terça-feira, 24 de novembro de 2015

Meg Cabot: Size 14 is Not Fat Either, Size Doesn't Matter (Big Boned)

Título original: Size 14 is Not Fat Either / Size Doesn't Matter (Big Boned)

Páginas: 352 / 288

Editora: Macmillan / Macmillan

Este par de livros continua a história da Heather Wells, ex-estrela da pop que perdeu tudo, e está no caminho para refazer a sua vida. Encontrou um emprego como assistente da direcção de uma residência universitária, e vive perto do trabalho, com o irmão do ex-noivo.

Só que entretanto o seu pai volta a entrar na sua vida, arranja um namorado quase perfeito, só que não perfeito para ela, e os seus patrões não conseguem parar de perder o emprego, seja para a morte, para as suas acções nefastas, ou para as promoções que recebem.

Gosto bastante do sentido de humor destas histórias, porque continua a acontecer uma boa quantidade de coisas loucas, e a Heather e companhia não perdem o humor. Por vezes é humor macabro, por vezes é humor em face de acontecimentos dramáticos, por vezes são os personagens a meterem-se uns com os outros.

Os mistérios que ocorrem também são bastante doidos, o que é bastante adequado ao tom dos livros. Não é muito difícil adivinhar o culpado, mas as circunstâncias em que as coisas acontecem são o mais doidas que se possa imaginar.

O segundo livro da série, o primeiro destes dois, lida com uma cabeça de uma aluna que aparece a cozinhar no refeitório da residência onde a Heather trabalha; e pouco depois, o corpo é encontrado numa máquina de moer restos. Pelo meio, mete tráfico de droga e uma pseudo-sociedade secreta numa fraternidade.

No terceiro livro, o segundo destes dois, o patrão de Heather é assassinado com um tiro na cabeça, no próprio escritório. E se no livro anterior a explicação é mais doida que o que se pensaria, neste a explicação é bem mais simples e óbvia.

Gosto bastante de ver descrita a vida universitária pelos olhos da Heather. Os dramas entre professores e outros responsáveis da universidade. Os dramas entre alunos. É estranhamente cativante, ler sobre a tensão entre os personagens e a vida mundana, particularmente este pedacinho de vida mundana.

Outra parte que gosto de ver descrita é sobre a vida passada da Heather, e o que lhe sobrou dela. A falta de relação que tem com o pai, que não a viu crescer, e como rapidamente ele se torna uma parte da vida da Heather. As aparições do Jordan, ex-noivo que agora está noivo de outra mulher, por exemplo. O Jordan é hilariante na sua insistência em continuar a ser parte da vida da Heather, e em que ela continue a ser parte da vida dele. E é hilariante pelos sarilhos em que se mete.

A Heather e o Cooper como casal até são interessantes, mas continuo a desejar que houvesse mais cenas com eles os dois, com mais química. Que pudéssemos ver por que raios é que eles devem ser um casal. Há coisinhas pequenas, mas soam-me mais a telling, não tanto a showing. E esta coisa do namorado de ressaca até pode fazer algum sentido, muito até, e é divertido ver a Heather tentar perceber as coisas, e ver o Cooper a morrer de ciúmes.

Contudo, sinto que eles se entenderam bem demais, depressa demais ali no fim. Como isto era previsivelmente o fim da série fazia sentido este avanço na narrativa, mas sabendo que há mais dois livros, já não tanto. É um sacrifício a ver a série prolongada, suponho. Não me posso queixar muito, já que fico contente por poder ler mais com estes personagens, e divertir-me mais um pouco.

Nota: não sei se compreendo porque é que a edição britânica do terceiro livro é vendida com um título diferente; talvez achassem que Big Boned podia dar em trocadilho malandro? Por outro lado, ambas as edições, americana e britânica, usam uma modelo na capa com um véu, como se se fosse casar. É uma piada a algo que a Heather pensa que o namorado de ressaca lhe vai perguntar, eu percebo. Mas também dá uma ideia errada da direcção do enredo.

Sem comentários:

Enviar um comentário