domingo, 15 de junho de 2014

Feira do Livro de Lisboa 2014 (e Aquisições)


Mais um ano a ir à Feira do Livro, para espreitar uns livrinhos e aproveitar o bom tempo (às vezes demasiado bom tempo), passear pelo Parque Eduardo VII e fazer algum exercício com tanta subida e descida.

Este ano a Feira surpreendeu-me porque claramente tem menos bancas de editoras e possivelmente de alfarrabistas; e a maneira encontrada para compensar essa falta foi a introdução de bem mais espaços de comida e petiscos. É um sinal dos tempos: a crise impede maior variedade de representação na Feira, aparentemente. Quanto aos espaços com comida, não é uma má ideia; as pessoas podem não chegar a comprar livros, mas de comer ou petiscar precisamos sempre. Pelo menos louvo a variedade de espaços.



Fui lá no primeiro dia. Já é hábito, andar entre as barracas e ainda ver algumas fechadas, ou ver o pessoal das editoras a arrumar livros e a marcar preços. Faz-me alguma confusão, ver o estado de (des)arrumação que ainda se via ocasionalmente. Se a Feira é para abrir dia X à hora Y, as coisas deviam estar preparadas antes dessa altura, não depois. Tal como não sei se faz muito sentido o que vi esta semana na Leya. A feira tinha começado às 12h30, e ainda tinham paletes enormes de livros por arrumar depois disso. Não será possível fazer-se esse trabalho antes da Feira abrir? Como potencial cliente, é um pouco estranho andar a navegar no meio da desarrumação.

Quanto a aquisições, já mencionei no post do fim do mês de Maio o que tinha comprado nos primeiros dias. Para além disso, aproveitei para comprar muita banda desenhada, como é possível ver na imagem seguinte.


Vou continuando a minha colecção dos livros de Calvin & Hobbes, e aproveitei que a Gradiva tinha estes dois (Parabéns, Calvin & Hobbes e O Tigre Assassino Ataca de Novo) como livros do dia para os juntar à estante. A Fnac estava com uns descontos jeitosos - 20% de desconto na Feira sobre o preço de capa que têm na loja, e ainda mais 10% se se tivesse cartão Fnac. E tendo em conta que ando a namorar o Habibi há um ano, precisamente desde a última Feira, que foi quando a Fnac o começou a ter à venda, era irresistível trazê-lo a este preço. Qualquer coisa como metade (ou mais) do preço que encontraria no Book Depository. Da Fnac veio também How to Tell If Your Cat is Plotting to Kill You.

Da Porto Editora/Bertrand veio Contos dos Subúrbios, na Hora H. É uma vergonha um livro destes estar a 5 euros, mas enfim, eu é que ganho com isso. E fica aqui a crítica que a editora é péssima a repor os livros. Fui nessa noite para comprar na Hora H alguma banda desenhada que tinha sido editada na chancela Contraponto... e esgotou num instantinho. Pior, um dos livros não foi reposto durante mais de uma semana. Só o voltei a encontrar lá há um par de dias, quando já não havia Hora H. Resultado, não comprei os 3 livros que tencionava comprar, e perderam uma compra. Não sei como é que este pessoal funciona, mas pelos vistos não querem vender livros. Estive a reler posts da Feira dos anos anteriores e vejo que é o quarto ano consecutivo que tenho razão de queixa da Porto Editora/Bertrand, e que a queixa é praticamente a mesma. Portanto, minha gente, estão a fazer um magnífico trabalho, não se esforcem por mudar e melhorar, que não é preciso nada, mesmo nadinha. /end sarcasm


Na Leya atirei-me ao Dragon Ball, porque tinham-no basicamente a 2 euros (!) o volume, o que combinado com o "leve 4 pague 3" do espaço, ainda baixa mais o preço aos livros. Ou seja, pelo preço que 2 tinham originalmente, trouxe para casa 12. Custa-me é faltarem uns livros pelo meio, mas eram os que estavam disponíveis. A reposição aqui também não era das melhores. Da Devir trouxe Batman: Ano Um, e o primeiro volume de Death Note e Blue Exorcist. Nota positiva para a editora, que tinha uma promoção em que ofereciam uma capa/jacket bem gira (ver em baixo) se se comprasse um volume de Death Note.


O Signo dos Quatro e o Vale do Terror são resultado da Hora H. Como Vos Aprouver estava na tenda dos pequenos editores, e é uma edição bem gira, que me agradou. Trouxe os volumes II - IV de Gossip Girl numa promoção "leve 3 pague 2", e os livros da Ann Brashares das Quatro Amigas e Um Par de Calças trouxe da zona das promoções da Presença, e ainda me valeram a oferta do livro do Philip Pullman. Por fim, aproveitei que os dois livros do Zafón eram livros do dia para os trazer a um preço mais amigo, já que o PVP original é um pouco puxadote.


Por fim, 3 livros que comprei como livro do dia (o primeiro) ou na Hora H (os outros dois), para aproveitar a oportunidade dos respectivos autores estarem cá em Portugal para os autografar. Fui à sessão da Lesley Pearce no Colombo para evitar a confusão da Feira. Foi uma sessão curtinha, mas a autora pareceu-me uma pessoa interessante de conhecer. Hoje, e porque devo ter uma veia masoquista qualquer, fui enfrentar calor e multidões (duas coisas de não sou muito fã) para pedir o autógrafo para os outros dois livros. A Dorothy Koomson é uma autora tremendamente simpática, muito cativante; o Jeff Kinney tinha uma fila enorme, mas não tive de esperar muito - a regra de um autógrafo/livro por pessoa ajudou. E depois vim-me embora, porque estava mesmo calor, mesmo abafado, e a minha vontade ao chegar a casa era meter-me no duche com a roupa vestida e tudo.

Apontamentos e queixas finais: fiquei desapontada por a Planeta insistir tanto em colocar nos livros do dia tantas novidades e tanta coisa repetida. Não há destaque nenhum para livros mais antigos, e há um ou outro que eu gostava de ter comprado. Da Porto Editora/Bertrand já me queixei, mas ainda acrescento que esta coisa de aderirem à Hora H e depois nem todos os livros com mais de 18 meses entrarem... bem, não faz muito sentido.


Sobre a organização em si, é a mesma queixa de sempre: divulgarem as coisas a tempo. É ridículo o site ser lançado no dia em que a Feira abre, é ridículo que as informações da Hora H saiam para o site no dia em que a Hora H começa, e é ridículo que essa informação esteja errada, faltando editoras na lista. A lista de livros do dia é muito pouco útil, já que a ordem alfabética do título do livro faz pouco sentido, e não dá para alterar o critério de ordenação. (Como por editora, era o que me dava jeito.) Louva-se as editoras que iam publicando os livros do dia no seu Facebook (exemplos: Gradiva e Planeta).

Termino com a esperança de que para o ano seja melhor, e que eu tenha menos razões de queixa. Gosto bastante da Feira do Livro, de caminhar pelo Parque Eduardo VII e de cirandar entre livros, mas este ano não foi dos meus favoritos.

7 comentários:

  1. Que cena triste! É mesmo ridículo a feira abrir e ainda estar tanta coisa por arrumar (na do Porto é a mesma coisa), já para não falar de todos os problemas da Hora H. :s

    O Habibi é tão lindo *.* quer dizer, o livro em si, porque nunca li. É uma história ilustrada, certo?

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    1. Pronto, pelo menos não é só aqui... xD Pode ser que a maneira nova como vão fazer no Porto em Setembro mude as coisas um pouco... espero que para melhor. ;)

      Sim, é uma graphic novel ilustrada com qualquer coisa como 600 páginas. O_O Por dentro também me parece bem jeitoso, a arte é tão bonita, tão detalhada. *.*

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  2. Alguém perdeu a cabeça xD

    De facto os problemas continuam e pelos vistos não há forma de melhorarem =s

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    1. Oh, pelo menos fiquei dentro do que esperava gastar, e melhor, trouxe mais livros por menos que o ano passado. :) Acho que vou passar a usar a Feira para captar promoções em banda desenhada, pelo menos este ano encontrei umas boas. ^_^

      Epá, é que já dá nervos, são sempre os mesmo problemas todos os anos e não se faz nada para melhorar... :/

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  3. "Habibi"... olha eu tão invejosa!
    Se crias "Gossip Girl" pedias-me os meus estão a ocupar espaço na estante...
    Também não achei que a FLL tivesse grande coisa este ano mas praticamente não pus lá os pés.

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    1. O Habibi é lindo, e valia mesmo a pena aproveitar na banca da Fnac. ;)

      Lol, eu nem sabia que os tinhas... mas tenho aqui em casa o primeiro, na altura que li gostei o suficiente, e tenho andado há vários anos no "compro, não compro", nas Feiras anteriores... foi este ano. :)

      Também não perdeste nada, houve muita coisa que podia estar em promoção e não estava, achei que havia muita falta de aproveitar a oportunidade por parte das editoras. :/

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