terça-feira, 3 de novembro de 2015

Meg Cabot: Short Stories, O Tamanho 42 Não É Para Gordas


Título original: - / Size 12 is Not Fat (2005)

Páginas: 39 / 372

Editora: Auto-publicado / Aletheia

Tradução: - / Cristina Queirós

Os dois livros lidos em Outubro para o meu desafio da Meg Cabot são um par bastante distinto. O primeiro é um e-book que reúne alguns contos da autora, publicado gratuitamente no seu site.

Entre eles, conta-se Reunion, um conto que encaixa no mundo da série Boy. Apenas marginalmente, porque não há exactamente cruzamento entre personagens. (Talvez um espaço.) O que têm em comum é o uso de e-mails para contar a história, e nesse aspecto a autora consegue sugerir uma com o curto espaço que tem. É uma história fofinha de uma reunião entre antigos alunos de uma escola secundária.

Back to School é curtinha, mas bem gira no sentido de empoderamento e de como as coisas mudam com os anos. You Rock, Jen Greenley é uma história que serviu de protótipo para o livro Teen Idol, e é delicioso de ler, porque dá para ver as raízes, os pontos cruciais do livro. Já Girl's Guide to New York Through the Movies é mais um artigo de opinião sobre como Nova Iorque é representada nos filmes, muito curioso.

My Character é uma história escrita para um evento ao vivo, com inspiração numa imagem com uma fila de personagens, e o resultado é super original e engraçado. Every Girl's Dream é sobre a Suse e o Jesse, da série Mediator, ainda no início, ambos embeiçados um pelo outro mas incapazes de o dizer.

O segundo livro lido é O Tamanho 42 Não É Para Gordas, e céus, já quase me tinha esquecido de quão divertido este livro é. A premissa é tremendamente divertida, para começar... a protagonista, Heather Wells, é uma antiga estrela da pop, caída em desgraça após a sua editora a deixar "cair", e o seu ex-namorado, outra estrela da pop, ex-boyband, a trair com ainda uma terceira estrela da pop. Oh pá, isto só tirando das manchetes dos jornais, que nem podia ser inventado.

Para cúmulo, a mãe de Heather roubou-lhe o dinheiro todo, que juntou durante a sua carreira, e Heather vê-se em dificuldades. Arranja emprego numa residência universitária, o irmão do ex-namorado oferece-lhe um local para ficar, mas em cima de tudo, Heather vê-se a perder a forma que tinha durante a carreira na música, o que a deixa insegura.

É simplesmente uma premissa fabulosa, divertida, que só podia sair da cabeça da Meg Cabot, que se lembra sempre das coisas mais malucas, mas estranhamente fá-las funcionar. Gostei tanto da Heather e do seu percurso, de como a sua "queda de graça" a deixou desamparada mas ao mesmo tempo decidida a voltar a pôr-se de pé e a resolver a sua vida. Além disso, ela não tem todas as respostas, e mete os pés pelas mãos, e é crescidinha mas mal resolvida, e isso é refrescante e reconfortante de ler.

Além disso, a Heather é essencialmente uma boa pessoa, e é isso que a coloca na peugada de um assassino, ao compreender que as mortes na sua residência universitária não são um acidente (a versão das autoridades), mas sim o trabalho de uma pessoa com intenções nefárias. O mistério não é terrivelmente complicado, mas cativa, e dá o mote para uma série prometedora.

O grupo de personagens secundários é cativante, reunindo alguns com o estilo característico da autora. Pode-se dizer que alguns são arquétipos do "tipo" que ela costuma escrever, e que são os detalhes que ela lhes dá que os preenche. Alguns momentos com estes personagens são os mais divertidos da trama.

Só acho um pouquinho frustrante não ter mais resolução do aspecto amoroso. A Heather tem um fraco pelo irmão do ex-namorado, o Cooper, mas não passa da paixoneta, não há momentos de fazer suspirar, e para um livro adulto da Meg, esperava mais química com os dois personagens à partida. Eu quero shippar esta gente! Preciso de um osso, Meg. Ajuda-me a torcer por este parzinho.

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