quinta-feira, 28 de abril de 2016

Meg Cabot: Runaway, Jinx


Páginas: 320 / 288

Editora: Point / HarperTeen

Sobre o Runaway: eh, podia ser melhor. Como tinha dito o mês passado, gostei imenso da premissa destes livros, e na sua maioria até a trabalham bem... mas dei-me conta que preferia que certos detalhes fossem mais desenvolvidos.

A caracterização de personagens está algo fraquinha - a Emerson devia ser esta pessoa mesmo inteligente, assim como o Christopher, mas levam tanto tempo a perceber o que o Stark está a tramar! Céus, que nervos.

E depois mete uma coisa na cabeça, e tira conclusões precipitadas, e passa o tempo a repetir-nos isso. Ela e o Christopher zangam-se no início, e a Em pensa que eles "acabaram", apesar de nunca terem sido oficialmente namorados, e passa o resto do livro a martelar-nos isso na cabeça. Ugh. Que falta de maturidade. Gosto das minhas heroínas mais razoáveis. Ter 16 anos não é ser idiota.

O enredo também se arrasta muito, sem objectivo bem definido. Primeiro estão todos fechados na casa com o Brandon, e a razão para ficarem ali parece-me fraca... depois andam a correr como galinhas a tentar derrotar o Stark... mas levam imenso tempo a percebê-lo, o que irrita imenso.

Coisas que gostei: já disse a premissa. A maior parte dos personagens, aqueles que não me irritam. A Frida é adorável, o Gabriel também, assim que entra na equipa anti-Stark. A Lulu é tão engraçada, e gosto de vê-la com o Steven, apesar de desejar que eles tivessem mais tempo de antena. A outra Nikki é bastante engraçada, também, mas merecia mais tempo de antena.

Gostei imenso de ver o Stark derrotado, e a maneira como eles o fizeram foi explosiva, teria sido tão excitante de ver ao vivo... acho que só gostava que o livro fosse mais longo e explorasse melhor os personagens, por exemplo.

Sobre o Jinx, bem, acho o Jinx super divertido. Funciona muito melhor como um livro curto que o anterior. A Jean veio para Nova Iorque viver com os tios, para fugir a algo complicado que lhe aconteceu em casa, e é quase como uma história da Cinderela.

Em casa vivia uma vida bastante simples, com montes de irmãos, e em Nova Iorque está com os tios, que têm dinheiro e vivem uma vida abastada. Vivem numa casa brownstone, um sonho, e depressa fazem a Jinx fazer-se sentir bem-vinda. Os primos pequenos são adoráveis, a Jinx adora-os, e dá-se mesmo bem com a au pair, a Petra.

Só que a prima mais velha, Tory, tem um comportamento terrível, sendo egoísta, manipuladora e drama queen. Melhor: acha-se uma bruxa. Literalmente. Acha que tem magia, herdada de uma antepassada delas, que foi queimada por ser bruxa.

Onde o livro faz um excelente trabalho é a criar essa dualidade, e a torná-la credível. Entre o sobrenatural e as circunstâncias da vida. A própria Jinx pergunta-se se não terá poderes, por ter tentado fazer um "feitiço" no passado, e as coisas terem corrido terrivelmente mal.

Contudo, isso é só o panorama para a parte verdadeiramente importante: a trajectória de crescimento da Jean. Ela vem do campo, uma menina simples, com um óptimo fundo moral e uma certa firmeza de espírito, e com o decorrer dos acontecimentos ganha confiança em si própria, tornando-se uma jovem mulher corajosa.

Como disse, gosto imenso do tom e do panorama do livro, a questão da magia, que tem mais charme precisamente por ficar no ar; e gosto mesmo da família dos tios, que é tão fofa e unida. (Bem, talvez não a Tory.) Gosto dos amigos que a Jinx faz na escola; mas acho ainda mais piada ao Zach, que está claramente embeiçado pela rapariga, e ela não topa nada, tão totó. São bem giros juntos.

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