, e resiliente, e uma leitora ávida!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Picture Puzzle #66


O Picture Puzzle é um jogo de imagens, que funciona como um meme e é postado todas as semanas à quarta-feira. Aproveito para vos convidar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria. Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica nos seguintes blogues: Chaise Longue; Viajar pelos Livros.

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal.

Puzzle #1
Pista: título adulto contemporâneo em português; primeiro e único livro da autora  publicado em Portugal, parece ter passado despercebido.

Puzzle #2
Pista: título YA contemporâneo em inglês.

Divirtam-se!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

The Falconer, Elizabeth May


Opinião: Vai ser uma opinião curta, porque este livro ficou ali no meio, no meiozinho. Nem estupidamente bom nem tão mau que me dá vontade de arrancar cabelos. Teve coisas que gostei, mas também coisas que bem precisavam de ser melhoradas.

Entre as coisas que gostei: o mundo e o conceito. Edimburgo no século XIX, com um toque de steampunk e outro de paranormal, com a existência de fadas predadoras que matam humanos para seu prazer e alimentação. O dilema posto pela inadequação da protagonista num mundo com determinadas regras e exigências é muito interessante. Gostei do facto da Aileana estar sempre a construir maquinas e ser uma rapariga muitíssimo inteligente. E gostei do ponto das fadas assassinas e tremendamente perigosas.

Gostei de conhecer a Aileana. É refrescante ver uma personagem que aceita e convive com o seu lado negro. Está obcecada com a vingança, gosta de matar fadas e não pede desculpa por isso. Debate-se com o seu papel de debutante obediente e a certeza de que depois do que aconteceu no passado já não pertence a esse mundo. Achei interessante os paralelismos que se estabelecem entre ela e o Gavin; ainda mais se notarmos que ela é que tem o papel activo, de caçadora de fadas, e ele o papel passivo, de vidente. É uma inversão dos papéis tipicamente atribuídos a homens e mulheres.

Entre o que não gostei: bem, pode ser resumido a - o livro precisava de ser trabalhado. Primeiro, porque parece que tem "saltos" na narrativa. O personagem A vai do ponto B ao ponto C sem clarificar o que aconteceu pelo caminho. E não estou a ser picuinhas; é mesmo o tipo de coisa que precisa de ser explicada, ou as acções dos personagens não fazem sentido.

Depois há lacunas na construção dos personagens. Poucos me pareceram tridimensionais. O Kieran é pouco mais que o tipo impenetrável, duro, e inumano que vai mostrando mais facetas ao longo da história. Só que não há nuance, e quando finalmente vemos que é mais que a fada fria e inumana, parece que vem do nada.

O mesmo acontece com a suposta atracção entre ele e a Aileana. Não há pistas, momentos que sugiram no início do livro que eles se vêem como mais que, er, "parceiros de negócios". E se no ano anterior ao início do livro não se aproximaram, não faz sentido que em meia dúzia de dias isso aconteça. E para mais, como esta atracção não é credível, quando a Aileana decide que desiste da vingança porque não quer que nada aconteça ao Kieran, soa a ridículo. Ela vivia para a sua vingança. Enfraquece os seus motivos vê-la desistir tão facilmente, quando até esse ponto eu acreditava que o Kieran era só mais um degrau no caminho para aquilo que ela queria, e que o sacrificaria sem hesitar.

Acho que o livro teria resultado melhor se acompanhássemos a evolução da Aileana desde debutante inocente a assassina sanguinária obcecada pela vingança. Resolveria algumas fraquezas que apontei e permitiria desenvolver melhor os personagens.

E por fim, aquele final. Credo, o editor responsável por deixá-lo ficar assim devia ser despedido. Eu compreendo até certo ponto um final cliffhanger. Mas este vai para além disso. Muito além. Pára literalmente a meio do clímax final, o que narrativamente não faz sentido nenhum. E termina com a frase mais críptica e inexplicada de sempre, precisamente porque não há um fecho adequado da história. Enfim... em suma, ainda estou a tentar perceber se a autora merece que eu leia o segundo livro depois de me fazer uma destas.

Páginas: 336

Editora: Gollancz

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Selo Óscar Literário

A Rita do A Magia dos Livros (Obrigada Rita!) passou-me este selo, que se baseia em escolhermos, de entre os livros que lemos este ano, um que encaixe em cada categoria. Duas coisas: a) só um? b) isto vai ser difícil... e longo. Não vou ser capaz de escolher um só livro. Possivelmente vou só nomear e linkar a opinião dos livros em questão, porque senão nunca mais saio daqui. E são muitos, mesmo.

Melhor Livro

Vou destacar alguns muitos livros... menos é impossível.

Melhor Autor

Ah... a Ally Condie e a Diana Peterfreund foram uma boa surpresa, especialmente em termos de escrita. A Cassandra Rose Clarke, a Lia Habel e a Leigh Bardugo também, mais nos mundos que criaram. A Cassandra Clare e a Rachel Vincent continuaram a torturar-me como ninguém. Adorei o humor da Cora Carmack e da Darynda Jones. A Jane Austen e a Juliet Marillier continuam a ser favoritas. A Jennifer L. Armentrout continua a deliciar-me e a escrever como louca. A Sarah J. Maas e a Tahereh Mafi continuam ali a cativar-me e a deixar embrenhar-me nos seus mundos.

Melhor Protagonista Masculino

Ah... quero dar este ao Graham do Between the Lines, e do Where You Are, da Tammara Webber, porque é um rapaz adorável e com um feitio cá dos meus. E ao Warner, do Unravel Me, da Tahereh Mafi, que pode ser um psicopata de primeira, mas é tão divertido lê-lo. E diz umas coisas tão giras. E o Will do Príncipe Mecânico, e do Clockwork Princess, da Cassandra Clare é tão traumatizadinho, coitado, o que o torna tão interessante de ler.

Melhor Protagonista Feminina

Celaena do Crown of Midnight, da Sarah J. Maas, adoro-te, querida, por seres tão fofinha e badass ao mesmo tempo. Ananna, de The Assassin's Curse e The Pirate's Wish, da Cassandra Rose Clarke, também és bastante fixe. Saba, do Estrada Vermelha, Estrada de Sangue, da Moira Young, és uma resmungona adorável. Charley Davidson, (série das Campas da Darynda Jones) também resmungas muito, e és sarcástica, e és refrescantemente honesta. E já agora, Bliss do Losing It, da Cora Carmack, adorei as tuas trapalhadas e neuroses. E a titular Scarlet do Scarlet, da Marissa Meyer, que tem pêlo na venta.

Melhor Personagem Secundário Masculino

Finalmente uma fácil, é o Sturmhond do Siege and Storm, da Leigh Bardugo. Este personagem é tão memoravelmente fabuloso que precisa da categoria toda só para ele. Só lendo para perceber.

Melhor Personagem Secundária Feminina

A Cookie dos livros da Darynda Jones é bem gira, e tem uma paciência de santa para aturar a Charley. A Marjani de The Assassin's Curse, e The Pirate's Wish, da Cassandra Rose Clarke, é bem badass e ao mesmo tempo elegante e um apoio para a Ananna. Iko, de Cinder, e Scarlet, da Marissa Meyer, és a melhor amiga robótica que uma cyborg pode ter. E já agora a titular Voz de A Voz, de Anne Bishop, pelas suas características únicas.

Melhor Arte de Capa

Ai...há livros tão giros, mesmo lindos, e eu perco-me por capas giríssimas. Aqui vão algumas das minhas favoritas:

Melhor Mundo Criado

Alguma prevalência de distopias e pós-apocalípticos, pois tenho lido alguns livros nestes géneros devido a um desafio... e acabei por escolher mundos-novos-para-mim, isto é, de livros/séries que comecei a ler este ano.

Melhor Título

Aqui vou enumerar alguns que acho que encaixam bem na história, ou têm algum tipo de trocadilho/menção no título, e talvez um ou outro que ache bonitos.

Melhor Final

Bem... aqui vão aqueles finais que me deixaram a hiperventilar de choque. Ou completamente louca de impaciência. Ou a chorar que nem uma madalena arrependida. Ou simplesmente feliz. Mesmo feliz. Enfim, há de tudo.

domingo, 20 de outubro de 2013

Endless, Jessica Shirvington


Opinião: Esta é uma série que, à primeira vista, não se destacaria entre tantas outras do mesmo género. Mas sorrateiramente, acabou por me cativar. A Jessica Shirvington confere aos seus livros algo que os distingue - um worldbuilding com o seu quê de originalidade, personagens que adoro seguir, momentos de acção que me deixam agarrada às paginas, e momentos profundamente emocionais que me torturam. E dou por mim no fim de mais um livro dela completamente morta por ler o seguinte.

Após o livro anterior, um inimigo poderoso dos Grigori está à solta pelo mundo, decidido a causar o caos. Violet e o seu grupo esforçam-se para o encontrar e travar os seus planos. Mas quando a Academia dos Grigori exige que Violet se apresente em Nova Iorque para ser testada e questionada, ela não pode recusar, apesar de os aliados na Academia serem escassos. E quando chega um ultimato do inimigo que Violet não pode recusar, vê-se perante o seu maior desafio, e a escolha mais difícil que terá de fazer...

Bem, mas que livro. Tenho acompanhado a evolução da Violet como personagem ao longo da série, e é difícil não ficar orgulhosa dela, por tudo o que passou e pela maneira como encara as coisas. Cresceu de uma miúda relutante em aceitar a sua herança para uma mulher forte e confiante, que aceita as coisas difíceis que tem de fazer. O seu caminho não é fácil, mas ela encara-o com uma postura magnífica.

Sobre ela e o Lincoln... há uns dias, ao explicar porque é que gostava dos livros, descrevi a sua relação a alguém como uma tortura, no bom sentido, e agora apercebo-me que usei exactamente as mesmas palavras para os descrever há um ano, quando comentei o segundo livro. Apesar da natureza "destinada" da sua relação, as coisas não são mais fáceis por isso. São mais difíceis. E é mais bonito quando têm direito a um momento de felicidade, ainda que passageiro.

E a culpa é deles por as últimas 100-150 páginas serem assustadoramente emocionais. O tipo de sacrifício a que se expõem, combinado com tudo o que acaba por acontecer... e que deu cabo de mim. Foi muito interessante ver o Lincoln finalmente solto, a deixar-se desfrutar das coisas; mas triste, porque sabia que ele estava a tramar alguma. E doeu-me ver as coisas difíceis e dolorosas que este par suporta até ao fim do livro.

Pelo meio, tenho de falar do elenco secundário, em que não há um personagem que eu não goste. Até o Phoenix acabou por se redimir um pouco de todas as coisas que fez. Não me esqueço delas, mas o seu arrependimento e o que tenta fazer para se redimir mostra pelo menos uma evolução na sua postura. Por sua vez, o grupo de amigos em volta da Violet é algo fantástico, adoro aqueles miúdos (e não-tão-miúdos).

A relação da Violet com a mãe ganha novas facetas, e foi bom poder vê-las a conhecer-se melhor e a compreender-se melhor. Era uma relação difícil, e foi bom perceber o que aconteceu realmente no passado com a Evelyn. E foi curioso ver como o pai da Violet reagiu a ela e a finalmente entrar neste mundo. Por outro lado, gostei de conhecer alguns novos personagens na Academia, ter um vislumbre de como funciona... e até ver a Jacqueline morder a língua e aceitar a Violet, ainda que tarde de mais.

Em termos de exploração da mitologia, descobrimos mais alguns pormenores que complementam a história, coisas que a Violet consegue fazer, sobre os anjos e as dimensões em que existem... faltam revelar alguns pormenores, mas fiquei satisfeita. Houve uma aparição dum personagem que me deixou desconfiada, e estou intrigada com o futuro papel dele nos livros.

O fim? O fim foi terrível, duro, tristíssimo. Mas não podia ser de outra maneira. Depois de tudo o que acontecera, a Violet estava num ponto de rotura, quebrada pelos acontecimentos, e nada mais seria o mesmo. Para ela, não era possível voltar atrás, por mais que eu quisesse. E por isso compreendo a sua decisão, apesar de não concordar completamente com ela, ou com as razões pelas quais a tomou.

E por isso espero que o próximo volume me traga (boas) notícias, porque aquilo que eu queria aconteceu neste livro, mas soube-me a pouco, e quero mais. Felizmente, como já tem sido hábito nesta série, só terei de esperar um mero meio ano em vez do costumeiro ano. A curiosidade, essa, não é menor.

Páginas: 480

Editora: Sourcebooks Fire

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Colecção Super-Heróis DC Comics - Volumes 13 e 14, + crónicas

Liga da Justiça: Crise de Identidade 1, Brad Meltzer, Rags Morales
Liga da Justiça: Crise de Identidade 2, Brad Meltzer, Rags Morales, Geoff Johns, Howard Porter
Estou impressionada com o tipo de história que aqui se conta. Ver super-heróis, supostos paradigmas de virtude, a tomar decisões moralmente duvidosas e a meter os pés pelas mãos quando tentam resolver uma situação que não tem propriamente solução... a ideia é boa. As questões que geraram a história - até quão longe vão estas pessoas para proteger a sua identidade, de modo a proteger os seus, e o que acontece depois de os vilões serem derrotados - são pertinentes. E achei interessante ver os vários tipos de relação familiar que os super-heróis tinham com os seus entes queridos.

Gostei de seguir o mistério, pois não é uma coisa tão comum de ler em comics, pelo menos nestes moldes tão sóbrios e trágicos. Toda a história tem uma atmosfera pesada, e lê-se bem como um policial... não é muito habitual encontrar estes aspectos entre super-heróis americanos. E certos acontecimentos... fiquei de boca aberta com a evolução das coisas. E aquele fim, apesar dos problemas que tenho com ele, bem, é surpreendente.

O problema que tenho com a história... é que é tão machista. É tudo focado nos coitadinhos dos personagens masculinos, e no horror de poderem vir a perder as suas namoradas/mulheres/etc.. E então as mulheres? Não estão em perigo de perder entes queridos? É que não há uma única mulher no centro deste dilema. (E não, meter ali uma vinheta de vez em quando não chega.) Fora isto, só vemos as mulheres como vítimas ou futuras vítimas, o que não é menos machista. E até o final perde força por causa disto. A razão pela qual o vilão fez o que fez, ou pelo menos o modo como é revelada, é tão mesquinha, e menoriza o sofrimento e os acontecimentos trágicos que estão para trás.

Fora isso, tenho a apontar a estupidez de preparar uma casa para proteger alguém contra os poderes conhecidos de vários vilões, mas não se considerar protecção, ou pelo menos a detecção do uso de poderes conhecidos de super-heróis. É claro que assim não tínhamos história, mas tendo em conta os extremos a que a Liga da Justiça foi para proteger os seus entes queridos, pareceu-me uma falha mesmo óbvia.

O segundo volume contém ainda uma história do Flash para complementar. Ao contrário da história principal, que faz referências ao passado sem exagerar, e que são explicadas bem, esta mete por ali uns comentários enviesados que não são muito claros. Mas gostei de seguir. Faz um bocadinho a continuação da Crise de Identidade, resolvendo algumas pontas soltas, e mostrando o Wally West, o Flash, a fazer as pazes com as escolhas do Flash anterior, o Barry Allen. Não achei muita piada foi ao facto de a história ficar a meio. Os vilões estão claramente a tramar alguma e aquilo fica em suspenso.

Uma nota para as capas, especialmente a do segundo volume, porque conseguiram trabalhar bem o fundo branco e fazer uma capa interessante. (E diferente das do resto da colecção.)

Um comentário curto, porque é um livro de crónicas, e não-ficção, e é difícil fazer uma opinião jeito para tal, pelo menos para mim. Divirto-me a ler as crónicas do autor na Visão quando as apanho, por isso tenho adquirido os livros que as reúnem, e este não foi excepção. É curioso, dá para seguir a evolução das notícias quentes do momento em que as crónicas foram escritas... ai, que este país é deprimente. Porque uma boa parte é a comentar politiquices e asneiradas de políticos. Que bela imagem do nosso país.

Apesar dos temas serem um pouco repetidos, acho piada à maneira como o autor às vezes apresenta as situações, e aprecio o tipo de humor com que as aborda. Só torço para que as coisas mudem um bocadinho por cá, para que da próxima vez que ler um livro destes haja mais variedade de temas.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Picture Puzzle #65



O Picture Puzzle é um jogo de imagens, que funciona como um meme e é postado todas as semanas à quarta-feira. Aproveito para vos convidar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria. Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica nos seguintes blogues: Chaise Longue.

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal.

Puzzle #1
Pista: thriller/mistério/whatever publicado em português.

Puzzle #2
Pista: título YA fantástico em inglês.

Divirtam-se!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

TAG O Sacrifício de Livros

Fui desafiada pela Paty do Chaise Longue para responder a esta TAG. Pode parecer estranho ter uma TAG dedicada a desancar livros que não gostámos, mas convenhamos, de vez em quando sabe bem dizer mal de livros. Tal como por vezes um livro pode gerar uma paixão e euforia desmedidas, às vezes é o contrário, suscitando indiferença, desilusão ou irritação. E acho que não me importaria de os sacrificar por um bem maior, eu que tenho dificuldade em desfazer-me dum livro. :P Provavelmente vou falar mais de livros que li este ano, que estão mais presentes na memória.

Um Livro Sobrevalorizado

Estás na livraria a procurar um novo livro e BAM! Zombies começam a atacar! Através dos altifalantes é feito o anúncio de que os militares descobriram que a única fraqueza dos zombies são os livros sobrevalorizados. Que livro que toda a gente diz que é fantástico mas tu odeias começas a arremessar aos zombies sabendo que vai contar como livro sobrevalorizado e irá destruí-los com sucesso?
Ah! Gone Girl/Em Parte Incerta com eles. Eu até percebo o fascínio que o livro exerce na maioria dos leitores. Mas, tudo somado, não o achei nada de especial. Passei metade do livro irritada com os personagens por serem tão incoerentes, e a outra metade abismada por serem tão estúpidos. E como os personagens são tudo para levar este tipo de livro a bom porto, acabaram por me estragar a história, que até tem uma premissa fixe. Se a autora não tivesse exagerado na sua caracterização, se não tivesse chegado a certos extremos, a história teria sido muito mais satisfatória. Um pouco de subtileza não teria caído mal aqui. E por isso, acho o livro muito sobrevalorizado.

Uma Sequela

Sais do cabeleireiro com um penteado fantástico e BOOM: começa um aguaceiro torrencial. Que sequela usarias como chapéu de chuva para te protegeres?
Aqui vou meter o Requiem. Céus, não me lembro de me ter sentido tão desiludida com um autor, especialmente um que tinha mostrado ser tão promissor. A Lauren Oliver cria um mundo fascinante, uma história que prometia ser profunda e tem uma escrita linda, mas este parece que foi escrito por uma pessoa completamente diferente. Alguém que me ajude a esquecer este desastre.

Um Clássico

Estás na aula e o teu Professor de Português só fala sobre como aquele livro mudou o mundo, como revolucionou a literatura e começas a ficar tão farta/o que atiras o livro à cara do professor. Sabes porquê? Aquele clássico é estúpido e o castigo vale a pena só para mostrar a todos como te sentes em relação a ele! Que livro atiravas?
O professor vai levar com o A Laranja Mecânica na cara. É pequenino, mas a minha edição é de capa dura, por isso vai doer. O que é que eu vou dizer sobre esta confusão pegada? A história é incoerente, o protagonista irritante, e as questões morais levantadas ficaram manchadas, quanto a mim, por algumas escolhas narrativas questionáveis do autor. Se eu voltar a cruzar-me com um livro em que o autor está a tentar, duma maneira tão patética, que eu tenha pena dum personagem que é um autêntico psicopata, vai haver ultraviolência. É pena, seria uma história com potencial, mas a maneira como o autor a apresenta repugnou-me.


O Livro que Menos Gostaste na Vida

Prestes a sair da biblioteca e BAM o aquecimento global estoura e lá fora tens um longo terreno gelado pela frente. Presa/o, a tua única hipótese de sobrevivência é queimares um livro. Que livro vais a correr buscar e que não terás quaisquer remorsos de queimar?
Ah, eu podia dizer aqui tanta coisa... Mas a memória é curta, e não consigo conjurar um livro que detestei absolutamente, e que seria o livro que menos gostei de sempre. Posso é falar do último livro que me deixou absolutamente furiosa ao terminá-lo, tanto que quase me ia estragando a leitura seguinte. E não é normal isso acontecer, tanto o ficar furiosa desta maneira com um livro como o manchar a leitura seguinte. Falo do Dead Silence. Senti-me defraudada. Este não é o livro final duma série adorada que eu merecia. O livro não evolui a história da série, recaptando temas e situações do livro anterior, engonha até dizer chega e conseguiu finalmente irritar-me com certos aspectos que até tinham tido o seu interesse anteriormente. E aquilo não me deu uma sensação satisfatória de ser um final. A história dos personagens não tem um fim, sequer. A autora podia continuar a história, se quisesse. Mas não vai. E por isso preferia que o livro nem existisse.