domingo, 3 de janeiro de 2016

Balanço dos desafios de leitura de 2015

Mais um ano que termina, mais um balanço dos desafios a que me propus no início do ano passado. A este ponto, não são bem desafios, apenas géneros e tipos de livros a que tenciono dar atenção, e que faço por dar atenção ao longo do ano. Num ano dou mais atenção a alguns, noutro ano a outros... veremos como foi este ano.

YA/NA/MG Contemporâneo

Livros lidos:
O ano passado alarguei o âmbito deste desafio, e incluo actualmente várias faixas etárias no contemporâneo, entre MG (Middle Grade, juvenil), YA (Young Adult, adolescente), e NA (New Adult, jovem adulto). É um género a que comecei dar importância mais recentemente, talvez um pouco em detrimento de outros, mas tem-me trazido boas surpresas, e estou feliz por isso.

Este ano li 37 livros, ligeiramente mais alto que no ano passado, mas com um maior peso dos livros da Meg Cabot, graças ao desafio pessoal que tenho da autora. Também é por ela que tenho lido mais livros adultos contemporâneos, que não entram para aqui, porque é uma faixa etária que sinto que já está mais afastada das outras em temas e formato, e em maturidade. De qualquer modo, é um desafio para continuar, porque é um género que aprecio.

YA/NA Fantasia Épica
Livros lidos: 
Um género que continuo a acompanhar com muito gosto, já que é em parte as minhas origens e onde comecei a ser uma leitora inveterada, uma primeira paixão na leitura. Como YA e NA têm sido as minhas faixas etárias de eleição, ultimamente têm sido nestas que concentro os meus esforços de Fantasia Épica. A definição de Fantasia Épica que uso acaba por ser bastante aberta, englobando livros com elementos fantásticos e um mundo que não o nosso, ainda que com características variadas e distintas. Li o mesmo número de livros que o ano passado, e creio que é para continuar.

Ficção Histórica
Livros lidos:
Também aqui tenho uma definição bastante alargada da coisa, já que incluo livros com elementos fantásticos, desde que tenham uma base histórica sólida. A diferença para o ano passado é que li muito menos livros, menos de metade. Li 9 livros. Apesar disso, vou continuar com o desafio para o ano. Gosto bastante de livros históricos, apenas não os leio com tanta dedicação como outros géneros.

Distopia/Pós-Apocalíptico
Livros lidos:
Ok, uma lista pequena, mas deliberada. Depois dos anos anteriores, em que li tudo e mais alguma coisa que me apetecia, estava um pouco cansada, talvez saturada mesmo; e por isso agora foquei-me apenas em continuar e terminar séries que sigo. Comecei apenas duas novas, uma porque é duma autora que sigo com convicção, outra porque me deixava curiosa (na verdade, mais por causa da série que nela se baseia). Li seis livros, e suponho que vou fazer nota dos livros que lerei em 2016 no género, portanto é mais um desafio para 2016.

Desafio Meg Cabot
Livros lidos:

O desafio de ler todos os livros da autora continua. Desta vez foram 28 livros, e continua. Ainda me faltam alguns bons livros dela, e 2016 ainda vai trazer mais, por isso... tenho-me divertido a explorar a backlist da autora, já que ela tem tanta coisa publicada e tão variada. É claro que é para continuar.

Desafios Pessoais
  • Audiolivros: li 2! Um vasto melhoramento em relação ao ano passado, creio eu. Arrisquei-me porque tinha alguns livros para ouvir dum site que os disponibiliza gratuitamente durante o verão, tendo acompanhado durante os verões anteriores essa "promoção". Graças a isso, acumulei muitos audiolivros, e alguns que queria ler muito, por isso aproveitei neste caso para ouvir dois que me deixavam mesmo curiosa.
  • Não-ficção: li 4, outro vasto melhoramento. Um livro autobiográfico e outros três mais em género de ensaio. Fico contente, porque li-os devido a terem-me chamado a atenção, e anima-me ver que se publicam em português mais livros que me interessam neste campo, já que os meus interesses não são muito alargados.
  • Livros em outras línguas: nada. Criei este mini-desafio porque tinha lido um livro em espanhol há dois anos, e achei que podia continuar, mas como a minha cabeça não está para aí virada, vou desistir dele por agora. Logo lhe pego se isso mudar.
  • Autores portugueses: um. Oh, céus. Na verdade não faço de ler autores portugueses uma prioridade. Leio livros no geral se me captarem a atenção, e simplesmente no panorama que temos acabo por encontrar pouco que me atraia. (Só poderia fazer uma excepção à banda desenhada, acho eu.) Ou se calhar não procuro nos sítios certos. Sinto que me devia sentir culpada por isso, mas não sinto. Leio por disposição e capricho, e forçar-me a ler mais nesta área não faria nenhum favor a ninguém.
  • Clássicos: também fraquinho, mas é coisa para continuar, já que gosto de destacar os livros que leio a cada ano. Sem pressão, que não morro por isso. Li 2 livros, um tradicionalmente clássico, por desafio, e outro, da Georgette Heyer, que foi publicado há mais de meio século (primeiro critério para eu definir um clássico), e que é duma autora paradigmática no seu género e área (o segundo critério).
  • Autores de outras nacionalidades que não do mundo anglo-saxónico: esta eu atinjo quase inteiramente devido à BD. Por um lado porque é uma área em que é fácil ler BD de várias origens, que está facilmente acessível; por outro, mesmo que as minhas leituras aí sejam dominadas pelo mercado anglo-saxónico, como suspeito que tenha sido este ano, é uma área muito aberta a artistas de outros países, o que explica os 32 livros que li.
  • Li 13 livros que se podem considerar contos, ou novelas, ou seja o que for que sejam histórias curtas, ou pelo menos mais curtas que um livro/romance. Menos que no ano anterior, mais que no ano anterior a esse. Vai oscilando. É coisa que eu também gosto de tomar nota do que leio, mas não fico preocupada de ler mais ou menos.
  • Li 94 livros em inglês, o que é novamente mais de metade dos livros que li no ano. Um pouco menos que nos anos anteriores, mas como li menos livros no total, acaba por ser em percentagem um valor maior que nos anos anteriores. Continuo a procurar as coisas que me interessam onde as encontro, nem que seja lá fora, apesar de ultimamente a edição em Portugal até me ter surpreendido e agradado. Aqui talvez seja mais porque tenho lido muita banda desenhada, e até tem sido mais em inglês, já que ando a explorar as coisas populares, que infelizmente ainda não cá chegaram. (Se bem que isso também está a mudar, felizmente.)
  • No seguimento do ponto anterior, li 82 livros de banda desenhada. Um valor mais alto que nos anos anteriores, e em percentagem relativo ao total do que li, também mais alto, quase metade. Tenho encontrado muitas coisas fixes, e ler banda desenhada é uma forma de espairecer, de certo modo, já que é uma forma tão diferente de ler em relação ao que estava habituada.

E pronto, é a súmula do que andei a fazer este ano. Funciona melhor assim para mim, fazer pequenos destaques do que quero ler, do que desafios formais. Não funciono assim tão bem sob pressão. (Só funcionaria para aquilo que eu quisesse mesmo ler. Para as outras coisas, eh, ficariam pelo caminho.)

É a mesma lógica para o famoso desafio do Goodreads. Reparei nas estatísticas do mesmo para o ano passado que das pessoas que declararam ir fazê-lo, só uma percentagem mínima atingiu o objectivo a que se propôs. Isso não dava para mim, dava em doida. Prefiro mil vezes meter um objectivo que sei que consigo atingir, e se vir que chego lá antes do fim do ano, actualizá-lo. Foi o que fiz nos últimos anos.

Meter na cabeça que vou ler o dobro, ou aumentar em muito aquilo que sei que consigo ler, não dava, era pressão desnecessária, e ler sob pressão não funciona. Muito menos fá-lo-ia para atingir um número. Cada um tem o seu ritmo de leitura, e o que funciona para um, não funciona para outro.

Já fico contente por ter descoberto o que funciona para mim, porque significa que encontrei um ponto em que estou à vontade com as minhas leituras. Leio o que me apetece, sem frustrações e sem dramas. Ler é o meu lugar feliz, um refúgio dos stresses do dia-a-dia, por isso esforço-me para que se mantenha assim.

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